7°|♤| A sorte? Acaba.

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23 de setembro, 2019 - 12:03 meio diaNova york - Estados Unidos

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23 de setembro, 2019 - 12:03 meio dia
Nova york - Estados Unidos

Restaurante

- A mesa mais distante que tiver.- pediu a mulher para o recepcionista, que assentiu em resposta.

- Me siga, senhora Yoshihara- pediu o homem enquanto levava a japonesa para o fundo do restaurante, em uma mesa que estava distante de todos.

Era um restaurante minimalista, a pouca iluminação deixava o ambiente aconchegante e misterioso, as mesas mantinha uma distância das outras, de modo que mantesse a privacidade. A mesa em que Hina estava sentada, era a mais longe de todos, em um canto que tinha pouquíssima iluminação, grande parte da iluminação se devia ao poucos raios de sol que entravam pelas brechas da janela, e isso de certa forma, acalmava os ânimos da japonesa.

Enquanto ela pensava em várias coisas:

Essência.

Hina Yoshihara sempre foi uma mulher reservada e temente aos seus ideais, quando entrou no mundo da máfia, não mudou seu jeito, não mudou sua essência.

Todos a amavam, o bom coração, a essência meiga e carismática, a lealdade aos amigos, a família e a aquilo que julgava o certo para si, sempre foram grandes qualidades da japonesa.

Independente do que fazia, não se corrompeu o bastante para esquecer daqueles que um dia te ajudaram. Mas assim como não esquecia dos que um dia a ajudaram, também não esqueceu dos que á machucou, traiu e de certa forma á destruiu.

A japonesa sempre acreditou no perdão, e não tinha problemas em perdoar se achasse que era correto e certo tomar tal decisão. Mas á feridas das quais, que mesmo após o perdão, machuca. E a japonesa tinha exatamente esse tipo de ferida.

- O que a senhora deseja ?- perguntou o garçom que havia se aproximado da mesa a poucos segundos. Assim que o garçom ia estender o cardápio, a japonesa apenas negou com a mão.

- Eu quero uma garrafa do melhor vinho que você tiver.- pediu - Não importa o valor, só traga, por favor.- o garçom apenas assentiu e saiu para buscar o pedido da mulher.

Assim que o garçom saiu, Hina abriu sua bolsa e tirou o envelope que era motivo de curiosidade, a carta de seu amigo, Josh.

Assim que colocou o envelope na mesa a japonesa olhava fixamente para o papel de tom amarelado, ela queria ler, e leria sem problemas algum. Hina sempre teve assuntos inacabados, mas não por opção, e ter a oportunidade de acabar com mais uma ponta solta do passado a deixava leve, de certa forma.

A mulher só não esperava que para resolver um desses assuntos, Josh teria que morrer, e independente das merdas do passado, a japonesa era uma das que mais sentia a morte do canadense.

A laços que nem mesmo a ruína e a traição conseguia quebrar, e o laço de amizade entre Hina e Josh era um desses. Por mais que a mulher tivesse um certo rancor e dor referente a escolha do amigo, isso não anulava o fato da dor que sentia por perder mais um amigo.

Principal escolha: A ruína  ♤Now United♤Onde histórias criam vida. Descubra agora