Love, Albus

Capítulo 25

— Capítulo 25 —

A maneira pelo qual Harry Potter estava com o corpo daquele que ele mais odiou na vida era obscuro. Era estranho e sentia-se arrepiar quando Harry, com os olhos vermelhos e semelhantes com aqueles de cobra, olhou para cada um dali. Só faltava a mão de Albus cair do braço, de tão firme que era o aperto de Scorpius sobre esta.

Albus queria saber como aquilo iria acabar, mas Gina, tão aterrorizada quanto ele, levou ambos os garotos para dentro da igrejinha; Hermione, Ron, Draco e Harry indo atrás. Teriam de saber se a igreja estava vazia ou não para ele.

O lugar era pequeno e branco, mas Albus não se atentou em prestar a atenção em cada detalhe, pois sua mãe havia sentado num banco, não conseguindo olhar para o corpo de Voldemort. Scorpius ficou abraçado ao pai, e Albus foi até Gina, se sentando ao seu lado.

— Vai ficar tudo bem.

— Eu sei, ou espero que saiba. — foi o que Gina lhe respondeu, abraçando o filho lateralmente. — Só não quero vê-lo daquele jeito. O homem que eu amo transformado no que eu mais odeio.

— É tudo minha culpa. Eu tinha acreditado em tudo o que Delphi havia dito.

Gina olhou para o filho, sorrindo um pouco e arrumando os cabelos emaranhados de Albus delicadamente. O menino suspirou para a mãe.

— Engraçado, seu pai também acha que a culpa é toda dele. Estranha dupla vocês são.

Albus suspirou mais uma vez. Tinha que aceitar, mesmo não querendo, que ele era pelo menos um pouco parecido com o pai. O garoto deitou a cabeça no ombro de Gina, mas se espantou ao ver que Scorpius veio correndo até sua direção, com uma estranha expressão de euforia e desespero. Albus franziu o cenho na hora.

— Albus, Albus — ele segurou em suas mãos ofegante e o puxou para fora do banco, Gina olhando fixamente para os dois. — É ela, é ela. Estamos a observando.

— Em posições. Todos. — mandou Hermione, quando Albus, Scorpius e Gina se juntaram a eles. — E lembrem-se, não saiam até que ele a traga para a luz. Só temos uma oportunidade.

— Hermione Granger está mandando em mim. — comentou Draco. — E até que estou gostando.

— Pai... — resmungou Scorpius.

Enquanto Harry saía da igreja para tomar sua posição, o resto do grupo corria para dentro de uma sala com duas portas de grades enormes de ferro. Delphi estava chegando, logo atrás de Harry, seu rosto contorcido em emoção. Era seu pai, ela pensava. Era ele...

— Seja quem for que esteja me seguindo — Harry disse, sua voz idêntica com a de Voldemort, o que fez Albus estremecer da cabeça aos pés. —, lhe asseguro, irá se arrepender.

Albus desviou o olhar. Não sabia se aguentaria ver seu pai naquele estado mais uma vez. Scorpius o encarou, compreensivo, e lhe lançou um olhar mudo que diria que tudo ficaria bem.

— Lorde Voldemort — suspirou Delphi, sem acreditar que estava vendo aquele que havia passado a vida inteira tentando encontrar. —, sou eu. Sou sua filha.

Harry se virou para olhar para ela. A mulher ofegou. Harry não fez nada além de dizer: — Se fosse, a reconheceria.

— Venho do futuro. — ela explicou, ansiosa. — Sou sua filha com Bellatrix Lestrange. Nasci na mansão dos Malfoy antes da batalha de Hogwarts, na qual perderá. Tive que vir salvá-lo. Foi Rodolfo Lestrange, o leal marido de Bellatrix, quando retornou à Azkaban, que me contou quem eu era e me revelou a profecia. Pensou que eu estava destinada a concretizá-la. Sou sua filha, senhor.