𝐅𝐎𝐔𝐑𝐓𝐄𝐄𝐍; The Petrified Cat

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Emy olhou em volta, balbuciada. Hermione chacoalhava a garota, com uma expressão tediosa.

— Finalmente acordou! — reclamou ela, franzindo o cenho.

Emy arregalou os olhos, tentando processar tudo o que havia acontecido. Aquilo fora mesmo um sonho? Parecia ter sido tão real... Ela podia sentir tudo, tocar as coisas e ouvir perfeitamente...

Não importava. Era apenas um sonho. Embora Emy, toda vez que se lembrava dele, sentia a barriga se contorcer.

Saiu do dormitório com Hermione ao seu lado, abraçando seu braço, e desceram juntas as escadas.

Era um sábado, então naturalmente, o salão comunal estava cheio de alunos da Grifinória que falavam mais do que a boca.

Elas foram em direção a Harry e Rony, que jogavam xadrez. Emy sentiu o coração acelerar e agora começou a reparar como Rony era bonito.

— Bom dia — disseram Harry e Rony, os dois sem tirar os olhos do tabuleiro.

— Bom dia — respondeu Hermione. Mas Emy ficou paralisada. Abriu a boca para responder, mas dali não saiu nem um som; sentia o desespero tomar conta dela cada vez mais, e seu coração acelerar como a velocidade de um avião voando.

Ela percebeu que seria assim por um longo tempo. Fazia de tudo para não ficar sozinha com Rony. Porque, se ficasse, se lembraria do sonho, e começaria a gaguejar e corar loucamente.

🍁

Outubro já havia chegado, e era praticamente Halloween (Emy já havia se recuperado do sonho. Ou quase...). Em um dia qualquer, Harry chegou na sala comunal de noite e disse aos amigos, que estavam conversando no andar de baixo - Emy, na verdade, tinha enfiado a cara em um livro. -, disse que Nick Quase Sem Cabeça havia convidado ele para uma festa de aniversário de morte, e que podia convidar quem quisesse.

— Uma festa de aniversário de morte? — disse Emy muito interessada, quando Harry parou de falar.

— Por que alguém iria querer comemorar o dia que morrer?! — exclamou Rony.

— Parece uma coisa mortalmente deprimente — comentou Emy, franzindo a testa.

Até chegar o Dia das Bruxas, Emy já se arrependera de Harry ter aceitado à ir até a festa do aniversário de morte. O resto da escola estava animado com a proximidade da Festa das Bruxas; o Salão Principal fora decorado com os morcegos vivos de sempre, as enormes abóboras de Hagrid tinham sido recortadas para fazer lanternas tão grandes que cabiam três homens dentro, e havia boatos de que Dumbledore contratara uma trupe de esqueletos dançarinos para divertir o pessoal.

— Promessa é dívida — Mione lembrou a Harry com ar de mandona. — Você disse que iria ao aniversário de morte.

— Você deveria ter dito que não podia — disse Emy, entediada. — Seria melhor para todo mundo. Não gosto de festas.

Então, às sete horas, Emy, Harry, Rony e Mione passaram direto pela porta do Salão Principal apinhado de gente, que brilhava convidativo com pratos de ouro e velas, e tomaram o caminho das masmorras.

O corredor que levava à festa de Nick Quase Sem Cabeça tinha sido iluminado, também, com velas em toda a sua extensão, embora não fosse nada alegre. A temperatura caía a cada passo que davam. Quando Emy estremeceu, sem querer puxou Rony para si e abraçou o seu braço. Ela soltou imediatamente quando percebeu, ficando escarlate e sentindo a barriga embrulhar, enquanto Harry e Hermione davam risadinhas.

Ouviu um som que lembrava mil unhas arranhando um imenso quadro-negro.

— Será que isso é música? — cochichou Rony. Eles dobraram um canto e viram Nick Quase Sem Cabeça parado em um portal adornado com reposteiros de veludo negro.

𝘁𝗵𝗲 𝗴𝗶𝗻𝗴𝗲𝗿, ronald weasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora