26°|♤| Karmas entrelaçados.

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Boatos de que vocês estavam quase matando sem uns capítulos, então eu voltei. Comentem muito pra gente surtar juntos, ?

Boa leitura!

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25 de dezembro (madrugada de Natal)

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25 de dezembro (madrugada de Natal).
Após o caos da ceia natalina.

Noah Urrea

Krystian estacionou o carro em frente a minha mansão, e o silêncio que percorreu durante todo o trajeto do central Park até aqui só foi quebrado pelo som baixo de Eminem, que titubeava pelos sons laterais da porsche e era acompanhado pela batida de dedos do chinês ao meu lado. A minha cabeça não conseguia acompanhar a trilha sonora que eu tanto gostava de escutar. Eu tinha plena certeza que Zoe estaria me esperando na sala de estar, brigando com o próprio sono para apenas me falar sobre tudo. Me falar sobre estar grávida.

O chinês tinha deixado Lamar em um hotel há quinze minutos. Não que o prédio fosse perto do condomínio em que tínhamos construído as mansões, era apenas Krystian que voava com os carros como se nada pudesse colidir com o mesmo. Falando no chinês, eu não podia descartar a minha incredulidade por ele estar calado, realmente calado — sem comentários ácidos sobre camisinhas furadas, loiras burras ou sobre o merda que eu seria como pai.

— Está entregue, Urrea.— falou, pela primeira vez. O chinês me encarou de lado, esperando alguma reação. E eu continuei fazendo o que fiz desde o início: estático e encarando a minha frente como se tivesse algo realmente digno da minha atenção.

— Essa aí da frente é sua mansão, não sei se esqueceu.— o encarei com as sobrancelhas arqueadas, vendo um sorrisinho maldoso tomar conta de sua face.— O que ? Você esqueceu da camisinha, vai que esqueceu da casa também.

Soltei uma risada baixa. Não sei se de divertimento do comentário ácido ou de melancolia pela merda que me rodeava.

— Ela deve estar esperando você.— apontou para a enorme janela de vidro da sala de estar, que mostrava a luz acesa do ambiente.— Acho justo. Você vai ter que esperar nove meses para ver o filho, o que é esperar algumas horas para te ver, né ?— respirei fundo, e encarei Krystian novamente, vendo sua face pensativa, enquanto encarava a minha mansão.

— O que você faria no meu lugar ?— foi a primeira vez que soltei minha voz dentro daquele carro. Krystian perdeu todo o divertimento, parecendo chocado com a simples pergunta e me encarou com o cenho franzido. Pensei em rir pela confusão do chinês, mas minha preocupação conseguia me gelar toda racionalidade, quem dirá meu senso de divertimento.

Foram poucas vezes que senti o topor tomar conta do meu corpo. Se tratando de alguém que um segundo faria toda diferente em estar vivo ou morto, ser "preso" pelo sentimento de impotência era uma merda. A vulnerabilidade tinha arruinado tantas pessoas à minha volta que eu já sabia como seguia o padrão: e parecia que o meu tinha acabado de começar.

Principal escolha: A ruína  ♤Now United♤Onde histórias criam vida. Descubra agora