Mach 0.26 - 330 Km/h

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Mach estava esperando na frente de casa, quando o Camaro SS preto de Cherry parou em frente dando um cavalo-de-pau. A janela se abriu revelando que era Cherry que estava lá dentro, vestindo outras roupas, nas quais Mach reconhecera quase que imediatamente.

— Entra.

Obedecendo ao comando, ele entrou rapidamente no veículo e Cherry pisou fundo no acelerador, arrancando o carro e rapidamente seguindo pelas ruas de Aurora. Ela jogou uma sacola e Mach abriu prontamente, encontrando suas roupas de treino pretas além de uma máscara e óculos de esqui.

— Se troca. — Cherry ordenou.

Sem perder tempo Mach começou a se trocar, tirando suas roupas e sapatos e pegando dentro da sacola as roupas e os sapatos de corrida que ele deixara em casa.

— Para onde estamos indo? — Mach perguntou vestindo as calças.

— Eu lhe explicarei assim que a gente chegar no nosso destino. — Cherry respondeu.

Apenas assentindo, Mach foi terminar de se trocar e percebeu que havia luvas também, nas quais ele vestiu prontamente. Ao terminar de se vestir, ele começou a vestir os adereços que sua mãe lhe dera.

— Há uma óculos esportivo aí dentro. Espero que isto aguente altas velocidades, senão estamos fritos.

Mach colocou os óculos e os ajustou em seu rosto. Cherry seguia pelas ruas até a zona sul da cidade. A zona sul era o setor industrial da cidade, onde a maioria das empresas fica localizadas. Diferente dos antigos polos industriais, as construções foram modernizadas em prol do meio ambiente, evitando quaisquer emissões de carbono na atmosfera. Essa área da cidade além de ser conhecida por ser em favor ao meio ambiente, é onde a Gaia Bio Robótica fica localizada. Mach podia ver o imponente complexo da empresa onde seu pai trabalhava. Porém Mach sabia que o destino dele não era a Gaia, pois sua mãe seguiu mais para o sul ao invés de seguir para a direita, pela rota na qual seu pai geralmente faz todos os dias. Segundo rumo ao sul, Cherry dirigiu o seu carro até um certo ponto da cidade onde os depósitos de grande parte das empresas eram mais presentes, além de áreas de reciclagem de materiais e outras pequenas companhias de disposição e armazenamento de materiais sendo estes recicláveis ou não. Cherry seguiu pelos armazéns até chegar em um armazém de carros, no qual Mach reconheceu imediatamente.

— Por quê estamos aqui? — Mach perguntou.

— Para chechar o caminhão que o atropelou. Parece que Hercules estava certo pelo visto.

— Há de algo de errado com o caminhão?

— Se minhas suspeitas estiverem certas... Como geralmente estão, nós estamos lidando com o Le Zahir faz um longo tempo.

— O que...? Quer dizer...

Mach fechou os olhos e cerrou os punhos com força. Por algum sentido aquilo fazia sentido, afinal como um caminhão em excelentes condições iria sofrer tal defeito justo naquele momento. Mesmo se fosse um defeito de fábrica era fácil detectar e consertar, o que deixava as possibilidades de um acidente praticamente nulas. Sentindo a raiva o dominar, Mach respirou fundo, tentando manter-se calmo e evitar que a raiva o dominasse.

— Eu sei que está furioso, eu também estou, mas precisamos checar se foi algo proposital de fato, ou apenas um acidente mesmo.

Mach assentiu.

— E a sua ideia é invadir o deposito de veículos da polícia de Aurora?

— O caso já foi arquivado como um acidente, e se eu vir para cá...

— Entendi. É o mesmo que estar reabrindo o caso.

— E isso pode levantar as suspeitas deles.

Mach ficou em silêncio, e então após algum tempo ele perguntou.

MachOnde histórias criam vida. Descubra agora