Capítulo 7

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DRAKE CAMPBELL

Brooke andou pela casa e o meio da multidão com tanta tranquilidade e facilidade que pareceu que realmente estávamos lidando com uma estrela. Eu segui ela até o andar de cima, onde entramos em um corredor enorme e logo estávamos em uma sala ampla que não estava tão cheia como lá embaixo.

Passando por casais com as mais variadas fantasias e muito improváveis para a realidade, eu e Brooke seguimos até o fundo da sala, onde um sofá pequeno e vermelho estava bem embaixo de uma enorme janela aberta.

— Poucas pessoas se atrevem a subir aqui. — ela explica, se sentando no sofá enquanto volta a olhar para mim. — Eles acham que são só quartos e eu fui bem clara que tudo aqui tá trancado. Por isso aqui em cima é mais vazio.

— Inteligente. — eu sorrio enquanto me sento ao seu lado e aponto para as outras pessoas aqui em cima. Não passam de dez. — E eles?

— Provavelmente já vieram aqui. — ela dá de ombros e morde o lábio inferior em seguida, enquanto desvia o olhar para a janela atrás de nós.

Brooke apoia o braço no sofá e se senta de lado para poder olhar para fora melhor, eu acompanho o gesto, mas mantenho o olhar em seu rosto.

— É bonito aqui de noite. — ela comenta, com os olhos vidrados na lua e nas estrelas. — É uma das razões de eu gostar tanto desse lugar.

— E as outras?

— Eu posso ficar sozinha. — Brooke fala isso voltando o olhar para mim. Eu dou um sorriso pequeno e ela me acompanha.

Eu nunca me senti assim. Sorrir tanto em uma noite e sentir meu coração batendo tão forte do jeito que está batendo agora é algo estranho para mim.

— Por que a gente subiu aqui? — eu ainda estou um pouco frustrado por ela ter simplesmente se afastado quando estávamos tão perto um do outro que poderíamos estar nos beijando agora.

— Aqui tem menos gente. — ela balança os ombros, aproximando o corpo um pouquinho mais do meu, o suficiente para nossos joelhos se encostarem. — E a música não é tão alta.

Eu semicerro os olhos e mantenho o olhar nela por alguns segundos, Brooke sorri enquanto leva o copo preto em sua mão a boca e bebe o que quer que seja. Eu nem percebi o momento que ela pegou a bebida lá embaixo. A loirinha é misteriosa na maioria das vezes em que fala algo que pode ter diferentes interpretações. Às vezes é difícil saber o que ela pensa ou quer dizer.

Minutos atrás nós estávamos lá embaixo, tão próximos um do outro que poderíamos encostar nossas bocas, agora estamos aqui e eu não sei dizer se Brooke quer realmente conversar como está fazendo ou quer continuar o que começamos lá embaixo.

Eu quero beijá-la. Não tem porquê esconder isso, é bem óbvio. Brooke Finley é linda pra cacete e eu imagino o quão bom deve ser tê-la tão perto, com seu cheiro doce e penetrante. Mas porra, ás vezes é tão difícil entender o que se passa na cabeça dela.

— O que? — Brooke indaga ao notar meu olhar curioso nela.

— Eu estou me perguntando se isso foi uma desculpa pra fugir do beijo lá embaixo ou ter mais espaço pra isso aqui em cima.

 — Eu não fujo das coisas que eu começo. — ela dá de ombros, colocando o copo no parapeito da janela em seguida. — Eu só tô vendo quanto tempo demora até você tomar alguma iniciativa.

Solto uma risada entrecortada enquanto passo a língua nos lábios e balanço a cabeça. A menos que eu fosse algum tipo vidente, não existe um jeito de saber o que ela pensa e quer, porque o seu rosto parece nunca revelar nada. Inacreditável!

Ambitious Game (Reescrita)Onde histórias criam vida. Descubra agora