ALLAN JEON POV-LOS ANGELES
Eu não estava raciocinando muito bem naquele momento. Anna estava ali na minha frente, depois de tudo que passamos, eu ao menos sabia que ela estava em Los Angeles novamente. Ela me encarava, assim como eu. Anna estava totalmente diferente, mas ainda era a Anna, a minha Anna.
— Allan, como você está diferente.
Ela sorriu de canto.
— Não sabia que estava de volta em Los Angeles.
Molhei os lábios olhando em seus olhos claros.
— Eu me mudei a pouco tempo, agora estou aqui.
Assenti coçando a nuca, droga aquilo estava muito estranho.
— O que você esta fazendo em uma loja de bebê?
Ela franziu a testa.
— Eu vou ter um filho.
Anna arregalou os olhos.
— Essa daqui é a Victoria, ela está esperando um filho meu.
Peguei na cintura de Victoria trazendo seu corpo para mais perto do meu.
— Nossa, eu estou chocada.
Anna olhou para o chão.
— Nunca imaginei que você fosse ter filhos. Meus Parabéns aos dois.
— Obrigado.
Eu olhava fixamente em seus olhos, depois de tanto tempo, ela estava ali novamente e isso era muito estranho.
— Precisamos ir.
Ela assentiu.
— Foi bom te ver, Allan,
Assenti saindo do seu campo de visão.
Victoria olhava as coisas de bebê, enquanto a minha cabeça explodia. Droga, eu estava animado para ver as coisas também, mas esse reencontro estragou tudo. Olhei para o lado, Victoria sorria ao ver um macacão roxo.
— É lindo, né?
Assenti.
— O que acha dele com esse sapatinho?
— Pode ser.
Dei de ombros olhando para os corredores.
— Vamos embora.
Victoria disse saindo da loja.
— O que esta fazendo?
Franzi a testa.
— Não vamos comprar nada?
— Não, vamos embora.
Revirei os olhos, abrindo o carro. Eu não sabia porque ela estava daquele jeito, talvez seja os hormônios. Eu preciso aguentar isso por muito tempo. Droga, Allan...Onde você foi se meter.
— Quem era Anna?
Victoria me encarou.
— Uma amiga do passado.
Falei olhando para a estrada.
— Amiga?
Assenti.
— Me conte sobre ela.
— Não quero falar sobre isso, Victoria.
Revirei os olhos.
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VICTORIA GREEN POV-LOS ANGELES
— Era ela...A garota que te fez virar isso?
Allan me encarou.
— Já disse que não quero falar sobre isso.
Sua expressão mudou, ele estava começando a me dar medo.
— A gente vai ter um filho, mas isso não quer dizer que você pode se meter na minha vida.
Allan estava com o seu maxilar travado, enquanto me olhava sério. O sinal estava fechado.
— Em nenhum momento, eu disse que queria entrar na sua vida. É por isso que você é sozinho.
Senti meus olhos marejarem, eu estava com tanta raiva que podia sentir meu corpo estremecer.
— eu disse que podia fazer isso sozinha.
— Não enche Victoria, você não cuida nem de você sozinha.
Allan ja andava com o carro, minha vontade era de mandar ele parar pra mim descer do carro.
— Vai cuidar de um bebê.
— Você não sabe nada sobre mim.
Senti as primeiras lágrimas escorrer.
— CARALHO VICTORIA, CALA A BOCA. CALA A PORRA DA SUA BOCA.
Allan gritou me deixando assustada, senti uma pontada muito forte na barriga.
— Ai.
Gemi de dor.
— O que foi, Victoria?
Ele me olhou sério, agora sua expressão era de preocupação.
— O que você esta sentindo?
— Nada.
Falei fechando os meus olhos, tentando controlar a dor que já estava passando.
— Eu só quero ir para casa.
Não demorou até Allan estacionar o carro, abri a porta saindo so mesmo. Chamei o elevador, enquanto Allan caminhava até mim, assim que chegamos na cobertura, a porta do elevador foi aberta, passei pelo corredor, eu queria ficar o mais longe possível dele. subi até o quarto e me deitei na cama sentindo as pontadas voltarem e agora mais fortes, fechei os olhos sentindo as lágrimas caírem. Eu odeio chorar. Ouvi o meu celular tocando, atendi rapidamente sem ver quem era.
— Victoria, que saudades de você.
