Capítulo 33

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É incrível como nossa mente nos prega peças, mesmo tendo certeza de algo ainda duvidamos.
O coração de Matthew tinha certeza de que sua filha ficaria bem, sua mente já o dizia o contrário e isso o deixava dolorosamente duvidoso.

Ele precisava ver ela de olhos aberto, sorrindo como na viajem ao rio. Ele precisava ver ela bem, segura.

Alana já havia saído da intubação e seu corpo estava se recuperando aos poucos. Enquanto podia Gabriel ficava ao seu lado, segurando sua mão. Ele tinha certeza que ela ficaria bem, assim como tinha certeza de que não viveria sem ela.

Os dias se passaram e Alana ainda dormia. Ela precisava se recuperar do trauma, afinal, o seu coração parou. Seus amigos foram vê-la todos os dias. Matthew ficou todos os dias com ela no hospital. Gabriel também ficaria, mas Matthew não deixou, dizia que ele precisava descansar.

Alana já havia ido pra o quarto e finalmente os médicos iriam acordá-la do coma induzido. Gabriel e Matthew estavam ansiosos para ouvir sua voz novamente.

- Ela está acordando. - o médico disse.

Aos poucos Alana abria os olhos. A claridade do local a incomodou e logo que notou que não estava em casa.

- Ei, filha. - seu pai sorriu ao ver seus olhos castanhos  novamente.

- Oi, papai. - Alana ficou feliz por ver o seu pai. - O que aconteceu? - perguntou com a voz fraca.

- Eu quem te pergunto, filha. O que aconteceu?

- Eu não sei. Não lembro de nada. - Alana estava confusa.

- Amor?- Gabriel virou o rosto dela para ele e Alana sorriu. - Tenta se lembrar. - Gabriel suplicou.

- A última coisa que eu lembro foi te ter conversado com a Tiffany e com Arthur e Nick. - a cabeça de Alana doía por tentar pensar.

- O que conversou com a Tiffany?

- Ela me perguntou se eu estava bem e eu disse que sim, mas ela disse que era mentira porque sabia que eu não estava, que tinha perdido a mãe também.

- A mãe de Tiffany morreu? - Matthew se espantou.

- Não. - Gabriel estava pensativo. - Mas alguma coisa? - perguntou para a namorada.

- Ela me deu ponshe. - Alana fez uma careta pela dor de cabeça. - Podem me dar água, por favor? - pediu.

- Claro, filha.

Matthew já sabia que fora Tiffany quem fez aquilo com a sua filha. Sua raiva estava contida, pois estava ao lado da filha acamada, mas tinha certeza que se visse Tiffany não ia prestar para o seu lado.

- Eu não acredito que ela fez isso. Ela não seria capaz. - disse Gabriel.

Alana não estava muito em sí ainda. Seus olhos pesaram e ela caiu em um sono profundo novamente.

- Eu não espero mais nada dessa garota. - Matthew olhou para sua filha. - Eu não vou deixar mais ninguém ferir você. - beijou sua testa e fez menção para sair.

- Espera! Aonde você vai? - Gabriel estava preocupado com o que poderia acontecer.

- Da um fim nessa garota! - Matthew disse convicto e se pôs a caminhar para fora do hospital.

- Não! Deixa que eu falo com ela! - Gabriel foi atrás do sogro.

- Mas eu vou junto.

Então, os dois saíram do hospital e foram para a casa de Tiffany.

Gabriel quem foi dirigindo. Matthew sentia tanta raiva, mais tanta raiva, que teve medo de bater o carro com seu genro dentro. Ele nem sabia o que faria se visse aquela garota. Já Gabriel, uma pessoa calma até demais, pensava apenas em conversar. Sua calma deixava Matthew ainda mais irritado.

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