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3 dias depois

Era fim de semana e estava sozinha em casa. Na verdade, pedi para Jaebeom me deixar sozinha, já que ainda estávamos um pouco estremecidos da pequena discussão de alguns dias atrás.

Enquanto ele estava fazendo alguma coisa por aí, resolvi rever todas as gravações da câmera do quarto e depois rever a gravação antiga de quando ele estava saindo com a Maya, em um restaurante.

Depois de ver tudo, comecei a fazer minhas malas. Iria fazer uma nova viagem até a província de Guangdong (China), poderia começar a por meu plano em prática de lá mesmo. Isso com toda certeza, vai ser o suficiente.

— Você está dormindo ao lado de seu inimigo e nem imagina. - Falei enquanto terminava a primeira mala.

Depois de deixar tudo arrumado, as deixei no armário que fica na sala. Foi um pouco cansativo, mas consegui. Meu estômago começou a roncar e Max, a se mexer. Esperei alguns segundos, até que pudesse me levantar e preparar alguma coisa rápida para comer.

Assim que cheguei a cozinha, me sento um pouco tonta e novamente me sento em uma cadeira. Comecei a ficar um pouco gelada e com o estômago embrulhado. Minha pressão estava baixando.

Pego um pouco de sal que estava sobre a mesa e ponho na boca. Detesto quando isso acontece. Fecho meus olhos e ponho a mão no rosto, na tentativa de ajudar a melhorar de alguma forma. Não estava me concentrando em nada ao meu redor, e achei melhor voltar para a sala, mas assim que me levanto com a cabeça ainda baixa, nos primeiros passos para sair do cômodo, acabo ficando mais tonta.

Começo a procurar a parede com as mãos e começo a me abaixar, mas sinto alguém me segurar. Com toda dificuldade aquele momento, levanto a cabeça e ao abrir os olhos, vi Jaebeom com uma feição preocupada.

— Mary, o que você tem? - ele pergunta enquanto me ajuda a me apoiar em seu corpo. - O que aconteceu?

— Minha pressão está baixa. - apontei em direção a sala. - Me ajuda a ir até o sofá.

Em um ato rápido, ele me põe em seus braços e me leva até a sala e me deita no sofá.

— Eu vou pegar um pouco de água e já volto. - Diz saindo do meu lado.

Detesto quando isso acontece, me sinto impotente, uma presa fácil. Ainda com os olhos fechados, tentei controlar minha respiração e torcer para o punhado de sal, fazer efeito. Jaebeom voltou e me ajudou a levantar o suficiente para beber a água.

— Tinha uma panela com água fervendo. Estava fazendo algo para comer?

— Sim, iria fazer um macarrão. - falei devagar, já que ainda estava meio zonza e com dor de cabeça. — Estava concentrada em fazer minhas malas e trazer para baixo, que esqueci de comer. - abri um pouco meu olho esquerdo e vi, Jaebeom, sentado no chão ao meu lado. — Você não ia chegar às seis e meia?

— Mas são quase sete da noite, Mary. - Ele começa a acariciar minha mão, enquanto me olha. — É verão, e o sol se põe um pouco mais tarde que o habitual, e deve ser por isso que não percebeu o dia passar rápido e não comeu. — Max, não se mexeu ou seu estômago não fez algum sinal, que você deveria ter comido?

— Sim, mas foi agora pouco e minha pressão começou a abaixar. - fecho meus olhos novamente. Já estava melhorando. — Não queria fazer algo trabalhoso, e optei por um macarrão, mas agora não quero mais comer ele.

— Acho melhor pedir alguma coisa pelo celular. O que você quer comer?

— Qualquer coisa, meu estômago está embrulhado mas é porquê não comi nada. - falei pondo a mão na minha barriga. — Pode pegar um pouco de água de côco para mim? Eu comprei mais ontem.

— Claro, eu pego.

[...]

Depois de quase uma hora, me senti melhor. Fiquei até de bom humor, quando comi uma porção de jjajangmyun. Era muito gostoso e também era um pouco salgado. Tudo o que eu precisava naquele momento.

— Esta bom? - Jaebeom, perguntou enquanto terminava de comer sua porção de frango.

— Muito. - deixei a vasilha vazia na mesa e peguei minha garrafa de água, já que não queria tomar refrigerante. — Estou me sentindo bem melhor.

— Acha uma boa ideia, viajar amanhã? Tenho medo que passe mal e esteja sozinha.

De certa forma, ele tinha razão, mas isso era fácil de se resolver.

— Eu vou acompanhada, Jae. - Olhei para a televisão. — Não precisa se preocupar nessa parte. Já pensei nisso e contratei uma enfermeira, e também tem uma funcionária que vai me acompanhar.

— Quanto tempo vai passar fora mesmo?

— Três dias. - tomei mais um pouco de água. — Por que?

— Acho que eu poderia pedir uma dispensa esses dias e te acompanhar, só isso.

— Não, eu vou a trabalho e você fica em casa e cuida de tudo por aqui. - me levanto com cuidado e vou em direção as escadas. — Vou tomar banho.

— Eu te acompanho. - ele limpa os dedos e o rosto, rápido e vem atrás de mim. — Quero garantir que não vai se machucar lá encima.

[...]

Vida DuplaOnde histórias criam vida. Descubra agora