𝐒𝐈𝐗; Nicolas Flamel

2K 229 259
                                    

Todos mal aguentavam esperar as férias de Natal. E embora a sala comunal da Grifinória e o Salão Principal tivessem grandes fogos nas lareiras, os corredores varridos por correntes de ar tinham se tornado gélidos e um vento cortante sacudia as janelas das salas de aulas.

Emy recebera uma carta de sua mãe, avisando que iriam viajar para a casa de sua tia no Natal, e a garota decidiu não ir. Não gostava de sua tia Page, ela era muito frufru e grudenta.

Eles procuravam na biblioteca informações sobre Nicolau Flamel todos os dias, mas nunca encontravam nada, desanimando. Hermione fora embora da escola nas férias com os seus pais, que iriam viajar, e disse para os garotos procurarem mais na biblioteca, até achar alguma informação útil.

Uma vez começadas as férias, Emy, Ron e Harry estavam se divertindo à beça para se lembrar de Flamel. Tinham o dormitório só para eles e a sala comunal estava muito mais vazia do que o normal, por isso podiam usar as poltronas confortáveis ao pé da lareira. Sentavam-se a toda hora para comer tudo que pudessem espetar em um garfo de assar - pão, bolinhos, marshmallows - e tramavam maneiras de fazer Draco ser expulso, o que se divertiam em discutir mesmo que não fosse produzir resultados.

Rony também começou a ensinar Emy a jogar xadrez de bruxo. Era exatamente igual a xadrez de trouxa exceto que as peças eram vivas, o que fazia parecer que a pessoa estava dirigindo tropas em uma batalha.

Emy foi dormir com ansiedade, um dia antes do natal, e acordou super animada.

Saiu do dormitório, ainda com o pijama, a coberta nos ombros e os cabelos cacheados bagunçados e se espreguiçou, vendo uma pilha de presentes logo depois da escada, ao lado de Harry e Ron.

— Feliz Natal! — ela disse radiante, correndo escadas abaixo.

— Feliz Natal — responderam os dois em uníssono, abrindo sorrisos.

— Ah, Emy, esse aqui... — disse Ron, ficando um pouco vermelho e apontando para um embrulho disforme. — Mamãe. Ela fez para você uma suéter Weasley.

Emy rasgou o papel e encontrou uma suéter tricotada com linha grossa azul oxford e uma grande caixa de barras de chocolate feito em casa.

— Todos os anos ela faz para nós uma suéter, dessa vez fez para você e Harry, também — disse Ron, desembrulhando a dele — E a minha é sempre cor de tijolo.

— Foi realmente muita gentileza dela — disse Emy, experimentando as barrinhas de chocolate, que estavam muito gostosas.

O presente seguinte também continha doces — uma grande caixa de sapos de chocolate dados por Hermione.

Harry desembrulhou um outro presente, e uma coisa sedosa e prateada escorregou para o chão onde se acomodou em dobras refulgentes.

Ron soltou uma exclamação:

— Já ouvi falar nisso — disse em voz baixa, deixando cair a caixa de feijõezinhos de todos os sabores que ganhara de Hermione. — Se isso é o que eu penso que é, é realmente raro e realmente valioso.

— E o que é?

Harry apanhou o pano brilhoso e prateado do chão.

— É uma capa da invisibilidade — disse Ron, com uma expressão de assombro no rosto. — Tenho certeza de que é. Experimente.

Harry jogou a capa em volta dos ombros e Emy deu um berro.

— É, sim! Olhe para baixo!

Harry olhou para os pés, mas eles tinham desaparecido. Correu então para o espelho. Não deu outra, o espelho refletiu sua imagem, só a cabeça suspensa no ar, o corpo completamente invisível. Ele cobriu a cabeça e a imagem desapareceu completamente.

𝘁𝗵𝗲 𝗴𝗶𝗻𝗴𝗲𝗿, ronald weasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora