Mach 0.4 - 490Km/h

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Cherry voltou para casa e observou o ambiente ao seu redor. Tudo parecia normal. Ao menos parecia. Ela observou o local por um breve momento antes de seguir escadas acima e ir para o seu quarto. Adentrando o local, Cherry encarou as paredes negras e cinzas do quarto, que contrastavam em harmonia com as cabeceiras, e o guarda-roupa brancos do local. Observando a rack negra disposta em frente a cama de casal, Cherry notou um brilho pelicular vindo da parte de trás do eletrônico. Ela ficou quieta por um breve momento e simplesmente fingiu ignorar o brilho, começando a se despir. Indo para o banheiro ela notou outro brilho estranho, mas fingiu ignorar novamente, indo tomar o seu banho naturalmente como se nada tivesse acontecido. Ensaboando o seu corpo nu, ela pensava no que aquilo poderia ser e o que poderia fazer. Após alguns minutos debaixo no chuveiro, Cherry saiu do box e notou que havia esquecido a sua toalha. Ela saiu do banheiro de sua suíte e voltou para o quarto, levemente irritada com aquilo.

— Eu sempre esqueço a toalha. Sempre. — Cherry disse para si mesma, e ela se lembrou que era Jacob que lhe dava as toalhas quando a mesma esquecia pega-las. Aquele pensamento a fez ter uma ideia. Abrindo o guarda roupa, ela se inclinou para dentro e começou a procurar pela toalha. Enquanto procurava, Cherry notava que havia um brilho em seu guarda roupa também. Incomodada já com aquilo, mas mantendo a calma, ela pegou o celular que estava em sua cama e digitou uma mensagem para um remetente desconhecido e voltou a buscar pela toalha que estava em algum canto dentro do guarda roupa. Após dois minutos procurando ela conseguira finalmente achar a bendita toalha. Começando a se enxugar, Cherry observava aonde estava os brilhos, fingindo que estava olhando ao seu redor despreocupadamente. Terminando de se enxugar, ela se cobriu com a toalha e pegou seu celular novamente.

— Deixa eu ver...

De repente a luz começou a falhar e Cherry continuou a usar o celular até o momento que a energia faltou de vez. Quando o quarto ficou no escuro, Cherry utilizou a lanterna da câmera para iluminar o local. Vendo algo brilhar novamente, Cherry percebeu que era a luz de um pequeno led que brilhava em meio a escuridão atrás da tv. Entrando em seu closet, Cherry pegou uma lanterna do trabalho que carregava consigo e caminhou até a tv e cuidadosamente pegou o dispositivo, no qual tinha o tamanho de um polegar humano, mas fino quase como um chiclete. Cherry apenas meneou a cabeça e pós o dispositivo na ponta da lanterna, a ativando em seguida. Um taser foi ativado, queimando o dispositivo no processo. Cherry jogou o dispositivo inutilizável na cama e seguiu ao banheiro, aonde havia outro dispositivo, no qual Cherry localizou atrás do espelho, no qual ela prontamente destruiu.

Voltando para o quarto, ela foi até o guarda roupa, onde o último dispositivo estava. Ela pegou e viu que era uma pequena câmera localizada dentro da parede do fundo do móvel. Retirando a câmera de seu esconderijo, ela quebrou prontamente, se livrando dos objetos de vigia.

— Escutas e câmeras... Deve ter mais espalhados pela casa.

Saindo daquele canto, ambos seguiram pelos corredores a procura de Mach

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Saindo daquele canto, ambos seguiram pelos corredores a procura de Mach. Eles olharam a biblioteca, a sala de informática, a quadra de esportes, mas não havia nenhum sinal de Mach nesses lugares. Por dedução, eles seguiram em direção a enfermaria. Durante todo aquele percurso ambos seguiram em silêncio e Lana agradeceu mentalmente por Lince não dizer nada durante o caminho enquanto o rapaz apenas a olhava de vez em quando, vendo se a mesma estava realmente bem. Chegando à enfermaria, ambos estranharam que lá estava estranhamente silencioso, já que se havia qualquer movimento por lá por parte da enfermeira, ou do próprio Mach. Suspeitando que o mesmo estava dormindo, Lince fez um sinal a Lana para que ficasse em silêncio ao entrar, já que não queria acordar Mach com qualquer barulho. Entrando na enfermaria, ambos ficaram surpresos de não haver ninguém por ali, já que a enfermaria geralmente havia além da enfermeira, alguma pessoa que se sentia mal, ou precisava se medicar e podia ter algum efeito adverso do remédio, o que era estranho por si só.

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