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Os dias passaram rápido, e era meu penúltimo dia em Aosta. Amei a cidade, era perfeita para se viver e combinava perfeitamente com meu novo estilo de vida. Procurei por alguns locais que poderia montar meu próprio negócio e achei um prédio perto do centro, e o aluguel não era caro, e se tudo desse certo, agora à tarde, estarei pegando as chaves do local, e enquanto fazem as reformas necessárias, é tempo suficiente para preparar minha mudança. Sai para fazer algumas compras, e vi uma loja de antiguidades e resolvi entrar. Sempre tem alguma coisa que acho perfeita para decoração. 

Uma senhora veio me receber e mostrar alguns objetos, e acabei comprando alguns gatos em miniatura de porcelana e um quadro. Irei despachar o quadro para Los Angeles, pois achei que ficaria perfeito na sala de estar dos meus pais, e essas outras peças ficariam na empresa em Seul. Fui até os correios da cidade, e lá fiz todos os trametes para o envio. Quando terminei e estava saindo da agencia, meu celular tocou e vi que era o proprietário do prédio que quero alugar. Perguntou se poderíamos nos encontrar no cartório, para assinar o contrato. 

Tudo está fluindo como o planejado. Se tudo for bem planejado, sei que se algum dia descobrirem o que eu fazia antigamente, será quase impossível me encontrarem. Porém, dessa vez é definitivo. Nada de me envolver com trabalho sujo, que ao meu ver, não é sujo. Depois de um dia corrido, estava finalmente com as chaves e o contrato em mão, e contratado uma equipe para cuidar da reforma. Em até dois meses, estará tudo pronto. Já no quarto de hotel, de banho tomado e degustando algumas comidas típicas do local, conversava com Jongin, por vídeo chamada.

— Você já providenciou tudo isso em tão pouco tempo? — Jongin, perguntou surpreso.

— Comigo é oito ou oitenta, querido. Só não consegui uma casa, mas consigo isso antes de vir. — Respondi, e peguei mais um pedaço de queijo. — Nossa, essa cidade é magnifica. Mesmo sendo pouco conhecida, ela é muito clássica e elegante. Vi algumas crianças falando francês, e fiquei tão surpresa. Pensava que ensinavam outra língua, quando fossem um pouco mais velhos. — Ri ao lembrar de uma cena, assim que desembarquei do trem. — Tinham duas crianças na estação, assim que cheguei, e uma delas falou alguma coisa em francês, e a outra garotinha disse que era para falar em italiano, porque o francês do outro era estranho. 

— Não acredito. — Riu em seguida. — Imagina o Max, que vai falar quatro, e certamente vai acabar corrigindo os amigos, quando estiver um pouco mais velho. 

— Imagino que ele vai ser um pouco popular por esse diferencial. — Falei e fiquei um pouco cabisbaixa. 

— O que foi. Por que essa carinha triste? 

— Eu falei agora pouco com Jaebeom, e ele contou que o Max, não está comendo direito. Eu sabia que ele ficaria assim, mas ele já está na época de parar de amamentar aos poucos e começar a comer outras coisas. — Olhei para o meu busto que estava consideravelmente "grande". 

— Mas logo você vai estar com ele de novo. Amanhã à tarde, está saindo da cidade, e depois estará pegando um voo para cá. Eu posso ir te buscar no aeroporto de madrugada, porquê não vou trabalhar no dia, e vou voltar tarde para casa de qualquer forma. — Jongin, falou e depois olhou para o celular, que notificou uma mensagem. — Meu amigo vai para o serviço militar obrigatório, então vamos fazer um jantar de despedida com os amigos e a família dele. 

Depois de conversar e combinar o horário que ele viria me buscar no aeroporto, Jongin, teve que desligar. Ele precisava sair daqui algumas horas, e eu precisava terminar meu "jantar" e ir dormir, já que precisava resolver os últimos detalhes da reforma pela manhã. 

Durante a viagem de trem, aproveitava a vista magnifica novamente, mas dessa vez não precisei tirar mais fotos, já que o tempo estava um pouco nublado e com um pouco de neblina ao longe, pois no dia em que cheguei, estava ensolarado. Estava tão encantada com a cidade, que nem me importava o fato de ser tão afastada, já que ainda era algo que eu buscava. Eu estava terminando de ler o livro que comecei assim que peguei o voo em direção a primeira conexão, antes de vir para Itália. 

Vida DuplaOnde histórias criam vida. Descubra agora