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A festa seguia normalmente quando todo mundo ouviu um grande estrondo que assustou a todos. Techno parou o som e desceu da mesa de som.

-Parece que foi uma batida... — Lince comentou com Techno.

-Sim...

Então todos escutou dois gritos altos de desespero, no qual Lince reconheceu ambas as vozes.

-Dona Pittsburgh! Lana!

Lince fez um gesto com a cabeça para Techno que o seguiu. Ao chegarem na rua eles viram o corpo de Mach estirado no chão, sangrando. Ao lado de Mach, estava Lana que chorava em desespero e Cherry que tentava com o mesmo desespero de Lana ligar para a emergência.

-Meu Deus, o que aconteceu aqui!? — Exclamou Lince assustado com a cena. Ele se aproximou de Lana, que tentava evitar tocar em Mach.

-Michael... Michael...

-Lana, Lana... Lana! — Lince chamou por Lana a agarrando pelos ombros e a sacudindo levemente. Foi o suficiente para que Lana saísse do seu estado de choque e que olhasse para Lince.

-Marcelo... O Michael...

-Calma... Calma! Respira fundo. — Ele disse se aproximando de Lana e a segurando pelos ombros. — Está melhor?

-E-E-Estou um pouco...

-O que houve?

-U-U-Um ca-ca-caminhão des-desgovernado veio e eu não vi... O Michael... Ele...

Lana voltou a chorar e Lince a abraçou forte.

-Lana, se acalme... Preciso que você se acalme está bem?

-T-Tá... — Lana disse soluçando.

-Vou falar com a sua mãe... pode ser?

-P-Pode.

Lince deixou Lana e correu até Cherry que falava com a emergência pelo telefone.

-Meu nome é Cherry Moreira Pittsburgh Grand. Por favor... mandem duas ambulâncias o mais rápido possível... meu filho, Michael... Ele... Ele foi atropelado, e ele...

Cherry começou a chorar novamente, mas conteve os soluços e respirou fundo antes de voltar a falar.

-O caminhão bateu em um muro. Eu não sei qual é a condição do motorista. O endereço é Rua Vinicius de Morais, número 1485. Centro. Bairro Tamires Alves. Centro. Por favor, venham rápido.

-Dona Pittsburgh. O que houve? — Marcelo falou assustado, mas tentando manter a calma.

-Marcelo... Você escutou a batida, não foi?

-Sim. Isso chamou a atenção de todos. Todo mundo está assustado.

-Um caminhão desgovernado entrou na rua... e o Michael se jogou na frente para salvar a Lana...

Cherry respirou fundo e olhou para o filho. Lince seguiu o olhar da mulher e empalideceu.

-Eu não sei o que fazer... quer dizer eu sei, mas...

-Tudo bem, eu entendo... — Lince afirmou. — Eu e o Renato vamos mandar o pessoal para casa.

-Está bem. Obrigada Marcelo.

-Disponha Dona Pittsburgh.

Lince correu até Techno que estava chocado com a cena que via.

-Cara, o Michael... ­— Techno disse em choque, vendo o amigo no chão inerte.

-Eu sei, eu sei... — Lince disse passado a mão na cabeça freneticamente. — Bora mandar o pessoal ir embora. Do jeito que a coisas estão é melhor todo mundo sair daqui.

MachOnde histórias criam vida. Descubra agora