Levantei da cama arrancando o acesso do meu braço, senti dois braços me segurando com força tentando me acalmar, mas meu desespero era maior que aquilo, consegui me solta do doutor e abri q porta saindo correndo pelo enorme corredor, eu precisava achar minha Ha-na, ela não pode me deixar. Eu sentia minhas lágrimas molhando todo o meu rosto, mas não me importava com aquilo.
Ouvi passos atrás de mim, olhei para trás e vi médicos e enfermeiros, acelerei os meus passos até chegar na área da UTI, bati contra a parede porque não calculei muito bem a força na curva, abri a porta quatro onde estava escrito "Victoria Green".
Eu sentia o gosto salgado das lágrimas que desciam rapidamente, droga! Eu queria pegar a Victoria e sair correndo daquele lugar, mas isso era impossível porque ela estava praticamente morta naquela cama, e claro, a culpa era toda minha.
— VICTORIA.
Gritei me aproximando.
— Fala comigo pelo amor de Deus.
Solucei segundo a sua mão gelada.
— Victoria, por favor.
— Senhor, você não pode entrar aqui.
O segurança disse sério.
— Vamos.
Neguei segurando a cama com força.
— Não vou sair sem ela.
Eu estava pronto pro que fosse acontecer, mas dali eu não iria sair.
— Deixa comigo.
O Doutor disse se aproximando.
— Jeon, você precisa ser examinado.
— NÃO VOU SAIR DAQUI.
Gritei nervoso.
— ELA PRECISA ACORDAR.
— Você como médico sabe Allan, você precisa sair daqui e ser examinado.
Neguei ficando de joelhos, eu coloquei as mãos no rosto desatando em lágrimas.
— É tudo minha culpa, se eu não fosse um idiota ela não estaria aqui agora.
Senti ele segurar o meu ombro.
— Ela precisa acordar.
Senti alguém segurar meus dois braços com força me imobilizando, abaixei a cabeça fechando os meus olhos, eu não poderia fazer mais nada além de sentir a culpa me corroendo, fiz força tentando me soltar mas os homens eram mais fortes, tentei de tudo, mas parei quando senti meu corpo mole, eu já não conseguia maid controlar os meus sentidos.
— Eu sinto muito baby.
Foi a última coisa que eu disse antes de cair em um sono profundo.QUATRO ANOS DEPOIS
Acordei com o despertador tocando, abri os meus olhos lentamente por sorte hoje era sexta-feira, me levantei lentamente sentindo todo o meu corpo doer, abri a porta ainda cambaleando e fui até a cozinha colocando o café para fazer, me direcionei até a porta branca com detalhes em rosa, abri a mesma vendo meu anjo dormir profundamente em sua cama que ela diz ser das princesas, me aproximei ficando de joelhos ao lado da cama.
— Bolinha ?
Sussurrei acariciando os seus fios escuros.
— Bolinha esta na hora.
Ela abriu seus olhos escuros me encarando.
— Quelia dormi mais papai.
Ha-na disse coçando os seus olhos.
— Estou muito cansadinha hoje.
Assenti beijando a sua cabeça.
— Papai também esta, mas hoje é sexta-feira e papai vai te buscar no colégio.
Ha-na abriu um enorme sorriso.
— Agora vai para o banho amor, depois vamos tomar café da manhã.
Revirei os olhos ao ver a gata do seu lado.
— O que falei sobre a Mili dormir na cama ?
— Ah papai, ela pode.
Ha-na sorriu mostrando todos os seus dentes.
Fui até o banheiro, liguei o chuveiro tirando minha boxer, entrei rapidamente embaixo da água sentindo a mesma molhar todo o meu corpo, não demorei muito até porque não posso me atrasar, voltei para o quarto e coloquei a minha roupa de sempre, volteio para a cozinha e coloquei a mesa do café da manhã esperando a Ha-na sair do banho. A mesma não demorou muito para aparecer na cozinha com sua roupa de sempre.— Papai, onde esta o meu tete ?
Ela franziu a testa.
— Você esta mocinha para mamar na mamadeira.
Falei mordendo o pão.
— Esta aqui bolinha.
Ela sorriu pegando a sua mamadeira do "como treinar o seu dragão" o seu desenho preferido.
— Hoje eu vou ver a mamãe ?
Ela disse sentando ao meu lado.
— Não filha.
Falei olhando para o meu celular que vibrava sem parar em cima da mesa.
— Semana que vem você vai.
— Papai, hoje vamos ver o jogo juntos ?
Assenti sorrindo.
