Lets forget about it

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Abri meus olhos lentamente, Debora me olhava com seus olhos castanhos arregalados, abri um sorriso tentando amenizar a situação.
— Você transou com o Allan?
Assenti.
— Eu não acredito.
Ela abriu um sorriso enorme.
— NÃO ACREDITO.
— Cala a boca Debora, já è muito tarde.
Falei séria.
— Minha melhor amiga com o meu irmão, acho que ja estou amando esse shippe.
Franzi a minha testa, eu realmente não estava entendendo nada, Debora estava reagindo do jeito que eu achei que ela não fosse reagir.
— Cara, por que não me contou antes?
— Achei que você fosse surtar.
Falei como se fosse óbvio.
— Você não esta brava?
— Claro que não, eu estou amando isso. O ciumento da família è o Allan, mesmo que eu tivesse ciúmes dele, você è minha melhor amiga.
Sorri vendo Debora tão animada.
— Mas, cuidado Vick, o Allan não presta.
— Eu percebi no momento em que, ele disse que ja estava acostumado a ver mulheres nuas.
Debora soltou uma gargalhada.
— Eu disse alguma coisa engraçada?
— Victoria, o Allan è medico.
Ela ainda ria.
— Ele è ginecologista.
Nesse momento, fazia maia sentido sua frase.
— Eu não tenho bola de cristal para saber.
Dei de ombros.
— Mesmo assim, a única namorada que ele levou a sério foi a Anna. Tipo, eu sempre odeie aquela garota
Debora revirou os olhos.
— Mas, Allan gostava dela.
— Gostava? O que aconteceu?
Me sentei na cama ao seu lado. Eu estava aliviada pela reação da minha melhor amiga.
— Sei la...Ele nunca contou de fato o que aconteceu, mas parece que a coisa foi bem seria, porque nunca mais ele trouxe alguma garota para conhecer a família.
Assenti.
— Então minha viczinha transou com meu irmão.
Debora balançou a cabeça negativamente.
— Por isso, você reagiu dequeue jeito no jantar, se eu soubesse...
— Debora, vamos fingir que isso não aconteceu, mesmo tendo sido minha primeira vez, eu sei que ele vai esquecer, então vamos encerrar esse assunto.
Ela revirou os olhos, mas assentiu.

