Capítulo 65

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— Capítulo 65 —


Albus presenciou o nascer do Sol acordado, e ficou frustrado. Estava com tanto sono, com tanto desânimo para ir estudar, e com tanta indisposição para sair da cama que ele teve vontade de enterrar a cabeça no travesseiro e chorar. Havia passado a noite inteira sem dormir por causa de um maldito pesadelo.

Ele forçou seu melhor sorriso quando sentiu que Scorpius se levantou da cama ao lado. Scorpius já tinha preocupações demais na cabeça para ficar enchendo-o de mais coisas. Sabia que o rapaz se desesperava e ficaria muito preocupado se Albus contasse que o motivo de seu desânimo e indisposição fosse por causa da noite em claro que seu pesadelo lhe proporcionou.

Mas Scorpius conhecia Albus há anos e sabia, ao observar o rosto de Albus, que ele não estava nem um pouco bem. Aquele sorriso forçado não convenceria ele.

— Você parece exausto. — foi o que Scorpius disse, esfregando os olhos e se levantando da própria cama. Albus suspirou.

— Não consegui dormir. Perdi o sono.

Não estava mentindo. Apenas ocultou alguns fatos e transformou a situação a seu favor. Mas Scorpius era esperto o suficiente para reconhecer algo de errado. Quando Albus fez menção de se levantar da cama para o acompanhar, Scorpius colocou a própria mão sobre o ombro dele, o impedindo de levantar e o obrigando a continuar sentado em sua cama.

— Não precisa assistir às aulas de hoje. — Scorpius disse, sorrindo fraco. — Posso fazer anotações para você não ficar perdido.

— Vai ficar sozinho.

Nada acabaria com aquele sorriso de Scorpius.

— Não se preocupe comigo, sim? Vou ter aula de Poções com Rose, Louis, Emily e Olivia. E dois tempos de Defesa Contra as Artes das Trevas. Pode ficar aqui. Posso ir tomar o café-da-manhã e ir almoçar com você. Mas às seis horas vou ter que ir para o campo de Quadribol para ajudar o capitão com os novos jogadores, mas não vai demorar m...

Quadribol. Aquilo lhe dava um pressentimento nada legal.

— Quadribol? — repetiu Albus, nervoso.

— É.

Nos seus sonhos, Scorpius havia sido atingido por um balaço bem na cabeça e caído da vassoura. No fim, não conseguiu sobreviver, e Albus o assistiu partindo aos poucos. Não podia deixar que isso acontecesse de verdade. Mas também não podia impedir Scorpius de fazer o que tinha de ser feito.

A cara que transparecia desespero fez Scorpius ficar em alerta.

— O que houve? — ele perguntou, vendo que Albus estava agindo estranho.

— Posso assistir?

— Claro. Você pode ficar lá nas arquibancadas, só não faça tanto esforço, senão pode se cansar.

— Eu não estava falando só do Quadribol.

Scorpius suspirou. Ele pegou na mão de Albus e observou seus dedos. Albus parecia tão cansado. E ele realmente estava. Mas não correria o risco de ficar sozinho no dormitório enquanto Scorpius poderia estar em risco sem que ele soubesse. Os dois se entreolharam.

— Tem certeza? — perguntou Scorpius, soando sério.

— Sim. — respondeu, com a mesma firmeza.

Love, AlbusOnde histórias criam vida. Descubra agora