Recomeço - parte I

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Asami

Acordo com os raios solares que adentram as pequenas janelas e atingem diretamente meus olhos. Em outros casos, teria esbravejado e levantado enfurecida para fechar as cortinas retornar à cama, mas hoje é um daqueles dias de exceções, no qual fazemos tudo diferente do habitual.

Confesso que de imediato, me irritei, mas jamais conseguiria me manter assim quando a primeira coisa que vi ao abrir os olhos foi Korra exalando doçura através de sua respiração calma que demonstrava sem pudor que a garota se encontrava em um sono extremamente tranquilo.

Ainda assim, levanto e sigo até a janela, fechando as cortinas e em seguida voltando até a cama onde a ideia de surpreender Korra com um café da manhã especial me abate.

Caminho em direção a porta e quando estou prestes a sair, percebo que continuo nua e em um impulso, a fecho bruscamente causando um alto barulho que desperta Korra.

– Ei, onde vai assim? – sua voz ainda sonolenta me fez rir.

– Ia buscar algo para você, mas então me dei conta de que não moramos sozinhas... E que por isso não posso sair assim por aí. Aliás... – volto outra vez para a cama, me deitando em seu lado e abraçando-a – Acho que seria interessante morarmos juntas, e sozinhas, não é mesmo?

– Hm... Não sei. Talvez se você trouxesse um café para mim nas manhãs após noites como esta última que passou... – não pude conter o riso. Era como se ela estivesse lendo os pensamentos que tive de lhe trazer café – O que foi? – ela me encara curiosa, se referindo muito provavelmente ao motivo da minha risada.

– Eu estava saindo do quarto justamente para buscar um café para você. – ela sorri e espreguiça-se pouco antes de virar de costas para mim ao faze-lo 

– Para que café quando poderei ter seu abraço todas as manhãs? – ela parece cogitar a ideia, e uma onda de felicidade me consome. E eu volto para a cama, para abraça-la

– Abraços são muito bons, mas um café de vez em quando também é bastante agradável, não acha? – sussurro em seu ouvido e ela sorri.

De repente a porta se abre e o furacão Lin Beifong invade o quarto.

– Meninas, aconteceu... OPA! – ela nos olha enquanto puxo rapidamente um lençol para cima de mim e de Korra.

– Caramba, Lin! – Korra fala espantada.

– Lin, eu não acredito que você... – Tenzin entra no quarto – Oh meu deus! – seu semblante muda imediatamente e ele logo vira de costas.

– Desculpe, meninas, é que... – Lin começa a tentar se explicar quando Ikki e Meelo entram correndo no quarto.

– Korra! – eles vem loucamente em direção à Korra, agora coberta pelo lençol, mas felizmente, Lin os segura.

– Eu vou... É... Bom, esperamos vocês lá fora. – Tenzin fala em um tom um tanto constrangido e empurra as crianças para fora do quarto. Lin engole as explicações e os segue batendo a porta.

– Nossa! Era justamente assim que eu esperava acordar nessa manhã. Com portas batendo, cafés que nunca vieram e pessoas invadindo o quarto e quase nos vendo minha namorada nua. – Korra fala sarcasticamente levantando.

– Ei, eles quase viram você também. – me levanto também e vou em sua direção.

– Realmente. – ela beija minha face – Mas acontece que é sua nudez publica que me importa. – ela ri e eu a encaro sem entender bem o que ela quis dizer. O que não era incomum quando o assunto era conversas pela manhã, já que Korra mesmo brincava que ela só funcionava bem depois das dez da manha 

The Legend Of Korra - Livro 5 : O LegadoOnde histórias criam vida. Descubra agora