𝑴𝒆𝒖 𝑫𝒂𝒓𝒍𝒊𝒏𝒈 (𝐍𝐇)

"Sentimentos"

Emily: Todos temos segredos que mantemos longe do resto do mundo. Amizades que fingimos ter, relacionamentos que escondemos... Mas o pior de tudo é o amor que não demonstramos.

(Revenge)

Nervoso era pouco para o estado que eu estava. Tinha marcado de falar com a cunhada da Shion, e para a minha enorme surpresa, além dela aceitar me encontrar, ela estava em NY.

Provavelmente estaria com a Shion, não queria ter que voltar lá e arriscar vê-lá. Mas eu não conseguiria dormir tranquilo e muito menos continuar meu namoro com a Peroladazinha, que aliás , terminou comigo.

Encostei minha cabeça no banco do avião destino a NY, e me lembrei de tudo oque aconteceu logo após eu marcar esse encontro.

"Ah, olha só quem chegou! Estávamos exatamente falando de você! — As palavras da Vovó Tsunade ecoaram pela sala da pousada assim que entrei. Ela estava com o maior sorriso, parecendo muito contente. A Hinata também estava lá, segurando o Kurama no colo e igualmente feliz

— De mim? Bem ou mal? — perguntei só para falar alguma coisa. Eu sabia que isso não importava, já que em alguns minutos ninguém teria nada de bom a dizer ao meu respeito.

— Muito bem, claro. Que pergunta!— Tsunade disse me abraçando. "A Hina acabou de me contar que vocês vão dar um upgrade no namoro! Ela me chamou para conversar pensando que eu ficaria chateada por vocês dois saírem da pousada ao mesmo tempo. Mas como eu poderia ficar triste sabendo que
vocês dois terão o seu próprio ninho de amor?

Ninho de amor?! Ouvir aquilo me fez dar uma risada genuína.

— Hoje em dia esse é o primeiro grande passo de uma vida a dois — a vovó continuou a falar, enquanto ia me empurrando para o sofá, para que eu me sentasse perto da Hina. Em seguida
se sentou em uma cadeira bem em frente.

— Sei que sou de outra
geração, mas meus netos me atualizam com as peripécias dos jovens, então me considero uma pessoa moderna, de cabeça.

Aquilo já estava me maltratando, eu precisava conversar com a Hina.

— Hinata, será que nós podemos conversar lá no quarto?

Óbvio que a vovó não gostou muito e nem a Hinata, mas talvez por sentir algo
estranho na minha voz, ela apenas assentiu e foi andando para o quarto dela depressa, fui atrás e assim que fechamos a porta ela ficou me analisando, como se quisesse descobrir logo o que eu tinha para dizer, antes mesmo que eu colocasse em palavras Ela provavelmente não conseguiu ler meus olhos, pois algum tempo
depois perguntou:

— Está tudo bem, Naru? Vocè disse que ia à farmácia, mas voltou sem sacola nenhuma.. Estava fechada?"

Eu tinha certeza de que a intuição dela estava gritando perigo, perigo!. E eu sentia muito Por ter que confirmar que
ela havia acertado.

— Hinata, vamos sentar aqui..— apontei para a cama. Vi que ela ficou rígida no mesmo instante

—Voce desistiu de morar comigo? Se arrependeu de ter sugerido isso?— ela perguntou ainda em Pé, e eu me senti como se estivesse tirando um doce de uma criança.

— Hina, senta, por favor? — pedi, passando a mão nas costas dela. Por alguma razão, parecia que a conversa seria ainda mais difícil se ficássemos em Pé. Como se sentar nos deixasse mais
confortáveis para aceitar o que viria.
Ela se sentou, mas não na cama. Puxou uma das cadeiras da mesinha.