Capítulo 3

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Capítulo 3

A troca de olhares durou  alguns segundos. Bruno estava chateado demais com o marido para ter que encarar uma briga com Matheus.
Além disso, ele odiava escândalos e está na mira dos holofotes. Pensava em Renata, no quanto ficaria chateada por ter a festa estragada devido a uma briga deles.
No entanto, ele não estava disposto a ser submetido a mais uma sessão de humilhações de Matheus. Ainda sentia raiva quando se recordava das brigas que tiveram no passado. Por isso, estava decidido a não abaixar a cabeça. Se Matheus quisesse brigas, ele encontraria. Revidaria sem dó.
Todavia, sentiu-se intrigado com a reação do primo, que fechou a porta do freezer e pediu licença para que Bruno cedesse o espaço para que ele pudesse passar.
A princípio, tomou um susto, chegando a cogitar  que Matheus retornaria  com algum objeto ponteagudo para atacá-lo. Mas, ao perceber que isso não aconteceu, respirou aliviado pela briga não ter ocorrido.
_ Ufa!
Betinho se viu decepcionado, próximo ao estoque, escondido atrás de uma pilastra. Ele esperava um barraco estilo as novelas do Manuel Carlos e  não foi bem sucedido.
_ Matheus é um covarde mesmo. Ficou diante da bicha talarica e nada fez? Esses veados já tiveram mais graça. Eu, hein!

Leninha ficou intrigada ao ver Matheus sair do estoque com a cara amarrada e Bruno sair em seguida. Curiosa, correu em direção a Matheus para saber o que havia acontecido.
Puxou-o para perto de um limoeiro.
_ Veado, você e o Bruno se tombaram? Eu vi ele saindo assim que você saiu.
_ Nem me fale! Eu tô puto com a minha mãe por ter convidado aquele Judas.
_ Mas, e aí?
_ E aí o quê?
_ O que aconteceu lá dentro veado! Vocês brigaram?
Matheus a olhou sério.
_ A minha vontade era de sentar a mão na cara dele, mas me contive.
Leninha a olhou de um jeito interrogativo.
_ Você? Você negou barraco?
_ Eu não sou idiota. Já fui. Não sou mais. Se eu metesse a mão na cara daquela bicha safada o Patrick ficaria puto comigo, achando que estaria com ciúmes do Jonas. Eu não vou criar atritos com o homem que eu amo por causa daqueles dois que não valem nada. O meu casamento é mais importante.
_ Quem te viu quem te vê, hein Matheus. O Patrick te botou na linha mesmo. Mas, você está certo. Não vale a pena. Brigar é coisa de gente baixa. Eu odeio barraco. Acho que isso é coisa de  gente deselegante e sem educa...
A mulher interrompeu a frase ao ver Rose conversando com Marquinhos. Ambos seguravam uma lata de cerveja e gargalhavam.
_ Ah, mas eu vou quebrar a cara dessa piranha!
Leninha partiu como um jato em direção à Rose. Puxou os longos cabelos pretos da mulher, que estavam presos num rabo de cavalo.
_ Sua vagabunda! Já faz um tempo que venho percebendo a sua gracinha pra cima do meu marido.
_ Tá louca? Me solta!
Rose deu um empurrão em Leninha, conseguindo se libertar das mãos dela. Com medo que as duas brigassem, Marquinhos segurou a mulher, mas ela o empurrou e deu uma bofetada no rosto de Rose.
_ Leninha, pare com isso! Que vexame! _ disse Marquinhos envergonhado.
_ Isso é para você aprender a não mexer com o meu homem!
Rose se lembrou dos tapas que recebia de Gustavo e sentiu um ódio intenso. Sem pensar partiu para cima de Leninha e as duas começaram a se estapear, chamando a atenção de todos.
_ Agora sim! Essa festa tá animada._ disse Betinho sorrindo, dando pulinhos e Cinthia e Isabel riram também.
Renata ficou envergonhada com a situação e um tumulto se formou em  volta da briga.
As mulheres foram separadas por Marquinhos segurando Leninha e Bruno segurando a sua mãe.
Cada uma foi levada para um canto até que se acalmaram e festa seguiu.

