Quando que dormir se tornou uma tarefa difícil para mim? Minha cabeça estava a mil e meu coração aflito. Eu sabia do que eu precisava naquele momento, de alguém que pudesse me acalmar. Foi aí que eu liguei para ele.
- Alô? - Gabriel atendeu ao telefone com uma voz de sono.
- Sou eu. Desculpe por te acordar a essa hora.- me desculpei, pois eram três horas da madrugada.
- Aconteceu algum coisa, amor? - ouvir essa última palavrinha tão pequena e forte fez meu coração se derreter.
- Minha mãe esteve aqui. Ela quer que eu vá embora com ela. - fiz uma pausa. - Ela me disse coisas horríveis, coisas que já não faziam mais efeito em mim, eu já estava acostumada, mas, dessa vez eu senti, senti muito.
- E o que ela disse pra você?
- O de sempre, que eu não deveria ter nascido.
- Você sabe que isso não é verdade, não né? Você é incrível, Alana. Eu sinceramente não sei o que seria de mim sem você. Se não fosse você eu acho que ainda estaria com a Tiffany.
- É, devo confessar que te salvei.
- Eu me apaixonei por você desde o primeiro dia em que te vi. Como que uma pessoa tão apaixonante como você não deveria ter nascido? Não comece a achar que isso é verdade, está bem? A sua mãe só está amargurada e desconta a raiva dela em você.
- Está bem. - suspirei. - Eu queria tanto que você estivesse aqui.
- Eu também queria está aí. O que acha de passarmos o sábado juntos?
- Mas não vai rolar o jogo?
- Sim, mas só a noite. Podemos ir ao clube.
- Está bem.- sorri com a idéia de passar um tempo com ele. - Vai lá dormir, já me sinto melhor.
- Tem certeza?
- Sim. Vou tentar dormir também.
- Está bem. Beijos, amor, até amanhã.
- Beijos. - e então, eu desliguei.
Adormeci com a imagem de Gabriel na cabeça. Ele como sempre conseguiu fazer com que eu me sentisse melhor.
Acordei renovada e pronta para mais um dia. Um banho quente me aqueceu e me deixou pronta para esse sábado.
- Pai? - eu caminhava pela casa em busca do meu pai. Chama-lo de pai novamente aquece o meu coração de uma forma inexplicável. - Pai?
- Oi, filha. Estou aqui. - ouvi a voz dele vindo do escritório.
- Eu vou ao clube com o Gabriel, está bem?
- Também vou. Estou precisando relaxar. - ele se levantou. - Mas fica tranquila que não vou nem passar perto de vocês.
- Não vejo problema algum.
- Eu que não vou segurar vela. - fez uma careta e eu ri. - Vou trocar de roupa. - seu senso de humor me anima.
Fui para sala o esperar e assim que ele desceu fomos rumo ao clube.
Nossa viajem foi feita em silêncio absoluto. Ele não falou nada sobre minha mãe, não falou nada sobre minha prima e confesso está agoniada com isso, então, decidi quebrar o silêncio com a seguinte pergunta:
- Quem é William Rossi? - senti que ele não queria responder a minha pergunta.
- Um mafioso.
- Já sabe onde Ellen está?
- Sim. Quer dizer, não exatamente. Eu sei a cidade em que ela se encontra.
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Foi por você
RomanceAlana, uma adolescente que já sofreu demais para a sua idade. Foi abandonada pelo pai aos cinco anos, sendo deixada com sua mãe, uma mulher mesquinha, mal caráter, que só pensa em si mesma. Foi criada por babás, e não cresceu como uma criança deveri...