EMY HOWARD sofre uma mudança drástica em sua vida quando descobre que é uma bruxa, mesmo em uma família completamente banal - ou, pelo menos, era isso o que pensava.
Sua vida vira de cabeça para baixo quando chega em Hogwarts e constrói laços de am...
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Às vezes, quando você é adolescente e se apaixona, tudo o que você consegue pensar é em como aquela sensação é incrível, em como você quer estar ao lado daquela pessoa e o quanto você a admira. Na maior parte do tempo, fica sonhando acordado com aquela pessoa, e odeia estar longe dela. Emy já tinha gostado de muitos meninos no ensino fundamental, quando não sabia que era uma bruxa, já havia tido um daqueles amores de criança, já chorou muito quando recebeu a notícia que tal pessoa não gostava dela como ela gostava. Mas, quando cresceu, o amor e a expectativa de ter um amor haviam se diluído. Ela parou de procurar quando lia grandes histórias de amor e pensava que isso nunca iria acontecer com ela.
As grandes histórias em que a personagem principal se apaixonava por um homem perfeito… Como o amor deles era sempre descrito tão maravilhosamente que provocava emoções em quem lia, como o amor dos personagens era tão grande que chegava a ser fatigante, ler como era desesperador o sentimento de estar ao lado de seu amado e não poder simplesmente agarrá-lo ali mesmo. Emy sonhava muito com isso, e queria muito se sentir assim sobre alguém.
Era assim que Emy tinha se sentido por anos sobre Rony, e era um sentimento tão forte que ela já havia tentado escondê-lo odiando o garoto e procurando outra pessoa para amar. Era um sentimento tão forte que, por um momento, achou que estava sonhando sobre estar na cozinha, beijando Rony, após sua declaração. Emy não conseguia acreditar que era real: todos os livros de romance pelos quais ela surtou e desejou estar dentro das histórias não se comparavam a este momento.
Ela se separou de Rony e olhou no fundo de seus olhos. Ela poderia contar até suas sardas mais transparentes se quisesse. As mãos dele estavam em sua cintura, e ela sentia choques elétricos com o contato. Ela sorriu, suas bochechas virando vermelhas.
— O que foi? — perguntou Rony, sorrindo.
— Eu amo suas sardas — ela disse. — Sempre quis dizer isso. E seus olhos. E seu cabelo.
Foi a vez de Rony de tornar-se rubro.
— Você me chamava de cenoura — ele riu.
— Eu amava te irritar.
— Eu amo seu cabelo, também — comentou Rony. — Amo os seus cachos, especialmente. E seus olhos. Amo tudo em você.
— Que ódio, estou com vontade de te engolir por ser tão fofo.
— Que desejo estranho — Rony riu, ficando mais vermelho.
As maçãs do rosto de Emy estavam doloridas de tanto sorrir, mas ela simplesmente não conseguia parar. Ela enfiou o rosto no ombro de Rony. Era engraçado como o seu corpo conseguia sempre demonstrar mais do que suas palavras — ela não era muito boa com elas, de qualquer maneira.
— Imagina a cara do Harry e da Mione quando ficarem sabendo — disse Emy. — Eles vão ficar cantando "Roemy" pelo resto da semana.
