capítulo 31

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Ruggero

Ruggero

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— Apenas... apenas fique comigo,
ok? – ela sussurra e sorri para a
enfermeira carolina .
A primeira injeção cortou a pele de
Karol  e ela não gritou de dor. Ela
apertava minhas mãos com força, mas de
alguma maneira, consegui transmitir algo
para ela. Quando acabou, ela estava
exausta e tensa, e do mesmo jeito que da
outra vez, eu a levei dormindo para
casa. Não a de valu , mas a minha. Me
confortava ter karol  em minha cama
nesses momentos. Há estes pequenos
momentos em se consegue ver seu
futuro, a felicidade escapando de meus
dedos. Sentia como se karol  fosse feita
para mim, que deveria envelhecer ao
meu lado, cuidar de filhos e netos ao
meu lado, continuar sendo a pessoa
especial que era.
Queria que fosse eu. Desejava
ardentemente que pudesse fazer algo
além de passar horas na internet,
pesquisando por tratamentos que ela não
gostaria de ouvir. Ela tinha dito que não
tinha tempo. Gastaria todo o meu
dinheiro se isso significasse tê-la ao
meu lado por mais algumas décadas.
Anos. Até mesmo meses.
Ela não acordou como da outra vez, o
que me permitiu segurá-la durante a
noite até quando não consegui mais me
controlar. Minha cabeça ia a mil com
pensamentos e possibilidades, até que
meu peito apertou, minha garganta ardeu
e sabia que se continuasse ali, iria
acordá-la. Levantei da cama,
procurando um lugar que não pudesse
ser ouvido. Então, eu chorei. Seis meses.
Nada disso era justo. Eu tenho medo.
Muito.

Karol

Me espreguicei, levantando da cama
com cuidado, desorientada pelas horas
que dormi

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Me espreguicei, levantando da cama
com cuidado, desorientada pelas horas
que dormi. Estava novamente na cama
de Ruggero , vestindo uma camisola que
não me lembro de vestir e enrolada em
um edredom. Pego meu celular na
cabeceira e vejo que são duas da manhã.
Onde ele está? O lado da cama de Ruggero   está bagunçado, mas não há sinal dele no
quarto. Decido me aventurar pela casa,
indo ao banheiro e depois à cozinha
para fazer um lanche, já que não me
alimento desde antes da ida ao hospital.
Faço um sanduiche rápido e tomo um
copo de suco, tentando não fazer barulho
e perturbar Ruggero  onde quer que ele
esteja.
Quando estou na escada da sala, ouço
um soluço baixo, abafado, como se
alguém estivesse chorando escondido
pela casa. Meu coração dói porque sei
que é Ruggero . Ele tem sido uma rocha
desde que soube que estou com tumor,
sempre calmo, assertivo e tentando
resolver coisas para facilitar minha
vida. Ele não hesitou em nenhum
momento, não mostrou fraqueza ou se
deixou sentir na minha frente. Agora eu
sabia por quê. Ruggero  estava na sala,
sentado no sofá, com as mãos no rosto,
em um choro grave e dolorido,
escondido de mim e abafado entre seus
dedos. No silêncio da madrugada, o som
se destacava ainda mais. Era minha
culpa. Acuso Ruggero  de trazer confusão à
minha vida, mas estava estragando a
dele também.
Ele tinha decidido chorar longe de
mim e eu deveria respeitar isso, então
segui meu caminho como se não tivesse
visto aquele homem tão grande e forte
ser frágil e chorar. Eu o amava tanto e
queria ser livre para sentir o sentimento
de volta, como Ruggero  tem me dito. Ele
me amava, mas estávamos condenados.
Eu senti aquela dor quando descobri a
doença, tive tempo para aceitar. Chorar
aliviava o nó que guardei no peito e,
apesar de querer consolá-lo, sabia que
também era a causa do seu sofrimento,
no final das contas.
Deitei novamente, lutando para pegar
no sono. Quando abro os olhos
novamente, Ruggero  está enrolado ao meu
corpo, abraçando-me por trás, seu calor
irradiando para meus membros
doloridos. Girei em seus braços,
colocando minha boca em seu pescoço e
suspirando de contentamento. Em
silêncio, beijei seu pescoço, um ponto
sensível que sempre o faz gemer.
— A menos que você queira, é melhor
parar, amor – Ruggero  sussurra em meu
ouvido, acariciando meu rosto
delicadamente com suas mãos.
— Eu sinto falta de você... por que
tudo é tão confuso?
— Porque simples é sem graça, e
você nunca foi simples. Você mudou
tudo quando chegou, karol , nunca te
falei o quão importante é para mim.
— karol ...
— Quando a Malena  morreu, me
tornei viúvo muito jovem. Nunca mais
fui capaz de querer estar com alguém,
me importar. Tinha sede de vingança, de
sucesso. Me enterrei no trabalho, em
planejar o dia que conseguiria derrubar
Gaston ...
— Meu irmão é... — Tudo nessa
história me deixava tão confusa.
— Não – ele fala, interrompendo-me
– não quero falar disso agora. Quero me
centrar em você, karol . Fiquei
obcecado, entende? Passou a ser sobre
você e não sobre ele. Era como se me
completasse, como se minha alma te
reconhecesse.
— Não sei o que responder, Ruggero
— Não precisa falar nada. Me deixa
cuidar de você, pare de lutar comigo. Eu
me importo, merda. Eu te amo.
Eu quero tanto responder, tanto.
Talvez ele pudesse ver em meus olhos,
entender porque não conseguia dizer as
palavras. Sem esperar, grudo minha
boca na de Ruggero , com saudade de seu
toque. Nossos lábios se uniram em um
beijo com tanto significado,
compartilhando tudo que não conseguia
dizer em palavras. Não fazíamos amor
desde que fui embora da casa dele.
— Você tem certeza? – Ele disse,
separando-se de mim e me olhando nos
olhos.
— Sim.
— Mesmo?
— Tenho saudade de você, Ruggero .
Saudade de nós.
— Eu também, meu amor – ele diz,
esticando-se sobre mim. Ruggero  me beija
de forma lenta, languida, como se
tivesse todo o tempo do mundo só para
nós dois.
Minhas mãos descem pelo corpo de
Ruggero . Como ele dorme apenas com a
calça do pijama, acaricio seu torço sem
camisa e ele responde, gemendo
baixinho. Ruggero  puxa minha camisola e
beija meu corpo, dando atenção para
cada pedaço de pele que vê. Gentil e
lentamente, ele brinca com os dedos em
minha entrada e coloca dois dedos
dentro de mim, iniciando uma
exploração preguiçosa.
Ruggero  queria me amar passo a passo,
lentamente e comandando cada carinho
devagar, mas sentia falta de me sentir
viva em seus braços. Girei meu corpo,
ficando em cima dele e acelerei nossos
movimentos, beijando seu corpo até
chegar a sua masculinidade. Seu pau
inchado brilhava de excitação, o gozo
molhando sua ponta. Segurei a base de  seu eixo e comecei a acariciá-lo sem
pressa, fazendo uma leve pressão com
as mãos e ganhando um gemido como
resposta.
Beijei a ponta de sua ereção,
sentindo-me poderosa. Ruggero  me olhava
profundamente, o quarto à meia-luz dos
raios tímidos que vinham da janela ao
amanhecer. Era seu show particular.
Envolvi minha boca em seu pau,
chupando e lambendo todo o seu
comprimento enquanto acariciava suas
bolas com minha mão. Sentia-o crescer
entre meus lábios, seus quadris
empurrando contra mim, procurando por
liberação e o leve arfar masculino, sua
voz tão grossa e baixa. Ruggero  me jogou
no centro da cama de repente, afastando  me de seu membro e ficando em cima de
mim.
— Por mais que eu queira gozar na
sua boca – ele disse com o coração
martelando contra mim e sua respiração
acelerada — Eu preciso estar dentro de
você agora.
— Ruggero ... – suspirei e ele me beijou
selvagem. Senti seu membro inchado
contra minha entrada, fogo líquido
correndo em minhas veias quando
começamos a nos movimentar juntos.
Era mágico, era tudo o que eu queria.
Era pelo que lutaria para continuar
tendo.
Com um puxão leve em meu cabelo,
Ruggero  me forçou a encará-lo, encostando
sua testa na minha e nunca deixando de  me olhar. Senti o orgasmo vindo e
tensão se formando no meu estômago e
senti Ruggero  endurecer ao mesmo tempo.
Gritei e ele fez o mesmo, mas não nos
movemos, entrelaçados um no outro
enquanto o êxtase veio forte.
Quando acabou, continuamos
abraçados, como se Ruggero  fosse uma
extensão de mim, uma parte minha assim
como meus braços, pernas. Coração.
Ele me encarou, a luz da manhã me
fazendo ver cada detalhe de seus olhos
Castanhos.
— Eu te amo –  Ruggero  fala.
Me perdi naquelas palavras simples.
Não respondi, mas o beijei de volta,
tentando fazê-lo entender sem palavras.
Sentia-me insegura em corresponder.

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