2 MESES DEPOIS.
La estava eu como sempre atrasada, eu corria pelos enormes corredores de uma das maiores faculdades do Brasil, tentando deixar meus livros caírem, o que estava meio impossível. Assim que cheguei no último andar do prédio, a sala já estava fechada, droga eu não posso ficar para fora. Abri a porta, atraindo a atenção de todo, inclusive do Senhor Park que me olhou serio.
— Atrasada novamente, senhorita Green? Por favor, que isso não se repita.
Assenti indo até minha mesa, joguei minha bolsa no chão, sentindo meu coração batendo rápido por causa da corrida até chegar na sala.
— Hey, o que aconteceu?
A morena ao meu lado sussurrou.
— Quase perde a prova.
— Prova?
Arregalei meus olhos.
— Droga!
Eu havia me esquecido completamente.
— Você não estudou?
Neguei.
— Victoria, você esta bem?
— Não acredito que esqueci de estudar.
Coloquei a mão sobre a cabeça.
— Por que não me avisou, Debora?
— Porque você não atendeu a porra do celular.
Ela disse como se fosse óbvio.
O senhor Park entregou aquela folha que continha várias palavras minúsculas, sempre foi uma das melhores naquela matéria, coloquei meu nome ao lado do nome da matéria "Projeto de Arquitetura 2" todos aqueles desenhos fez com que minha vista ficasse embaçada, pisquei algumas vezes, mas só piorou, olhei para Debora que mordeu a porta da caneta. Droga, Victoria se concentra, você sabe fazer isso!
Meu estômago começou a revirar, senti minhas mãos completamente suadas, nunca me senti assim durante uma prova, joguei a cabeça para trás, respirando fundo, mas a cada segundo ficava pior. Levantei da cadeira e fui correndo até o banheiro que por sorte era do lado da sala, coloquei minha mão sobre a pia e senti um jato jorrar pela minha garganta. Me olhei no espelho e não sei o que estava acontecendo. A vontade de vomitar voltou.
— Victoria?
  Ouvi a voz de Debora se aproximando.
— Meu Deus.
  Eu não conseguia responder, porque já estava ocupada colocando tudo que comi para fora.
— Droga, eu odeio vomitar.
Passei a mão sobre a boca.
— Eu já estou melhor.
  Respirei fundo, a minha vista estava voltando ao normal.
— Nossa amiga, você quase me mata.
  Soltei uma risada leve.
— Vem, você precisa terminar a prova.
[...]
   Assim que terminei a prova, entreguei para o professor, peguei minha bolsa e sai da sala, Debora estava me esperando no corredor. Assim, que cheguei perto dela, fomo andando até o seu carro, ela havia ganhando o mesmo quando completou 16 anos de idade.
— Então, como foi a prova?
Dei de ombros.
— Eu não sei o que deu em mim hoje, me deu branco em tudo que sei. Eu não posso perder minha bolsa de estudos, Debora.
Confesso que estava com muito medo que isso acontecesse.
— Você não vai perder coisa nenhuma. Não tenho amiga burra.
Soltei uma risada, Debora era completamente doida, mas sabia como acalmar alguém.
— Agora vamos comer.
Entrei em seu carro e como sempre ela colocou a música no último volume, ela cantarolava algumas partes, o que deixava tudo muito mais engraçado. Assim que chegamos em sua casa, sai do carro batendo a porta, senti a minha boca salivar ao sentir o cheiro do macarrão maravilhoso da tia Lin. Graças a Deus, não encontrei Allan desde aquele dia que dormi aqui, eu continuo frequentando a casa, mas ele sai muito cedo e volta tarde para a minha sorte.
— Nossa, Victoria vai guardada comida para o inverno?
Debora encarava meu prato que estava enorme.
— Estou com fome, hoje não foi um dia fácil.
Foi a melhor desculpa que encontrei.
— Isso aqui deve estar delicioso.
Assim que dei a primeira garfada, eu revirei os olhos, soltando um gemido.
— Para de transar com a comida.
Debora disse seria, era um hábito meu desde pequena.
— Victoria, desse jeito você vai virar uma bola. Você esta passando fome?
Ela me olhava assustada.
— Cala a boca e me deixa curtir esse momento.
— Come logo que eu quero tomar sol.
Debora disse sorrindo.
Assim que terminei de comer aquele prato enorme, fui até o quarto colocar um biquíni que a Debora havia me emprestado.
— Droga, não esta fechando.
Eu fazia de tudo para fechar o biquíni de cima.
— Caralho, Victoria que peito enorme.
Ela arregalou seus olhos.
— Você não tinha esses peitos.
— De uns tempos para ca está difícil fechar as minhas roupas, eu estou gorda?
Me olhei no espelho enorme, realmente eu estava com uns peitos enormes.
— Claro que não, você nunca vai ser gorda.
Sorri de lado, enquanto ela fechava o biquíni para mim.
— mas, a sua barriga esta um pouco inchada.
Olhei para baixo vendo que havia um volume ali.
— Eu estou perto de menstruar, eu fico assim mesmo
Debora assentiu, sorri assim que ela terminou de fechar o biquíni.
— Obrigada Deh.
— Victoria, eu não sei o que aconteceu com você, mas está muito gostosa.
Senti meu rosto corar.
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ALLAN JEON POV- CORÉIA
— Ola Ludy.
Sorri ao ver uma menina que aparentava ter os seus quatorze anos.
— Pode se sentar.
Ela fez o que pedi.
— Sua mãe não quis entrar ?
Ela negou olhando para o chão.
— È a sua primeira vez com um ginecologista?
Ela assentiu parecendo nervosa.
— Não precisa ter vergonha, eu sei como deve ser difícil.
Sorri olhando em seus grandes olhos azuis.
— Você parece novo para um médico.
Ela me encarou por alguns segundos.
— Eu comecei a faculdade cedo.
Sorri de canto mexendo na sua ficha.
— Vou completar 27 anos.
— È, você è bem novo.
Ela sussurrou batendo os pés no chão.
— Ludy, precisamos começar.
Ela me encarou assustada.
— Com quantos anos você menstruou?
— 12.
Assenti anotando no computador.
— Ja tomou remédio?
Ela negou.
— Okay, você pode tirar a roupa e colocar o avental que esta ali.
Apontei para a porta, ela se levantou e foi caminhando até la, deve ser muito constrangedor para um menina nova ficar nua pela primeira vez perto de um homem.
Me levantei e fui até a maca que ficava do lado de trás da cortina, arrumei meu jaleco, ouvi a porta ser aberta e Ludy saiu vestida com o avental, o seu rosto estava vermelho, ela foi até a maca e se deitou.
— Ludy, eu preciso que você coloque as pernas aqui.
Ela assentiu atendendo o meu pedido.
— Eu vou olhar para ver se tem alguma inflamação, porque na sua ficha consta que você sente uma irritação, certo?
— Sim, ela doe e è como se estivesse queimando.
Assenti. Peguei um par de luvas colocando, arrumei sua perna abrindo a mesma, fiquei olhando por alguns segundos para ver se encontrava alguma coisa.
— Você nunca teve relações sexuais, certo?
Assim que bati os olhos, percebi que Ludy era virgem. Ela negou com a cabeça olhando para o teto.
— Pode colocar sua roupa novamente.
Tirei minhas lucas jogando no lixo.
Não demorou até ela retornar, ainda envergonhada. Me sentei novamente na cadeira de couro, anotando o necessário.
— Bom, você esta com uma inflamação não muito grave, vou te passar uma pomada que precisa ser passada de oito em oito horas.
Ela assentiu.
— Ludy, qualquer coisa è só voltar aqui.
— Doutor, você è muito lindo.
— Você também è linda, Ludy.
Na hora ela corou violentamente.
Na hora que ela saiu da minha sala, eu respirei fundo, ela era minha última paciente. Tirei meu jaleco colocando ele pendurado na cadeira. Eu estou trabalhando nesse hospital até semana que vem, quando voltou para Los Angeles. Entrei na Ferrari arrancando até a minha casa. Assim que cheguei, joguei minhas coisas em cima do sofá e tirei a camiseta branco jogando no sofá junto com a pasta. Ouvi umas vozes que pareciam estar vindo do jardim, olhei pela janela, Debora estava nadando e Victoria estava ao seu lado, mesmo não me lembrando daquela noite, eu tenho certeza que foi maravilhosa, aquela menina tem alguma coisa, não sei se è pela sua inocência ou pelo seu corpo escultural que só de olhar ja fico duro.
Arregalei os olhos ao ver ela caindo no chão lentamente, Debora saiu da piscina rapidamente, indo ajudar sua amiga, abri a porta correndo e fui até a beira da piscina onde Victoria estava desmaiada, peguei a mesma nos braços a levando para dentro.

Aftermath of a night!Onde histórias criam vida. Descubra agora