Abri a porta e Allan segurava o celular em suas mãos me olhando serio, peguei o mesmo colocando no meu ouvido.
— Papai?
Sussurrei sentindo o meu corpo estremecer.
— Victoria, que saudades de você minha filha.
Droga, eu estava me sentindo a pior filha do mundo ao ouvir isso.
— Estava preocupado com você, ficou sem dar notícias, como esta a faculdade?
— Bem papai, Los Angeles é maravilhoso, eu também estou morrendo de saudades de você.
Senti meus olhos marejarem.
— Eu também estou Vick, é horrível ficar nessa casa sozinho.
Sorri de canto.
— Não lembro como cozinha.
Ele soltou uma gargalhada.
— Eu vou voltar logo, papai.
Eu me sentia péssima fazendo isso.
— Prometo te ligar sempre, é que eu estava bem ocupada esses dias.
— Tudo bem filha, mas eu acabo ficando preocupado, eu sinto a sua falta.
— Eu também papai, te amo.
Falei desligando. Senti minhas lágrimas se aproximando, coloquei o celular do meu lado na cama sentindo saudades da minha antiga vida, da minha melhor amiga, do meu pai, de tudo. Então, senti meu rosto molhar, passei a mão limpando o mesmo rapidamente.
— Tudo bem, Victoria?
Allan disse colocando a mão sobre os meus ombros, tentei não demostrar o que estava sentindo.
— Por que esta chorando?
Me virei olhando em seus olhos escuros.
— Eu menti pro meu pai, eu disse que ficaria aqui para fazer minha faculdade, mas na verdade, eu estou morando com um cara.
Allan passou os dedos sobre o meu rosto limpando as minhas lágrimas.
— Vai ficar tudo bem, eu tenho certeza que quando ele olhar para o nosso bebê, o Senhor Green vai se apaixonar.
Sorri. Allan tinha esse poder.
— Nunca pensei que fosse tão difícil.
— Eu estou com você nessa, prometo cuidar de vocês dois.
Allan me abraçou e naquele momento, eu senti o meu coração disparar, eu estava me sentindo protegida pela primeira vez ao lado dele.
[...]
Acordei com o barulho do chuveiro, abri os olhos lentamente e senti a cama gelada ao meu lado, me levantei com a maior preguiça e fui até a persiana do quarto, o sol ja estava brilhando no céu. Senti o meu estômago reclamar de fome, o barulho da porta se abrindo ecoou pelo quarto, me virei encontrando Allan apenas de toalha na cintura.
— Bom dia.
Ele sorriu de canto, pegando alguma coisa em seu armário.
— Eu vou na casa de uns amigos, quer ir comigo?
Senti um sorriso se formar em meus lábios, eu amava quando ele era assim comigo, acho que pelo sorriso ele soube a resposta.
— Vamos sair em alguns minutos.
Fui até o banheiro, agora era a minha vez de tomar banho, abri o chuveiro enquanto tirava o meu pijama jogando em um canto do banheiro, prendi meu cabelo em um coque para não molhar, tomei um banho rápido, assim que terminei abri a porta indo até o quarto, Allan não estava mais lá, abri o guarda-roupa roupa e peguei uma roupa confortável.A blusa marcava a minha barriga que ja estava grandinha, fui até a parte de Allan procurando o meu tênis, mas estava impossível achar.
— ALLAN, ONDE VOCÊ COLOCOU O MEU TÊNIS?
Gritei, enquanto olhava aquela parede repleta de vans e supras.
— EU SEI LA DO SEU TÊNIS.
Ele gritou de volta da cozinha. Rolei os meus olhos bufando. Sorri ao ver o meu vans ao lado da cama, coloquei rapidamente, sentindo um cheiro de café vindo da cozinha.
— Hm, que cheiro bom.
Sorri ao ver Allan encostado na pua tomando o seu inseparável café preto.
— Como você pode tomar isso todos os dias ?
Fiz careta pegando um pedaço de bolo.
— Se eu não tomar, eu não acordo para trabalhar.
Allan deu de ombros.
— Victoria, os seus seios estão enormes.
Senti minhas bochechas queimar de vergonha ao ouvir aquilo.
— Desculpa, eu não quis te deixar assim.
Ele soltou uma risada.
— Tudo bem, hoje quando voltarmos, eu vou ter que sair de novo, preciso mesmo de sutiãs novos, porque esses estão me matando.
Fiz careta e Allan deu risada.
— Eu vou com você.
Ele disse de boca cheia, sua voz saiu abafada, soltei uma gargalhada.
— Não pode falar com a boca cheia.
Falei como se fosse óbvio, Allan deu de ombros.
— Já comeu bolão?
Ele disse pegando as chaves.
— Esse tal de bolão eu não sei, mas eu sim.
