Capítulo 16

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   Se tem uma coisa que eu odeio é quando me escondem algo e dizem que não há nada a esconder. Sei que as vezes posso não ter nada haver com oque que está sendo escondido, mas, é chato ser deixada de fora.

   Isso está acontecendo com Sophie. Ela está estranha e me escondendo algo, eu tenho certeza.

   - Em janeiro teremos o tão sonhado baile de inferno de vocês, mas, os preparativos só ocorreram depois do recesso. - Disse o diretor que estava indo de sala em sala.

   Não sei pra quem esse tal baile é tão sonhado, porque pra mim não é. Coisa chata.

   - Boas festas a todos e até janeiro. - Ele saiu da sala e suspiros e gritinhos de felicidade foram dados pelos alunos.

   - Até que enfim. - Gabriel se levantou já pegando suas coisas. - Férias.

   - Não sei que graça tem. - Resmunguei e me levantei.

   - Muita. Vamos para nova york!

   - Espero que você me leve pra patinar no gelo.

   Ele se aproximou e colocou seu braço sobre meu ombro.

   - Eu te levo aonde você quiser no mundo todo. - Caminhamos para fora da sala.

   - Até pro monte Everest?

   - Pode ser um lugar mais quentinho, não?

   - Brasil, então?

   - Gostei!

    Fiz muitas amizades aqui na escola e muitas inimizades também. Tem gente que não nasceu pra ser legal.

   Neste momento estamos a procura de Jake e Sophie. Nem um dos dois apareceu na última aula e isso é muito suspeito.

   - Atenção alunos! - A voz do diretor foi ouvida por todos os auto falantes. - É imprescindível que todos vão para suas casas imediatamente, pois, uma nevasca irá ocorrer em pouco tempo e creio que ninguém quer ficar preso na escola no primeiro dia de férias, então, vão logo.

   - Vou ligar pro Jake. - Gabriel digitou o número de Jake em seu celular e ligou para ele. Aguardamos. - Ele não atende.

   - Tenta a Sophie. - Ele discou o número de Sophie e aguardamos.

   - Também não atende.

   - Então vamos procurar por eles. - Puxei Gabriel pela mão e fomos em direção contrária ao restante dos alunos. 

      Olhamos nas salas, cantina, diretoria e nada.

   - Eles podem não ter ouvido o anúncio. - Constatou Gabriel.

-  Será? Mas existe algum lugar nessa escola aonde o auto falante está ruim?

   Gabriel pareceu pensar.

   Eu não fazia idéia de nenhum lugar, afinal, estou aqui a pouco tempo.

   - O ginásio! Lá o auto falante deu ruim.

   - Então vamos lá!

   Corremos até o enorme ginásio e local estava vazio. 

   - Sophie! Jake! - Resolvi gritar pelos dois e nada.

   - Vou tentar ligar pro Jake de novo. - Gabriel discou seu número novamente e aguardamos.

   Logo começamos a ouvir um celular tocando atrás da arquibancada.    Andamos até o local e Jake estava com o seu celular em mãos tentando o desligar e Sophie estava ao seu lado.

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