Capítulo 44

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— Capítulo 44 —


 Era evidente a qualquer um que localizasse Albus Potter e Polly Chapman na sala de aula, de que os dois não sentiam nada além de ódio um pelo outro. O motivo do Prof. Thomas colocá-los em dupla era para buscar uma melhor relação, mas as coisas entre os dois esquentava a cada minuto. E uma forma de resolver aquilo não era simplesmente separá-los, até porque já haviam feito uma pequena parte do trabalho juntos, mas apressar as coisas. Quanto mais rápido acabassem, mais rápido poderiam ficar longe um do outro.

Por isso, no fim da aula, Albus e Polly foram à biblioteca finalizar o trabalho. De mal gosto, como o esperado.

— Se você quer acabar com isso logo, vamos terminar o trabalho hoje. — disse Albus puxando uma cadeira à mesa em que Polly, largada desinteressada, encontrava-se.

Albus colocou o pergaminho em cima da mesa, onde alguns livros sobre Bichos-Papões e Defesa Contra a Artes das Trevas estavam empilhados. Ele olhou para Polly, que encarava as próprias unhas como se elas fossem as coisas mais belas do mundo.

— Você está com as anotações que o professor pediu? — perguntou Albus, e Polly puxou um pedaço pequeno de pergaminho de dentro da mochila.

— Eu deveria estar fazendo algo de mais interessante agora. — ela comentou desgostosa. — Não ficar aqui com você.

— Que pena. — usava sempre o sarcasmo para se defender, era inevitável. Ele leu depressa o pergaminho de Chapman. — Ok, nós ainda nem começamos a fazer direito essa merda, e a primeira coisa que está perguntando é: cite um exemplo pessoal, de cada integrante. Então — ele encarou Polly, que agora fazia tranças distraída. — qual seu Bicho-Papão?

— E eu vou lá saber o que é Bicho-Papão? — ela exclamou, como se o rapaz estivesse fazendo uma pergunta dificílima sobre alquimia.

— Como você pensa em fazer um trabalho de uma coisa que nem sabe o que é?

— Só para deixar claro: eu não escolhi fazer nenhum trabalho, muito menos com você. — ela tornou a mexer no cabelo, olhando ao redor como se estivesse procurando algo de mais interessante para fazer, embora fosse obrigada a continuar sentada.

Quando os olhos escuros de Albus se encontraram com os de Chapman, ele quis explodir mais uma vez no mesmo dia. Era uma merda ter de se juntar a Polly para fazer algo que ele nem ao menos sentia vontade. Pensou como seria se Polly estivesse se sentado em dupla com Scorpius, e descobriu que preferia do jeito que estava. Ela provavelmente estaria mais focada em conseguir a atenção de Scorpius do que em fazer o trabalho, e o rapaz entraria em desespero ao não conseguir fazer o que precisava ser feito. Conhecia Scorpius, sabia como ele era.

— Nós estudamos sobre Bicho-Papão no terceiro ano.

Andar muito com Scorpius estava o fazendo parecer com ele. Nunca que Albus falaria uma coisa como aquela. Como é que ele se lembraria que haviam estudado sobre Bichos-Papões no terceiro ano? Ficou satisfeito com sua capacidade de lembrar, mas fechou a cara ao ver Polly retrucar:

— E nós estamos no sexto, imbecil. — rolou os olhos. — Não é como se eu fosse lembrar de tudo o que acontece.

— Não sei como teve a capacidade de passar nos N.O.M.s. — rebateu, e Polly mostrou-lhe a língua presunçosamente. Infantil. Não iria discutir com ela. — Agora — disse, mudando de assunto. —, lê esse livro aqui.

Love, AlbusOnde histórias criam vida. Descubra agora