Capítulo 30

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Quando que dormir se tornou uma tarefa difícil para mim? Minha cabeça estava a mil e meu coração aflito. Eu sabia do que eu precisava naquele momento, de alguém que pudesse me acalmar. Foi aí que eu liguei para ele.

- Alô? - Gabriel atendeu ao telefone com uma voz de sono.

- Sou eu. Desculpe por te acordar a essa hora.- me desculpei, pois eram três horas da madrugada.

- Aconteceu algum coisa, amor? - ouvir essa última palavrinha tão pequena e forte fez meu coração se derreter.

- Minha mãe esteve aqui. Ela quer que eu vá embora com ela. - fiz uma pausa. - Ela me disse coisas horríveis, coisas que já não faziam mais efeito em mim, eu já estava acostumada, mas, dessa vez eu senti, senti muito.

- E o que ela disse pra você?

- O de sempre, que eu não deveria ter nascido.

- Você sabe que isso não é verdade, não né? Você é incrível, Alana. Eu sinceramente não sei o que seria de mim sem você. Se não fosse você eu acho que ainda estaria com a Tiffany.

- É, devo confessar que te salvei.

- Eu me apaixonei por você desde o primeiro dia em que te vi. Como que uma pessoa tão apaixonante como você não deveria ter nascido?  Não comece a achar que isso é verdade, está bem? A sua mãe só está amargurada e desconta a raiva dela em você.

- Está bem. - suspirei. - Eu queria tanto que você estivesse aqui.

- Eu também queria está aí. O que acha de passarmos o sábado juntos?

- Mas não vai rolar o jogo?

- Sim, mas só a noite. Podemos ir ao clube.

- Está bem.- sorri com a idéia de passar um tempo com ele. - Vai lá dormir, já me sinto melhor.

- Tem certeza?

- Sim. Vou tentar dormir também.

- Está bem. Beijos, amor, até amanhã.

- Beijos. - e então, eu desliguei.

Adormeci com a imagem de Gabriel na cabeça. Ele como sempre conseguiu fazer com que eu me sentisse melhor.

Acordei renovada e pronta para mais um dia. Um banho quente me aqueceu e me deixou pronta para esse sábado.

- Pai? - eu caminhava pela casa em busca do meu pai. Chama-lo de pai novamente aquece o meu coração de uma forma inexplicável. - Pai?

- Oi, filha. Estou aqui. - ouvi a voz dele vindo do escritório.

- Eu vou ao clube com o Gabriel, está bem?

- Também vou. Estou precisando relaxar. - ele se levantou. - Mas fica tranquila que não vou nem passar perto de vocês.

- Não vejo problema algum.

- Eu que não vou segurar vela. - fez uma careta e eu ri. - Vou trocar de roupa. - seu senso de humor me anima.

Fui para sala o esperar e assim que ele desceu fomos rumo ao clube.

Nossa viajem foi feita em silêncio absoluto. Ele não falou nada sobre minha mãe, não falou nada sobre minha prima e confesso está agoniada com isso, então, decidi quebrar o silêncio com a seguinte pergunta:

- Quem é William Rossi? - senti que ele  não queria responder a minha pergunta.

- Um mafioso.

- Já sabe onde Ellen está?

- Sim. Quer dizer, não exatamente. Eu sei a cidade em que ela se encontra.

Foi por vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora