Mako
Assim que cheguei ao conselho hoje pela manhã, conversei com o chefe de polícia da área que havia acabado de chegar no local por algum motivo. Eu precisava saber se havia alguma pista concreta sobre o responsável pelo atentado, mas tudo que ele me disse foi que um ladrão que parecia ter alguma ligação com o caso havia sido preso em Zaofu. Ele informou também que Kuvira não teria nenhum envolvimento com o ocorrido, já que a bomba usada não possuía sequer vestígios de cipó espiritual em sua composição. Isso deveria ter me tranquilizado, o que não ocorreu, já que o fato não descartava nenhuma das suspeitas.
Enquanto esperávamos um pronunciamento da Lotus Branca a respeito da prisão de Kuvira, para nos certificarmos de que ela permanecia lá, o conselho enviou um relatório oficial à Reiko esclarecendo e amenizando todos os boatos que estariam rolando em Republic City. Alguns cidadãos estavam desesperados espalhando aos quatro ventos que Kuvira havia fugido e matado a Avatar em um atentado.... É impressionante a velocidade com que esses rumores se espalham...
O dia passou e nada de notícias da Lotus Branca, o que começou a preocupar a todos. Os outros membros decidiram então que era hora de eu voltar a casa de Wu, onde certamente era mais seguro que em qualquer outra parte da cidade – segundo eles. Então, me escoltaram de volta para casa, onde estou prestes a atravessar a porta de entrada.
Ao entrar, percebo de imediato a preocupação de Asami que caminha apressadamente de um lado para o outro. Wu a acompanha dizendo algumas palavras a fim de acalmá-la. Não vejo Korra, o que me faz entender que o problema é com ela.
– Pessoal... – digo atraindo a atenção dos outros. – Pelo visto Korra não chegou ainda... – Wu afirma com a cabeça.
– Onde ela se meteu? Até você que saiu depois dela está de volta e ela não. – diz Asami.
–Não se preocupe, Asami, ela deve estar voltando. Ela é a Avatar, sabe se defender. – tento amenizar a situação e também acreditar nas palavras que acabaram de sair da minha boca. Korra tem o dom de se meter em problemas...
– Eu não estou preocupada com a Avatar, Mako. Estou preocupada com Korra. – ela me encara.
– Tem razão. Acha que devemos... – começo a sugerir que saiamos para procura-la, mas antes que eu possa terminar, Asami já está com suas luvas em mãos caminhando em direção a porta. Dou alguns passos para alcança-la.
– Hey, pessoal.... Não quero cortar o barato de vocês, mas.... Não deveríamos ficar aqui esperando ela voltar?
– Tem razão, Wu. Você fica aqui.- Asami diz atravessando a porta.
Korra
Abro os olhos analisando cada centímetro do lugar onde estou. Sabe aqueles momentos em que você se vê perdida, sem saber como foi parar em um determinado lugar? Pois é, me encontro em um desses momentos. Levanto da cama em que permanecia desacordada nos minutos anteriores, uma cama bastante desconfortável, vale ressaltar...
Como vim parar aqui? Onde estive antes disso? O que aconteceu? Tento lembrar de algo, mas tudo parece extremamente confuso. "Vamos, Korra! Lembre-se! Onde você esteve? " – penso e no meio daquela confusão, a imagem do atentado me vem à mente. O atentado... O restaurante! E de repente, tudo volta...
Saí pela manhã decidida a encontrar alguma pista no restaurante. Não uma pista sobre o atentado em si, mas uma pista sobre o homem misterioso que me abordou no beco momentos antes do ocorrido. Algo me dizia que ele tinha alguma ligação.
Primeiramente, fui até o beco próximo ao restaurante, onde tive minhas atenções atraídas na outra noite. Por um breve momento, pensei em sua voz e em como ela parecia familiar, mas não consegui lembrar de nada ou encontrar qualquer pista sobre ele naquele local.
Não encontrando nada a respeito, decidi varrer a área perguntando aos moradores das casas mais próximas, mas o sujeito parecia um fantasma. Ninguém parecia ter visto ou ouvido falar sobre ele antes de eu mencioná-lo. Era um tiro no escuro.
Havia acabado de desistir de procura-lo naquele dia, afinal já havia anoitecido. Já ia voltar para casa de Wu quando o vi do outro lado da rua. O mesmo capuz... O mesmo homem. Tentei ver seu rosto, mas as pessoas que passavam pela frente dele impediram que eu pudesse vê-lo com clareza, e então ele simplesmente sumiu. Teria ele me visto e fugido?
Balancei a cabeça e me pus a caminhar. Precisa voltar para casa. Não queria preocupar Asami ou os outros, foi quando senti algo em meus pés e fui arrastada até um enorme prédio que parecia estar abandonado.
Me livro das correntes assim que as identifico como tal, dobrando facilmente o metal e me ponho em posição de batalha.
– Sei que está aí! Não precisa ter medo, só quero conversar. – digo dobrando fogo para iluminar o lugar.
Ouço um barulho e sigo o som até uma grande sala que parecia estar isenta da presença de qualquer ser vivo. Olho ao redor e vejo alguns poucos móveis velhos que de imediato, parecem inúteis. ''Perca de tempo! '' – penso e quando me viro em direção a saída, dou de cara com o sujeito.
E mais uma vez não pude notar os detalhes do seu rosto. Ele estava perto demais para isso, mas pude perceber uma grande barba. Em um movimento rápido, ele me atinge na região do pescoço e eu caio.
Não lembro de mais nada além da visão de Amon me atingindo no dia em que eu o desafiei para um duelo... E aqui estou eu.
Pela primeira vez desde que acordei, percebo o que não estou sozinha no local. O mesmo sujeito está parado um pouco longe, me observando.
– Que bom que acordou. – ele diz – Parece que mesmo depois de todo esse tempo eu ainda posso jogar com você, não é, Avatar?
A entonação que ele usa ao lançar por seus lábios a última palavra me faz reconhecer sua voz imediatamente...
– Sentiu minha falta? – ele caminha em minha direção se mostrando através da luz que adentrava a única janela do quarto. Engulo e seco. Não pode ser....
– Amon? – digo incrédula.
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Inhai o que acharam?
Estou atrasada de novo, mas em minha defesa , atrasei por estar doente e ter muitas coisas da faculdade para fazer
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The Legend Of Korra - Livro 5 : O Legado
FanficApós a luta para deter o avanço de Kuvira, Korra e o resto da equipe tentavam consertar alguns assuntos pendentes, como a ex-monarquia do reino da terra ou a reconstrução de Republic City. O que ninguém esperava era que uma nova ameaça surgiria de u...