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Depois de comprar as molduras e mais algumas telas, as deixei atrás do banco do passageiro, para que Mary não percebesse. Quando cheguei ao mercado, a liguei e disse que a encontrasse na sessão de cereais.

Fui ao local, e a encontrei distraída conversando com um cara. Parecia que estavam falando sobre o produto. Resolvi me aproximar devagar e tentar a surpreender, mas é sem sucesso já que ela acabou se virando para colocar um dos produtos no carrinho.

Ela acena, e o mesmo cara fala alguma coisa e vai embora.

--- Desculpa a demora. - sorri. - Estava falando com um conhecido?

--- Sim, ele é marido de uma das nossas funcionárias. - ela pega a caixa de granola - Ele disse que essa marca é muito boa.

--- Não sabia que conhecia o marido de funcionárias. - ciúmes? Talvez. - Devo me preocupar?

--- Até parece que você não conhece minhas funcionárias. .

Ela ri, e eu fico completamente gelado. Faz tempo, mas a culpa do erro que cometi, ainda me acompanha.

--- Conheço de vista, não é que eu tenha conversado com alguma ou algo mais. - Falo e pego alguma caixa aleatória na tentativa de mudar de assunto. - Acho que só falei com eles na última festa do final de ano e foi coisa rápida. Não lembro de detalhes.

--- Mas esses você não conhece. - pega a caixa da minha mão e põe no carrinho. - Eles são funcionários novos.

--- Qual setor dessa vez?

Perguntei enquato íamos em direção a outro corredor.

--- Ele trabalha na empresa, no setor de RH, e ela em uma das lojas. - pega um pacote de torrada. - Estávamos precisando de uma funcionária nova, já que a última pediu as contas e aparentemente deu um chá de sumiço, e me rendeu um pequena dor de cabeça.

--- Como assim? Pensava que depois de sair do emprego, elas não eram mais sua responsabilidade. - fico a observando enquato escolhia outras coisas. - Qual o problema que ela causou?

--- Essa garota, Maya, ela trabalhava com a gente a um tempo atrás. De um dia para o outro, ela pediu as contas e sumiu. - me encarou. - Esses dias, alguns amigos e familiares, vieram me perguntar como ela estava no trabalho e se conheceu ou se envolveu com alguém de lá.

--- E o que você falou?

--- Não que eu saiba, mas expliquei a situação e me falaram que só descobriram que ela largou o emprego depois de desaparecer. - Ela estava preocupada, era nítido. - Ela foi em uma festa com algumas amigas e por lá conheceu um cara, ou eles se conheciam e saíram.

--- Vai que ela está com esse cara, ou até mesmo na casa de outra pessoa. - Não posso contar, ela vai querer saber de onde a conheço ou até mais. - Muitas pessoas fazem isso, e acabam esquecendo de falar aos pais.

--- Jaebeom, essa garota pode está em perigo a essa hora. - me olha sem expressão alguma. - Vai me dizer que se tivéssemos uma filha, e ela do nada sumir por alguns dias, você não ficaria preocupado?

--- É lógico que sim, eu iria refazer os mesmos passos que ela e iria atrás de saber onde ela está. - Não era mentira, pois eu iria mesmo. - Mas querendo ou não, todo mundo tem sua fase rebelde.

--- Meu medo é de que encontrem ela morta em algum lugar. - ela novamente aparenta tristeza, principalmente na voz. - Sabe quê uma amiga dela que estava acompanhando a mãe dela disse? Que tinha medo de que o homem quem ela saiu, era casado.

--- Por que?

--- Toda mulher sabe do que é capaz de fazer, quando recebe uma traição do marido. - ela volta a procurar algo na prateleira. - Espero que ela não tenha se envolvido com o marido ou namorado de alguma mulher perigosa. Com certeza ela seria encontrada morta.

[...]

Vida DuplaOnde histórias criam vida. Descubra agora