--- Mary, você quase não tocou na comida. - Mark, perguntou enquanto eu assistia o jornal - Está tudo bem?
--- Sim, só não estava com muita fome.
--- Estranho. Logo você, que se te oferecerem sopa de pedra, está comendo. Quem dirá, carne assada.
Nessa hora, começou uma reportagem sobre a prisão de uma contrabandista procurada pela Interpol. Eu sorri, meu plano deu certo. Falaram que a mulher, pegaria entre 25 à 30 anos de cadeia. É um longo tempo, mas isso eu consigo resolver mexendo alguns pauzinhos.
--- Estava boa, mas não boa o suficiente para hoje. Não sei explicar. Não se preocupe, eu como em casa. - O abracei - Me acompanha até a porta?
--- Já vai?
Faz alguns dias que me mudei, e combinamos de que eu viria jantar ou almoçar com ele, todos os dias se possível. Mesmo querendo está perto, ainda queria a minha privacidade e respeitar a privacidade do meu irmão. Mas às vezes, me esqueço o quanto ele é grudento e carente.
--- Já. Está ficando tarde, mas amanhã é sábado, e você vai almoçar comigo, não é?
--- Poxa, amanhã eu iria almoçar com os meninos.
--- Tudo bem, não tem problema. Mas qualquer coisa, se quiserem ir na minha casa, são todos bem vindos.
Calço meus sapatos, e Mark, abre a porta e entrega minha bolsa.
--- Eu posso ver com os meninos. Qualquer coisa, te aviso de manhã.
--- Ok, mas se não der para irem, eu posso me virar. Vou tentar me distrair com algo. Boa noite, Mark.
--- Boa noite, Mary.
[...]
Estava saindo do prédio, quando vejo Jb, chegar. Ele estava com uma cara de poucos amigos. Mas assim que ele me ver, disfarça.
--- Boa noite, Mary.
--- Boa noite, Jaebeom. Aconteceu algo?
--- Sim, tudo bem. Por quê a pergunta?
--- Está tenso, e porquê estava com uma cara de poucos amigos. Problemas no trabalho?
--- Sim, mas nada demais. Apenas uma frustação. Logo passa. Veio jantar com o Mark?
--- Sim, mas não estava com muita fome.
--- Ele quem cozinhou, não foi?
--- Sim, mas dessa vez estava bom. Eu é quem não conseguia comer, mesmo. Hoje o dia começou bem, mas depois piorou. Sabe quando você pensa que as coisas estão ficando ao seu favor, e do nada, muda tudo?
--- Sei como é. Meu dia também foi assim.
--- É, a vida sempre está nos pregando peças.
--- Então, mudando de assunto, você está morando aqui perto?
--- Não muito. Mas é pelas redondezas.
--- Vai de quê?
--- Eu iria pegar um ônibus ou o metrô.
--- Está tarde, não quer uma carona? Eu posso te deixar de carro.
--- Mas você acabou de chegar.
--- Eu não estou muito afim de ficar em casa, além do mais, é sexta à noite, e o metrô e os ônibus, estão lotados de pessoas indo para festas. E acredite, é melhor ir de carro do que ir no transporte público, a essas horas.
--- Ok, me convenceu. Aceito a carona.
[...]
Como Jb, falou, as ruas estavam movimentadas, os ponto de ônibus cheios, e várias pessoas entrando e saindo do metrô. É, Mary, você iria enfrentar tudo isso se não tivesse aceitado a carona.
A viagem foi um pouco longa, mas legal. Conversamos e demos algumas risadas. Ele perguntou sobre a loja, e ficou feliz por saber da jogada de marketing da loja, em oferecer desconto como presente de inauguração.
Depois de 1 hora e 20 minutos depois, chegamos na minha casa.
--- Sua casa é bem bonita.
--- Sim, você não quer entrar?
--- Eu agradeço o pedido, mas deixo para a próxima.
--- Tudo bem. Obrigado pela carona, Jaebeom.
--- Eu quem agradeço pela conversa. E eu vou na inauguração da sua loja. Quero meu desconto.
Acabamos rindo, e eu abro a porta do carro.
--- Boa noite, Jaebeom.
--- Boa noite, Mary.
[...]
VOCÊ ESTÁ LENDO
Vida Dupla
FanfictionMary Tuan, a maior contrabandista de animais do mercado negro. De família rica, jovem, bonita, inteligente, e extremamente profissional, acaba se envolvendo com Lim Jaebeom, mas conhecido também por Jb. O jovem trabalha para Interpol, e foi lhe dado...