Nas altas horas da madrugada, quando o casarão do sítio adormecia e a escuridão e o silêncio dominavam o local, as quatro paredes do quarto testemunhavam Patrick nu rebolando no pênis de Matheus.
Ambos estavam suados e ofegantes. O ruivo tapava a boca com a mão para conter os gemidos. Matheus masturbava
o marido erguendo a cabeça, fechando os olhos sentindo  tesão.
Seus prazeres dos seus corpos  se alimentavam num ritmo acelerado.
Cansado, Patrick parou e beijou os lábios do amado, voltando em seguida ao movimento.
Matheus o girou, ficando por cima e erguendo as pernas de Patrick até os seus ombros.
Seus olhos se encontraram brilhando de desejo.
Agora, Matheus dominava a situação e fodia com força,  deixando Patrick trêmulo. Suas bocas se beijaram. As línguas se roçavam úmidas e desejosas.
_ Pare!
Matheus parou sem entender o porquê do pedido do marido. Ele o empurrou para frente e ficou de quatro diante de Matheus.
_ Agora me fode gostoso._ Patrick disse com um sorriso safado.
Louco de tesão, Matheus segurou nos quadris do ruivo e meteu bala, puxando os cabelos do parceiro para trás.
Patrick se viu louco quando a mão de Matheus estalou na sua bunda. Perdeu o controle soltou um gemido.
Matheus puxou a sua cabeça e o beijou, enquanto metia e o masturbava.
Patrick foi o primeiro a gozar, o que empolgou Matheus a fazer o mesmo.
O ruivo caiu na cama cansado, e Matheus ficou deitado em cima dele, acariciando os seus cabelos e beijando a sua face.
Matheus deitou ao lado do marido e continuou a fazer carinho em seus rosto e tinha um sorriso doce, que deixou Patrick derretido devolvendo o gesto carinhoso.
_ Amor, o que você sentiu vendo o Bruno hoje?
_ Nada._ mentiu Matheus.
_ Nada?! Como assim?
_ Nada, uh é! O que você queria que eu sentisse?
_ Eu esperava que você ia ficar louco de fúria.
Patrick esboçou um sorriso e o beijou.
_ Eu fiquei tão orgulhoso de você. Se comportou tão bem, esse meu bebê.
_ Eu não vou dizer pra você que morro de amores por Bruno, mas ele não merece nada que venha de mim. É insignificante demais pra isso.
_ Eu confesso que fiquei com medo.
_ De quê?
_ De você ter raiva por ele e Jonas estarem juntos. Eu não quero ter que disputar o seu coração com ninguém.
_ Você é um egoísta.
_ Como assim?
_ Roubou o meu coração e o dominou de uma forma que ninguém mais tem acesso.
Patrick sorriu se sentindo seguro.
Matheus o puxou e o beijou.
Há 4 anos eles vivem juntos. A princípio, moraram numa casa que alugaram. Dois anos depois, se  mudaram para o apartamento que ficava próximo ao então  novo emprego de Patrick.
Na noite do seu aniversário, após chegar em casa depois de um longo de trabalho, Matheus foi surpreendido com uma festa   feita por Patrick e a sua mãe.
Era uma pequena confraternização com somente a família e amigos íntimos presentes. Patrick aproveitou a ocasião para pedir o companheiro em casamento, surpreendendo a todos.
A cerimônia civil aconteceu alguns meses depois. O casal não tinha a intenção de dar uma grande festa, pois optaram por economizar dinheiro para poderem  investir numa viagem de lua-de-mel a  Fernando de Noronha.
Mas, Cinthia organizou uma festa surpresa, alegando que a união deles era bonita demais para passar em branco.

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