Capítulo 34

82 6 1
                                    

Capítulo 34

_ Meu amor, não é porque eles vão aguardar a conclusão do inquérito em liberdade, que siginifica que ficarão impunes. Ainda vai ter o julgamento._ disse Renata, tentando consolar o genro.
_ É verdade, irmã! Muitas coisas ainda podem acontecer até lá. Além da agressão a ti, teve os assassinatos das outras yags.
_ Betinho, segunda a ordem de soltura dos bandidos, a juíza alegou que a intenção deles era lesionar e não matar! Os caras nos agrediram portando barras de ferro, estavam em quantidade muito maior do que nós e um deles atirou em mim! Depois de tudo isso, ela me vem alegar que a intenção não era matar? Era o que então? Fazer carinho? A defesa está alegando que o crime não foi de ódio e sim que eles foram provocados por nós. Isso não vai dar em nada pra eles. Tudo por serem filhos de gente rica.
O que mais Betinho queria naquele momento era ter uma palavra de consolo para dar ao amigo. No entanto, não conseguia dizer nada. Apenas abaixou a cabeça.
Matheus se ajoelhou ficando na direção dos olhos do marido e enxugou as suas lágrimas,  acariciando o seu rosto.
_ Eu não sei o que fazer, Matheus. Eu não sei.
Matheus o abraçou, se esforçando para conter as lágrimas.
_ Vai ficar tudo bem. Eu estou aqui para o que você precisar

Matheus observava Patrick dormir coberto com o edredom. Acariciava sua face o olhando com ternura.
O ruivo semi abriu os olhos, ainda sonolento, se espreguiçou gemendo.
_ Eu te amo._ Matheus sussurrou  sorrindo.
Os braços do ruivo o envelvou num abraço apertado. Ficando mais perto da face, Matheus a beijou, percebendo que Patrick voltou a dormir.

Ao levantar,  Matheus foi até a cozinha e se surpreendeu com a mesa farta, posta para o café da manhã.
_ Uh, é! Eu estou numa novela e não sabia?
_ Com direito a suco amarelo e tudo._ Renata respondeu sorrindo, erguendo a jarra de suco natural de laranja.
_ Qual é o motivo desse banquete todo? Wilson dormiu aqui?_ Matheus disse sentando à mesa.
Renata pôs as mãos na cintura e o olhou erguendo a cabeça para o lado, franzindo o cenho.
_ É sério mesmo que você não sabe?
_ De quê?
_ Hoje é aniversário do Patrick, homem! Esse café da manhã é uma surpresa que estou fazendo para ele!
Matheus bateu na própria testa, sentindo raiva de si mesmo por ter esquecido de uma data tão importante.
_ Puta que pariu! Que marido bosta que eu sou! Como fui me esqueci do aniversário dele?! Caralho! Eu só faço merdas!
_ Ei! Também não é pra tanto, Matheus! Você anda com muitos problemas e a cabeça cheia. É compreensível que esqueceu.
_ Não é não, mãe! E se você não me fala e eu saio sem dar um abraço nele de feliz aniversário! Nem o presente eu comprei!
_ Não seja por isso, quando o Patrick acordar você dar um beijinho dele, deseja feliz aniversário. E sobre o presente, eu vou trabalhar meio expediente hoje. Passo na loja Geek que a Bel trabalha compro alguma coisa que ele gosta e você dar a ele. Não precisa se martirizar. Filho, você anda se cobrando muito.
_ Pior que eu já tô sem grana. Gastei tudo com as despesas médicas dele. Se eu tivesse me ligado, tinha guardado dinheiro para comprar o presente.
_ Não se preocupe com isso. Deixa com a mamãe.
_ Mãe,  não é justo que você arque com tudo. Eu também preciso ter responsabilidade. O Patrick sempre me disse isso, mas como um idiota que eu sou, nunca dei ouvidos.
_ Você sabe que eu não me importo com isso.
_ Mas eu estou começando a me importar, mãe. Faz o seguinte: tire uma foto da nota fiscal do que você comprar e me mande pelo Whatsapp. Quando eu receber o meu salário, eu te reembolso.
_ Pare com isso, Matheus! Não precisa.
_ Precisa sim, mãe! Eu quero poder comprar o presente do meu marido. Quero ser o homem responsável que ele merece ter. E também não acho justo que você carrege tudo sozinha.
_ Bom, mudando de assunto._ Renata abaixou o tom de voz, se aproximando de Matheus. _ Ontem, a Rose teve a ideia de fazer uma festinha surpresa pro Patrick. Vai ser umas seis horas aqui em casa. Ela vai trazer o bolo e os docinhos, a Bel vai trazer a torta de frango, eu já encomendei os salgadinhos na dona Leila e as bebidas do boteco do Alexandre e o Betinho vai cuidar da ornamentação.
_ Aquela "veada " vai transformar a festa do meu marido num baile de carnaval do estilo muito cafona.
_ Deixa de ser implicante, que ele só quer ajudar. Continuando, já combinei com a Olívia e ele inventou alguma reunião de trabalho para deixar o Patrick fora de casa durante o dia para podermos organizar as coisas.
_ E eu? O que vou fazer?
_ Aparecer com um sorriso no rosto, abraçar o seu marido e ficar alegre a festa inteira. Você anda muito tristinho e isso tá afetando o Patrick e a mim também. Hoje é dia de festa, não pode deixar que os problemas te consomem.
_ Você convidou muita gente?
_ Não. Como tivemos a ideia de última hora, só terá gente da família e os amigos íntimos dele.
_ Ok.

Borboletas sempre voltam 2Onde histórias criam vida. Descubra agora