— Claro bolinha, coloca o seu uniforme igual o papai.
Ela assentiu mamando rapidamente.
— Se o papai não ir te buscar, a titia De vai okay ?
— Mas eu quelia você papai.
Ela fez biquinho,
— Prometo que vou tentar.
Me levantei pegando as minhas coisas.
— Vamos ?
Ha-na pegou sua mochila colocando nas costas indo até a porta, peguei as chaves do carro descendo.
Entrei no carro enquanto Ha-na se ajeitava na cadeirinha, liguei o motor dando partida para o melhor colégio de Los Angeles, olhei pelo retrovisor e Ha-na chupava o seu pirulito preferido, Ha-na tem o mesmo jeito da Victoria, desde o gênio até o modo de me fazer amar esse ser incondicionalmente, tento ser o melhor pai para ela, mas ao mesmo tempo também tenho que ser mãe, mesmo com a ajuda da Debora é difícil cuidar de uma criança de quatro anos, mas eu faço o melhor que posso mesmo morrendo quase todos os dias sem a Victoria comigo. Parei o carro, assim que cheguei em frente ao colégio da minha pequena.
— Te amo papai.
Ela disse pegando a sua mochila.
— Também te amo bolinha, cuidado.
Ela assentiu saindo do carro.
— A senhorita esqueceu do meu beijo, hoje a noite você vai ter que me pagar.
— Pode deixar parceiro.
Ela disse sorrindo. Assim que ela entrou, eu dei partida até o hospital que depois daquilo virou um ambiente super desagradável, estacionei meu carro e peguei as minhas coisas, depois fui até a UTI. Eu coloquei meu jaleco e abri a porta do quarto quatro, sorri ao ver a minha Victoria ainda com os seus olhos fechados depois de quatro anos.
— Quando você vai acordar baby ? A Ha-na sente a sua falta, assim como todos nós. Ela esta crescendo demais já está até começando a ler, eu não aguento mais sem você aqui, então faz um esforço meu amor e acorda logo.
Beijei a sua cabeça como todos os dias.
— Te amo Bolão.
[...]
Cheguei em casa mais tarde do que eu esperava, abri a porta e Ha-na estava sentada no sofá assistindo televisão com a Debora que gargalhava de alguma coisa, coloquei as minhas coisas encima da mesa de vidro escondendo o presente.
— Bolinha ?
Ela correu em minha direção abrindo os braços.
— Desculpa não ter ido te buscar hoje.
— O que você tem ai ?
Ela perguntou desconfiada.
— Huuum.
Fiz biquinho esperando o meu beijo.
— Presente.
Entreguei o ursinho e a mesma sorrindo o abraçando apertado.
— Eu amei papai era o que eu quelia,
Assenti beijando a sua cabeça.
— Oi De.
Abracei a morena.
— Obrigada.
Sussurrei vendo a animação da Ha-na com o urso.
— Como ela esta ?
Debora me encarou.
— Na mesma, do mesmo jeito a quatro anos.
Suspirei arrancando a minha camisa branca.
— Papai, amanhã podemos ir no parquinho ?
Ha-na disse se sentando ao meu lado.
— Podemos bolinha, por que não convida a tia De ?
— Papai, a tia De é minha melhor amiga você acha que ela já não está convidada ?
Ha-na disse como se fosse óbvio.
— Então vai indo tomar banho, porque o jogo logo vai começar.
Ela assentiu.
— Ha-na.
Falei sério e ela me olhou assustada.
— Você esta me devendo um beijo.
Ela sorriu se aproximando, senti seus delicados lábios juntos ao meu e logo depois ela me abraçou.
— Vai la bolinha.
Enquanto Ha-na tomava banho, eu fui até o meu quarto e coloquei uma bermuda, depois desci até a cozinha e preparei a nossa pipoca de sexta, sentei no sofá esperando o jogo começar, Debora brincava com a Mili.
— Papai, eu posso usar esse pijama ?
Ha-na disse sorrindo com as mãos para trás. Assenti pegando o meu celular que estava tocando.
— Alô ?
— Doutor Jeon ?
— É ele, quem é ?
— Aqui é do hospital de Los Angeles, a Victoria acordou.
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Aftermath of a night!
RomanceUma festa. Uma consequência. Victoria Green. Allan Jeon. OBSERVAÇÃO: Eu estou reescrevendo essa história, a original se chama "Até as últimas Consequências". Eu li essa fanfic a alguns anos atrás, e até hoje è uma das minhas preferidas. Eu decid...