Capítulo 63

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— Capítulo 63 —


Albus teve que esperar algumas horas até encontrar Scorpius novamente. Passou o tempo com Hugo, Louis e Rose — a última queria "tratar de assuntos importantes que envolvem um tal de Malfoy" assim que Scorpius os deixou, mas Albus simplesmente a ignorou, já sabendo o que ela tinha em mente.

Poderia se dizer que eles se divertiram bastante até o trem parar em Hogsmeade, porque Hugo apareceu com algo para passar o tempo, mesmo que não soubesse de qual forma. Uma pilha de cartas estranhas estava sobre as suas mãos.

— Não acredito que você realmente trouxe isso com você. — riu Rose a Hugo, vendo que o irmão estava com uma feição curiosa.

— Parece interessante — Louis comentou se esticando. —, o que é?

— Não sei. Na verdade, a história desse monte de cartas é um tanto engraçada. — Hugo riu nervoso, passando a pilha de cartas para Albus, quando este pediu para ver o mais de perto. — Meu pai me entregou mais cedo e falou para eu dar um jeito de descobrir como isso funciona porque estava se prevenindo que minha mãe descobrisse sobre isso. Ele disse que o avô Arthur apareceu com um desses no último encontro e que nenhum dos dois sabem o que é. Papai disse que pensou em perguntar para a minha mãe, mas tem certeza que se isso for algo ilegal no mundo trouxa, ele e o avô Arthur levariam esporro, então nem tentaram arriscar.

— Eu sei o que é isso. — Albus falou. — Baralho. Dá para jogar qualquer coisa com isso.

— Que tipo de jogo? — Louis perguntou, curioso.

— Como é que descobriu isso? — Rose ergueu as sobrancelhas.

— Jogos ilegais? — sussurrou Hugo, temendo que alguém escutasse, mesmo que Albus estivesse cem por cento convicto de que Hermione, que estava do outro lado do país, não iria ouvi-lo de jeito nenhum.

Albus se virou a Louis.

— Qualquer tipo de jogo com qualquer pessoa. Eu sei alguns e posso ensinar para vocês, se quiserem. Agora, respondendo você — ele olhou a Rose, que semicerrava os olhos desafiadoramente. — Meu pai e minha mãe costumam jogar baralho no tempo livre, já que meu pai diz que, quando era mais jovem, ele só brincava de baralho velho que tinha na casa dos tios dele. — ele terminou a frase encarando Hugo, que estava ansioso para a sua resposta. — E depende de que tipo de jogo for. Tem os jogos de azar que são contra a lei. Mas a maioria não é.

Os olhos de Hugo brilharam. Enxergando o baralho de outra forma, ele estendeu a mão ao amontoado de cartas, mas Rose foi mais rápida e pegou o baralho antes que Hugo pudesse sequer tocá-lo. A garota aproximou aquilo dos olhos e sorriu.

— Isso é legal. Ensina para a gente alguns jogos, sim?

Nada de inesperado aconteceu até chegarem, exceto o fato de que Rose havia se superado no jogo Truco e ficado até melhor que Albus, o que provocou exclamações de protesto vindo de Louis, que pedia revanche. Mas Louis não conseguiu ganhar, e isso deixou Rose contente. Disse que queria ensinar para as suas amigas, e Albus ficou com um certo medo — não iria impedi-la, para deixar avisado — de que ela começasse a ficar famosa em Hogwarts por sempre vencer em partidas de Truco. Tinha certeza de que, se ela quisesse, conseguiria, e Hermione nem ficaria sabendo.

Os quatro foram se encontrar com Scorpius quando eles desembarcaram. O rapaz parecia cansado e exausto, mas mesmo assim ajudava os alunos do primeiro ano a conseguirem achar seus caminhos para o ar fresco da noite, fora do trem. Os alunos arrastaram seus malões até as carruagens com testrálios, onde Albus teve a infelicidade de trombar com ninguém menos que Karl Jenkins e Yann Fredericks.

Love, AlbusOnde histórias criam vida. Descubra agora