𝑴𝒆𝒖 𝑫𝒂𝒓𝒍𝒊𝒏𝒈 (𝐍𝐇)

"O passado de Hinata"

Leiam as notas finais por favor🦋

Dear: Os dias ruins são necessários para os bons possam valer a pena.

(Supernatural)

Meu nome é Hinata Hyuga Bourgeois Le Roux. Nasci em Annecy, 18 anos atrás. O local foi escolhido pela minha mãe, que queria ter a filha na cidade mais bonita do mundo, aos olhos dela.

O meu pai bem que tentou dissuadi-la, ele achava que eu deveria nascer não
na cidade mais bonita, e sim na que tivesse mais recursos médicos!

Porém, minha mãe sempre foi teimosa, e por isso acabei nascendo mesmo em Annecy, que eu nem considero a cidade mais bonita do mundo. Para mim, essa cidade é Niagara-on-the-Lake. Mas isso não é importante agora.

Logo que nasci, voltamos para Paris, onde meus pais moravam, e vivi lá com eles, feliz, por 12 anos. Mas pelo visto a felicidade era só minha, porque, em um belo dia (na verdade não tão belo assim), minha mãe anunciou que tinha conhecido outra pessoa e se apaixonado.

O período que se seguiu eu nem gosto de lembrar.

Meu pai ficou arrasado, ele havia largado tudo por ela. Família, amigos, emprego... Ele achava que aquele amor ia durar pelo resto da vida. Pensando agora, vejo que tive a quem puxar. Minha mãe é impulsiva, dramática, teimosa. Meu pai é passional, inconsequente e romântico.

Acho que sai mesmo uma mistura exata dos dois.

Mas o fato é que o meu pai chegou à conclusão de que, sem a minha mãe, nada daquilo valia a pena. Então fez as malas e voltou para o Japão, onde ele tinha nascido e vivido até conhecer minha mãe, em um período em que ela estava passando férias lá. Só que meu pai não queria voltar sozinho e fez o que podia para que eu fosse com ele, mas minha mãe não estava nem um pouco
disposta a abrir mão de mim.

O máximo que ele conseguiu foi a guarda compartilhada, por isso vivi na ponte aérea entre França
e o Japão desde o princípio da minha adolescência. E foi também nessa fase que apareceu o problema da minha vida: Toneri.

Eu o conheci bem na época da separação dos meus pais e não posso negar que ele me ajudou muito naquele processo. Éramos vizinhos, e a casa dele se tornou o meu refúgio nos momentos das discussões fervorosas que se passaram entre o anúncio da minha mãe e a partida do meu pai. Ele era dois anos mais velho que eu e também tinha vivido aquilo, os pais dele haviam rompido um tempo antes e talvez por isso ele sabia exatamente o que dizer, o que fazer... Com certeza sem ele teria
sido muito pior. Ele foi o meu primeiro amor, meu primeiro beijo, meu primeiro namorado, meu primeiro TUDO e, na minha visão romântica de adolescente, eu pensava que seria para sempre.

Mas então o caos começou. Quando fiz 15 anos, ele, que já tinha 17, passou a ter crises de ciúmes. Eu nunca havia dado razão, não olhava para ninguém, mas para ele isso não bastava.

O que ele queria era que ninguém olhasse para mim! E, sutilmente, começou a me sabotar.

Dizia que o meu cabelo estava malcuidado e que eu deveria cortá-lo
curto. Que eu me exibia demais e que precisava usar roupas mais comportadas. Que o meu corpo era feio e que eu precisava escondê-lo. Mais do que isso, ele me convenceu de que ninguém gostava de mim e que eu deveria agradecer por ele continuar ao meu lado.

Eu deveria ter percebido o que ele estava tentando fazer, mas o Toneri era tão sedutor que dizia tudo aquilo como se estivesse me fazendo um favor.