Esperança

217 24 3
                                    

Asami

— Asami! – ouço uma voz me chamando e no instante em que me viro, sinto os braços da garota envolverem meu pescoço.

— Korra, o que está fazendo aqui? – ela me encara séria e instantaneamente me sinto uma idiota por tal questionamento. Acho que preciso aceitar de uma vez por todas que Korra não precisa de proteção. Pelo contrário, ela é a proteção, ainda que seja complicado para mim engolir isso.

— Como assim? Eu estava preocupada com você... – ela me aperta um pouco mais.

— E Pema? E as crianças? – pergunto e ela se afasta.

— Eles estão bem... O que faz aqui ainda? Onde está Tenzin? Pensei que fosse ajuda-lo. – engulo seco pensando em uma desculpa qualquer. Não posso dizer a ela que contei uma mentira para Tenzin e Lin para que pudesse pensar em uma maneira de me usar como isca. Não mergulhada em seus lindos olhos azuis.

— Tenzin e Lin foram tentar resolver as coisas. Eu estava prestes a ir para casa quando você chegou. – minto – Ei, você ainda quer morar comigo? – tento desviar o assunto e ela sorri me beijando em seguida.

— É claro, amor! Podemos voltar para a casa juntas. – ela sugere.

— Uhum...

— Você parece tensa. Asami, qual o problema? – ela me olha preocupada.

— Não, eu... Não estou preocupada, só achei que não deveria ter perguntado sobre morarmos juntas, sabe?

— Ah, por que? – ela força um sorriso.

— Sei lá! Não me parece uma boa hora para pensar no futuro. Sabe? Como toda essa confusão... – E de fato não é um bom momento, afinal, sequer tenho a certeza de que terei um futuro. Não que eu seja pessimista, mas a partir do momento em que eu for a isca, posso acabar sendo vítima de Amon.

— Ei! Essa é a hora perfeita para pensar no futuro. – ela sussurra há centímetros de distância dos meus lábios.

Que merda estou prestes a fazer?


Mako

— Imagino que você saiba quem sou eu. – Su começa quando entramos na sala de interrogatório.

Após um longo dia de buscas, Malik foi finalmente localizado e detido sem nenhum confronto. O sujeito foi encontrado em seu apartamento lendo tranquilamente um livro, o que é bastante inusitado.

— Suyin Beifong – ele responde.

— Imagino também que você sabe por que estou aqui.

— Bom, eu não sabia que a leitura de um conto erótico no sofá do meu humilde lar era um crime, mas... – o sujeito despeja em tom sarcástico enquanto Su se senta em sua frente.

— Segundo os meninos você estava lendo um romance. Contos do fim do mundo é um ótimo livro. – Malik abre um sorriso torto – Olhando para você, vejo que não parece alguém capaz de realizar as coisas pela qual está sendo acusado, mas as vezes as aparências enganam, não é mesmo?

— Não foi eu quem mandou realizar o ataque que deu origem ao caos da cidade, se é o que você quer saber. Para falar a verdade, eu larguei a luta armada há vários anos, mas eu sei quem foi.

— Agora sim a situação está ficando interessante... Compartilhe conosco.

— E o que eu ganho com isso? – ele questiona.

— Que tal, sua liberdade? – Su o encara séria.

— Justo. – Malik dá de ombros e suspira – Quem ordenou o ataque foi um ex amigo meu, Xian. O mais extremista do grupo que infelizmente conseguiu um número considerável de seguidores. – Su o analisa parecendo não acreditar, assim como eu que permaneço parado ao lado da porta, observando cada expressão de sua face.

The Legend Of Korra - Livro 5 : O LegadoOnde histórias criam vida. Descubra agora