O quão grande o nosso planeta é? Não temos a mínima noção. Parece que esse mar, que sobrevoamos, não acaba nunca. Que grande imensidão azul.
A minha ansiedade não me deixou dormir o tempo que eu gostaria, então, um filme de romance me distrai. Ainda faltam duas horas para chegarmos, duas horas que com certeza passaram na manivela.
Já assisti a esse filme várias vezes e ele nunca demorou tanto para acabar. Não quero passar a odiá-lo. "Como eu era ante de você" é um dos meus filmes favoritos. Não vou dizer que gostei do final de Will, mas o de Louise eu aplaudi de pé. Foi incrível. Com certeza não passarei a odiar esse filme.
Quando finalmente avistei o Rio de Janeiro tratei logo de acordar Gabriel. O mesmo resmungou, mas logo sorriu ao ver que estávamos chegando.
A partir daí, para chegar foi mais rápido. Logo estávamos em terra firme e prontos para sair logo desse avião.
Mas como nem tudo são flores, nossas malas levaram um ano para aparecer, oque fez com que todos ficassem aflitos e irritados, inclusive eu.
O check-in e imigração logo foram feitos e deu tudo certo. Só faltava alugarmos os carros e partiu hotel e praia.
O caminho para o hotel foi incrível. Quando avistamos a imensidão azul um largo sorriso se formou em meu rosto.
Paramos em uma padaria para tomar café da manhã e para a nossa sorte o atendente sabia falar inglês. Não sei como nos viraremos aqui.
Chegamos ao lindo hotel de Angra em frente a praia e os quartos reservados já nos esperavam. Eu não via a hora de ir até a praia e dar um belo mergulho no mar.
- Estou louca para ver a vista lá de cima. - Exclamou Sophie animada.
- Se esse elevador chegar logo! - Bufei
O elevador chegou e ele me pareceu o mais lerdo de todos que já entrei. Nossos quartos ficavam no décimo andar, nem é tão longe assim.
As portas se abriram e todos saímos.
- Alguém aqui vai dormir? - Perguntou meu pai, arrancando uma leve risada de mim.
- Dormir? - Riu Gabriel. - Não vou dormir tão cedo.
- Pois é, tio. Não tem ninguém com sono aqui. - Disse Sophie indignada.
- É a velhice chegando, pessoal. - Eu disse. - Pode me dar o cartão, Matt? - Pedi para o meu pai e ele me entregou indignado.
- Pra informação de vocês, nem fiz trinta e oito ainda. - Se defendeu.
- Se trocando por adolescentes, meu amor? - Disse a planta da Alice, o olhando de forma divertida. - Boa praia para vocês. - Ela pegou o cartão da mão de meu pai e adentrou em seu quarto.
- Juízo, em crianças. - Meu pai foi atrás dela depois de entregar os outro dois cartões. - Velhice, hm! Ver se pode. - Resmungou e fechou a porta, nos deixando ainda em choque por sua falta de disposição.
- Podem deixar, crianças. Eu tomo conta de vocês. - Disse Megan, a irmã de Jake.
- Hm! Você não toma conta nem de você mesma! - Disse Jake.
- Mas coloco você na cama toda noite, maninho. - Apertou as suas bochechas.
- A cinco anos atrás, você quis dizer. - Ele tirou suas mãos de suas bochechas.
- Minha memória não falha, queridinho. - Ela abriu a porta de seu quarto e entrou com seu namorado atrás.
- Ela te colocava na cama com treze anos? - Riu Gabriel.
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Foi por você
RomanceAlana, uma adolescente que já sofreu demais para a sua idade. Foi abandonada pelo pai aos cinco anos, sendo deixada com sua mãe, uma mulher mesquinha, mal caráter, que só pensa em si mesma. Foi criada por babás, e não cresceu como uma criança deveri...