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Jongin, me acompanhou em algumas lojas e me ajudou a escolher algumas peças de roupas e outras coisas. A última parada antes de ir comer, foi em uma joalheria. Teria uma viagem essa semana, e queria comprar um assessório novo.

— Bem-vindos, o que posso ajudar ao jovem casal?

Uma das vendedoras, falou sorridente e percebi o sorriso constrangido de Kai. Antes mesmo que ele pudesse falar algo, respondo.

— Meu marido e eu, queremos ver um conjunto novo. - falei sorrindo. - Farei uma viagem em breve e ele está me ajudando a escolher o que combinaria perfeitamente comigo.

— Claro, tem alguma jóia ou preço em específico?

— Jongin oppa, o que você acha que combina mais comigo? - perguntei o olhando docemente.

— Ah. - ele ainda estava sem jeito, mas respondeu. - Acho pérolas elegantes, mas também acho que rubis combinam bastante.

— Por favor, me mostre seus conjuntos de pérolas e rubis, por favor. - Sorri. - Não temos um orçamento específico.

— Eu irei pedir que uma outra funcionária me ajude a trazes as peças. - ela sorri. - Por favor, aguardem em uma das meses. Irei voltar rápido.

Enquanto a moça, foi em uma direção contrária a nossa, Jongin estava rindo baixinho enquanto nos sentamos no local indicado.

— Espero que seu verdadeiro marido, não saiba disso. - falou, enquanto arrumava as sacolas delicadamente no chão.

— Jaebeom, está ficando no meu passado. - falei com um pouco de raiva, e vi a expressão de dúvida no rosto. - É verdade, iríamos conversar. Meu marido, me botou um par de galhas, algumas semanas antes de nos encontrarmos naquele avião. - falei enquanto tirava meu casaco.

— Quê? - Jongin, falou surpreso. — Como consegue falar isso naturalmente? Mary, vocês estão casados e não em um lance sem compromisso.

— Eu sei, mas já estou providenciando a minha vingança. - falei enquanto o encarava. - Não se preocupe, não vou usar você e ferir seus sentimentos ou algo assim. - ri sem humor. - Não sou esse tipo de pessoa. Posso ter meus defeitos, mas não pago esse tipo de coisa na mesma moeda.

— Você vai se vingar e vai continuar com ele? - ainda estava pensando mas risonho. - Eu sei que você apronta uma das boas, mas por que não pede o divórcio logo? - ele olha para a minha barriga. - Vocês terão um filho juntos, e acha que ele não vai ter uma história completamente diferente?

— Sim, mas não será algo que está fora do meu domínio. - olhei para a vendedora que estava se aproximando com algumas caixas de veludo. - Eu vou me divorciar, mas antes tenho que fazer algo. Meu amor por Jaebeom, acabou quando descobri a traição. Agora, é só meu filho e eu.

Jongin e eu, voltamos a agir como um casal de faixada e nos divertimos enquanto escolhemos dois conjuntos. Assim que saímos da joalheira, fomos para a praça de alimentação e começamos a conversar bastante.

— Então é isso que planeja fazer?

Jongin, perguntou enquanto limpava a boca.

— Sim, eu não quero ficar mais naquela casa. - falei olhando para um lugar qualquer da praça de alimentação. - Já estou procurando outro lugar. Aproveitei a minha conversa de negócio para isso.

— Se precisar de alguma coisa, é só me ligar. - ele me entregou um cartão de visita. - Sabe, até mesmo para conversar ou algo do tipo, não será incômodo algum.

— Por que eu tive que sair daquele quarto de hotel, sem te dar um último adeus, Jongin. - Falei rindo enquanto direcionava meu olhar a ele. - A situação agora poderia ser diferente.

— Tudo tem um propósito, Mary. - ele segura delicadamente a minha mão. - Vai ver que àquela foi a atitude certa a se fazer. Não éramos tão madurosa àquele tempo e poderíamos estar em uma situação semelhante ou pior.

— Ou em uma situação melhor. - sorri balançando negativamente a cabeça. - Mas agora é tarde. O que está feito, não pode simplesmente ser apagado.

— Sim, mas sempre pode-se recomeçar. Basta querer. - ele sorri. - Nunca é tarde demais para recomeçar. Acho melhor você ir para casa, já está ficando um pouco tarde e seu marido deve estar te esperando.

— Ele que espere. - falei enquanto nos levantamos. - Geralmente ele chega tarde por causa do trabalho, mas tem alguns dias que consegue sair mais cedo e pelas vibrações que ouvi da bolsa, com certeza era ele. - peguei minha bolsa e tirei o celular. Havia sete ligações perdidas de Jae. - Não falei.

— Já que está pensando em se vingar, seja um pouco mais discreta. - ele me ajuda com as compras. - Ele trabalha na Interpol, tem alguma forma dele te rastrear não?

— Ele que tente. - falei rindo. - Sou mais esperta do que ele imagina. Sempre estou a dois passos a frente dele. Mas ter dado um voto de confiança, foi meu erro.

— Não é um erro dar um voto de confiança. - ele fala me encarando. - Errado é dar um voto de confiança, para alguém que já nos dava razões para desconfiar sempre. O sexto sentido, é mais forte do que se imagina.

[...]

Assim que chego em casa, Jaebeom, vem andando as pressas e com uma cara emburrada em minha direção.

— Onde estava? - falou autoritário mas baixo. - Liguei para a empresa e falaram que você saiu um pouco mais cedo e não sabiam para onde foi.

— Fui tratar de um assunto particular e aproveitei para comprar algumas coisas que me faltava. - falei, saindo da casa e voltando ao carro, para pegar as outras sacolas e ouvi os passos de Jae, atrás de mim.

— E por que não me atendeu? Eu te liguei sete vezes e nenhum sinal você me deu. Pensei que havia acontecido algo com você.

— Desculpa, meu celular estava no silencioso. - falei simples, enquanto pegava mais algumas sacolas e entregava a Jaebeom. - Estava concentrada e esqueci de tirar o celular do silêncio, quando terminei e depois encontrei um amigo e perdi a noção do tempo.

— Um amigo? Quem era, eu conheço? - Ele perguntou desconfiado mas tentando mostrar que não estava com ciúmes.

— Sim, ele me ajudou a escolher algumas coisas e depois fomos comer e conversamos mais um pouco. - Falei pegando as últimas sacolas e fechando o carro. - Se não fosse por ele, ainda não teria noção do tempo e estaria fazendo algumas coisas.

— Mary, você deveria ter me avisado ou ter atendido minhas ligações. Você está grávida e é uma mulher casada. - ele estava irritado. - Me deve explicações.

— Eu sou sua esposa, Jaebeom, e não sua filha ou um dos policiais da sua equipe. Eu tenho uma vida, trabalho, tenho meus compromissos, e sou adulta. - falei já me alterando um pouco. - Se está insinuando que estava fazendo algo que julga errado, é porque tem culpa no cartório. Em, Jaebeom, eu deveria me preocupar com alguma coisa que você fez e esta com medo que eu descubra? Me fala.

— Quê? Não, eu não fiz nada. - ele quem ficou pálido e um pouco nervoso. E começou a ir em direção para a casa. - Você está com seus hormônios a mil e vem descontar em mim. Eu em, as pessoas te fazem raiva e sobra para o marido aqui.

Ele entrou rápido na casa e eu apenas neguei com a cabeça e ria desacreditada com o seu vitimização.

— O cara não sabe nem disfarçar. - falei enquanto entrava na casa.

[...]

Vida DuplaOnde histórias criam vida. Descubra agora