Love, Albus

Capítulo 13

— Capítulo 13 —

No dia seguinte, a carta para Teddy já estava no céu. Albus foi ao corujal bem cedo, antes mesmo que Scorpius e Craig pudessem acordar, e viu como a escola era mais pacífica e sem ninguém naquele horário. Descobriu que as pessoas não o olhavam, até porque não havia ninguém, e descobriu que se sentia muito melhor e mais aberto à Hogwarts quando vazia.

Deu de cara com o Filch assim que despachou a coruja, dando um pulinho ao ver o zelador o olhando esquisito, com Madame Nor-r-ra ao seu encontro. O homem espreitou os olhos ao garoto, que lhe desejou um bom-dia, mas Filch não deixou aquilo quieto.

— Então é você quem tem enchido o corujal de bombas de bosta. — comentou o zelador.

— Não. — disse.

— Não se finja de sonso, moleque, eu te peguei no flagra.

— Na verdade, Albus não tem enchido o corujal com nada. — disse uma voz doce à porta, e os dois se viraram para ver Lily entrar. — Vi Albus entrando, ele só despachou uma coruja. Acho que sei quem é que está colocando bombas de bosta aqui. Ele acabou de passar por nós três e a gente nem conseguiu enxergar, mas eu senti quando ele passou.

Filch não estava entendendo, é claro, mas foi quando Madame Nor-r-ra se esgueirou para fora do corujal, os olhos alaranjados fixos num ponto da escada, que o zelador conseguiu ver James Potter descendo as escadas correndo.

— Ora, esses Potter um dia vão me matar.

Nisso, Filch foi correndo na velocidade mais rápida que conseguiu alcançar, e deixou Lily e Albus sozinhos ali.

— Obrigado. — agradeceu Albus, olhando Filch e Madame Nor-r-ra correndo atrás de James. — Como sabia que James esteve aqui?

— Ele sempre coloca bombas de bosta aqui no corujal. Aliás, eu sei que James gosta de aprontar, então fui seguindo ele. Eu percebi quando ele saiu da comunal da Grifinória, ele foi até a biblioteca pegar a Capa dele, eu nem sei como a Capa dele foi parar lá, mas eu consegui saber que ele veio aqui. Ele estava fedendo cocô. Ali — ela apontou para o canto que mais fedia no corujal. — foi onde ele explodiu. Aposto que tinha esperanças que você fosse até ali.

— Bem que eu percebi o quanto estava fedendo quando entrei.

— Afinal, para quem você está mandando cartas? — os olhos dela brilharam. — Para o papai? — mas antes que Albus pudesse negar, ela disse. — Ah, até que enfim, papai não tem parado de me mandar cartas perguntando se você estava bem porque você não tem respondido às cartas dele desde que o ano começou.

— Não. — interrompeu Albus. — Não mandei carta para o papai, e nem pretendo mandar, porque eu tenho recebido cartas dele me perguntando do porquê eu não responder ele, e até dele falar para eu me afastar de Scorpius, porque ele acha que a culpa de eu não respondê-lo é o Scorpius, que está me incentivando. Então não. Eu estava mandando carta pro... — ele parou por alguns segundos. — para ninguém importante.

Mas Lily não pareceu acreditar, tanto que fechou a cara, e Albus bufou.

— Está bem, estava mandando carta pro Teddy. Quero ajuda dele nas férias, nada demais, agora tenho que ir. Tchau, Lily.