-Você só tinha uma escolha, Joshua. Apenas arque com as consequências dela.
Escolhas e consequências.
A melhor equipe vista por toda a máfia. Todos os temiam, todos os admirava, todos os odiava. A equipe de Joshua Kyle Beauchamp despertava diferente...
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08 de dezembro, 2019 - 10:45 Nova York - Estados Unidos.
Noah Urrea
- Onde minha mulher está ?- perguntei para um segurança, ao retirar os óculos de sol. Inferno de luz solar que queimava até meu cérebro.
- Acordou indisposta, senhor. Mas, está brincando com a criança na área da piscina.- assenti, caminhando para a piscina.
Segui o caminho por fora da casa, vendo toda a grama aparada e os jardins muito bem cuidado. As áreas de lazer todas limpas e intocáveis. Girei a chave do carro entre os dedos, cumprimentando os funcionários com um leve aceno de cabeça, enquanto eles me encaravam com estranheza ou como se estivesse perto de serem mortos.
Parei ao lado de Diarra, que estava encostada em uma árvore enorme ali, e olhava a piscina cristalina que tinha mais a frente, na parte traseira da mansão. Levei meu olhar na mesma direção que o seu e abri um sorriso leve.
Zoe estava sentada em uma mesa perto da piscina, enquanto pintava um desenho junto com Lena. Elas pareciam estar bem concentradas. Zoe usava um vestido solto e Lena estava com um biquíni branco, algo que com certeza me fez ficar animado por ela, desde que a garota tinha chegado em Nova York - na minha casa - queria usar a piscina, mas até então não tinha uma trégua do frio. Hoje foi uma exceção.
- Ela está feliz.- pontuou Diarra, enquanto encarava a garotinha.- Fazia um certo tempo que eu não via ela assim.- apontou discretamente.
Talvez porque a garota estivesse em um orfanato.
Fiquei calado. Eu sempre soube o momento de falar, muitas vezes fiquei quieto simplesmente por querer ver os outros se foderem. Aprendi, com muita surra, que o silêncio na maioria das vezes era a melhor opção a se tomar, que você deveria temer muito mais pessoas silenciosas do que aquelas que falam desenfreadamente. Embora tivesse êxito em manter meus pensamentos para mim, eu falhava miseravelmente em esconder meu desprezo no olhar.
O mesmo olhar que eu tentava não dirigir a Diarra depois da minha conversa com Lena. Ela talvez tivesse motivos, assim como todos nós tínhamos tido nos últimos anos... era a desculpa perfeita para fazer merdas, fugir das próprias consequências.
Muitas coisas ruins estavam no meu currículo e outras, muito provavelmente, irão entrar. Mas, deixar um filho ou filha no orfanato, com certeza não. Isso me diferenciava de Diarra naquele momento, o fato de que ela tinha feito uma escolha, que seja lá qual motivo tivesse influenciado, me fazia a achar uma completa desgraçada. A mulher que eu tinha conhecido anos atrás, na minha mente, não faria isso... mas as circunstâncias muda as pessoas.
- Você me deve achar uma...- soltou uma risada anasalada.- Eu tive motivos, sabe ?- a encarei, arqueando as sobrancelhas.- Não me olhe assim!- desviei o olhar para Zoe.