Falei séria e Allan soltou uma risada.
Descemos até a sua Ferrari, Allan tinha um amor por esse carro que nunca vi igual, ele deu partida como sempre fazendo o ronco do carro ser ouvido até da esquina, fiquei olhando a paisagem, enquanto Allan dirigia, voltei meu olhar para o seu rosto, seus olhos escuros estavam fixo na estrada, sua língua passou pelos lábios molhando os mesmo, seu cabelo como sempre em um perfeito topete, ele parecia ter sido desenhado. Ele era perfeito.
— O que foi?
Ele franziu a testa me olhando rapidamente.
— Nada, eu só estava olhando.
Sorri sentindo a minha bochecha queimar.
— Tudo bem bolão, pode olhar.
Allan disse colocando sua mão sobre a minha perna que descoberta pelo short, droga aquilo me deixou sem reação.
Não demorou até chegarmos em uma casa, Allan estacionou o carro, abrindo a porta e saindo do mesmo, ele fez sinal para que eu saísse também, foi o que eu fiz, abri a porta e desci pisando no gramado, Allan foi até a campainha tocando a mesma, não demorou muito até a porta ser aberta.
— Tia.
Ele disse abraçando uma moça que aparentava ter no máximo os seus quarenta anos.
— Os meninos estão?
— Estão no quarto, pode subir. Quem é essa garota linda com você?
Ela disse sorrindo.
— Essa é a Victoria.
Allan respondeu parecendo nervoso.
— Minha...
A mulher sorriu.
— Tudo bem, eu ja entendi.
Droga, que situação desagradável.
Fomos caminhando pelo corredor, ate Allan abrir uma porta. Todos que estavam la dentro nos olharam na mesma hora, eu não conhecia ninguém naquele lugar, apenas os três que foram na casa de Allan aquele dia, o quarto estava lotado, duas meninas conversavam ao lado de um loiro.
— Eai?
Allan disse fazendo um toque estranho com todos.
— Essa aqui é a Victoria.
Sorri envergonhada ficando ao seu lado.
— Esse é o Daniel, Yuma, Julio, Jessie e Larissa.
Todos sorriram simpáticos.
— Jeon, cara olha o novo jogo que comprei.
O tal de Daniel disse animado, Allan sentou ao seu lado, fiquei parada sem saber o que fazer.
— Hey, vem aqui.
Olhei para as meninas que estavam sentadas, fui até a ela me sentando ao seu lado.
— Eu sou a Jessie.
A menina de cabelo pintado de branco disse.
— Essa é a Larissa.
— Como vocês conseguem ficar com tantos homens assim no mesmo lugar ?
Sussurrei.
— Já estamos acostumadas, isso é desde sempre.
Jessie disse piscando.
— E essa barriga ?
Engoli em seco.
— É...
Coloquei a mão sobre a mesma.
— Eu estou grávida.
As duas me olharam assustadas.
— Três meses.
— Do Jeon?
A morena disse, assenti e na hora ela arregalou os seus olhos.
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ALLAN JEON POV- LOS ANGELES
Victoria estava conversando com as meninas no canto do quarto, eu olhava o jogo na televisão, mas vez ou outra desviava para ver se Victoria estava bem, porque era a primeira vez dela com os meus amigos, não queria que ela ficasse deslocada.
— Então, já traçou a loirinha ?
Daniel disse sorrindo.
— A barriga dela esta enorme, irmão.
Assenti.
— Três meses já.
Sorri de canto.
— Vish, já esta ficando boiola.
Julio disse batendo em meu ombro.
— Caralho Allan, eu nunca pensei em te ver assim.
— Se liga, eu estou normal Porra.
Falei como se fosse óbvio.
— Não interessa se já tracei.
— Pelo jeito já...
Daniel mordeu os lábios.
— Porra, se não quiser mais pode deixar para mim, porque ela é uma delícia do caralho.
Revirei os olhos.
— Gente, vamos respeitar a menina.
— Caralho, eu estou ficando preocupado com você Jeon.
Yuma falou serio.
— Precisamos comer algumas vadias.
— Não vai dar, eu vou comprar sutiã.
Todos caíram na risada, aquilo estava me deixando incomodado para caralho.
— Er...
Daniel coçou a nuca.
— Jeon, a minha irmã esta chegando.
Arregalei os meus olhos.
— Cheguei.
Não pode ser. Respirei fundo e me virei, lá estava ela novamente.
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Aftermath of a night!
RomantizmUma festa. Uma consequência. Victoria Green. Allan Jeon. OBSERVAÇÃO: Eu estou reescrevendo essa história, a original se chama "Até as últimas Consequências". Eu li essa fanfic a alguns anos atrás, e até hoje è uma das minhas preferidas. Eu decid...