Capítulo 8: A arma de um guerreiro

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Reino de Kirato - [12 de setembro de 798] Forja das montanhas do leste.

A cadeia de montanhas ao leste do refúgio Kahat, uma zona de mana abundante, não importava a época, primavera ou inverno, o solo ainda era coberto pela neve constante.
John mandou Henry e Tyler para lá, para terminar seu treinamento, em sua chegada, conheceram um anão, um mestre de forja chamado de Darluk e seu aprendiz e ajudante, Alan, ambos eram responsáveis pela forja que se encontrava no coração da cordilheira.
Como foi ordenado, treinaram arduamente de maneira exaustiva, óbvio que nenhum admitiu isso, tanto que nenhum reclamou de ir buscar matérias ao redor da forja, Alan também ajudava, cuidando da qualidade dos materiais.

Alan: Você se empolgou? SE EMPOLGOU? Eu quase morri, cara, se isso fosse uma missão de guilda você estaria muito ferrado.

Henry: Você tá vivo, não tem porque se preocupar. Agora me responde uma coisa, dá pra comer o bicho?

Alan: Provavelmente, só temos que tirar as bolsas de veneno e lavar muito bem.

Henry: Beleza! Garantimos o jantar, pelo tamanho do bicho hoje tiramos a barriga da miséria.

Tyler: Aquele anão cozinha mal pra caramba, da última vez tive que comer a carne toda queimada, horrível.

Alan: Melhor parar de conversa mole e me ajudar com esses minérios, por "sorte" essa serpente apareceu, geralmente elas fazem seus ninhos com eles, por isso são raros.

Henry: Matamos dois coelhos com uma cajadada então, só tem um problema, isso parece ser pesado, como levamos isso pra forja?

Tyler: parando pra pensar, isso é um problema, isso deve ter uns dez metros, imagina o quanto pesa!

Alan: Eu levo a serpente, vocês levam o minério, juntos vocês conseguem carregar.

Henry: Certeza que aguenta carregar o bicho?

Alan: Posso até ter só dez anos, mas não se esqueçam que passei todo esse tempo com o mestre, então acreditem se eu aguento uma surra de um anão mal humorado como ele carregar esse bicho de volta pra forja vai ser mais fácil do que tentar tocar no equipamento dele.

Henry/Tyler: Se você diz.

Alan caminhou até o corpo do bicho procurando uma posição confortável para carregar a criatura, os outros dois voltaram a pegar alguns outros metais do ninho mal feito da, agora morta, serpente.
Henry, no meio das diversas ligas metálicas encontrou uma pedra vermelha, não dando muita importância e colocando junto ao resto.
Assim que terminaram, o trio caminhou em direção a forja.

Henry: Alan, a propósito eu to com uma dúvida.

Alan: Diga, o que quer saber?

Henry: Pra que um velhote tipo o Darluk ia querer tanto desse metal?

Tyler: Além do mais, ele não teria tipo, uma infinidade desses metais naquele estoque dele?

Alan: Ele não comentou muita coisa comigo, so disse que era pra uma encomenda.

Herny: Calma, quem em sã consciência ia fazer uma encomenda, justo com ele?

Tyler: O velhote cobra caro, quem teria tanta grana?

Alan: E eu lá vou saber? Mas é óbvio que mesmo sendo um pedido caro, uma arma forjada por um anão é ótima, tanto pela eficiência quanto pela qualidade, seja lá quem comprar vai ter um belo ferro pra usar.

Henry: Mesmo assim, o cara além da grana ia ter que ter muita coragem pra encomendar algo do velhote, aquela vez ele quase me jogou da montanha quando pedi uma arma nova, mas não tinha dinheiro pra pagar pelo serviço.

O último caçadorOnde histórias criam vida. Descubra agora