Assim que percebi que a voz era da Debora, eu me desmanchei em lágrimas. A sensação que estava sentindo agora, é de quando éramos pequenos e caiamos, e sua mãe vinha te ajudar.
— Debora, eu preciso de você aqui. Eu estou sozinha nesse lugar.
Falei entre soluços.
— Eu não posso ficar maia nem um segundo nesse lugar, eu acho que vou explodir.
— Victoria, o que está acontecendo?
Ela disse preocupada.
— Seu irmão é um idiota, eu estou gorda, tenho vontade de comer a todo momento, tenho vontade de matar todos. Droga Debora, eu estou com vontade de transar.
Eu chorava mais a cada palavra.
— Como assim? Victoria, é você mesmo?
Ela disse rindo.
— Para de rir, eu não sei o que está acontecendo comigo. Eu sinto vontade de fazer isso toda hora.
— Se acalme, Victoria. Isso deve ser coisa de gravidez e logo vai passar.
Limpei as lágrimas tentando parar de chorar.
— E se não passar?
Confesso, eu realmente estava com medo.
— Deh, eu estou com saudades de você.
— Eu também estou Vick, você faz muita falta.
Sorri ao ouvir aquilo.
— Eu não vejo a hora de ir embora, eu quero voltar.
— Falta apenas sete meses.
Assenti.
— Eu preciso ir amiga, te amo.
— Também te amo.
— Manda beijo para minha sobrinha ou sobrinho.
— pode deixar.
Sorri desligando.
[...]
Abri os meus olhos lentamente, eu podia ouvir o barulho da chuva. Olhei para o lado, Allan estava dormindo. O meu estômago começou revirar, droga eu odeio isso. Me levantei correndo até o banheiro, coloquei tudo que comi para fora, a minha cabeça latejava, enquanto o jato saia com força da minha boca, senti alguém segurar o meu cabelo, olhei e Allan havia feito um rabo de cavalo para não sujar. Então, outro jato apareceu, eu vomitava sem para.
Sentei no vaso, sentindo todo o meu corpo suar. Allan me encarava sério, ele foi até o chuveiro ligando o mesmo.
— Vou deixar a porta aberta, se sentir alguma coisa me chama.
Ele disse saindo do banheiro.
Tirei o meu pijama lentamente, sentindo a minha cabeça latejar. Entrei debaixo daquela água morna, o meu corpo relaxou por completo, fiquei naquela posição por alguns segundos. Depois de terminar o banho, me enrolei em uma toalha e voltei para o quarto, Allan me esperava sentado na cama, assim que me viu saindo do banheiro. Ele saiu do quarto para que eu pudesse me trocar. Fui até o guarda-roupa e peguei uma roupa de moletom, porque estava frio e chovendo. Sai do quarto indo até a cozinha, podia se sentir um cheiro forte de café.
— Tem fruta.
Neguei sentindo todo o meu corpo se arrepiar.
— Eu não estou com fome.
Dei de ombros.
— Você não pode ficar sem comer nada Victoria, o bebê precisa de comida.
Allan disse bebendo o seu café.
— Eu como mais tarde, agora eu não quero.
Ele assentiu pegando as chaves do carro.
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ALLAN JEON POV-LOS ANGELES
Eu tentava agir normalmente depois de ontem, aquilo mexeu com a Victoria. Eu preciso me acostumar com isso ainda, abri a porta do meu consultório colocando meu jaleco, Victoria seria minha primeira paciente, ela ja estava sentada na cadeira, enquanto eu ligava o computador.
— Vamos la, então...
Falei olhando em seus olhos.
— Hoje nosso bebê completa três meses.
Victoria assentiu sorrindo de lado.
— Eu vou pedir uns exames de sangue, como já estamos na 12 semana.
Anotei tudo no papel.
— Eu vou te passar umas vítimas que você precisa tomar duas vezes ao dia, mas quanto aos enjoos, isso é normal no começo.
Victoria me encarava atenta.
— Alguma dúvida ?
— Minha mudança de humor.
Assenti.
— Quando isso passa ?
— Bom, é normal as mulheres passarem por isso até o corpo se acostumar com o bebê dentro de você, nesses primeiros meses é muito difícil, mas logo você vai conseguir a controlar.
Olhei atento para ela que fazia o mesmo.
— Entramos no mês que você mais vai sentir enjoos, muita tontura e claro muito desejo sexual.
Victoria me olhou assustada.
— E onde você ganha mais peso.
Victoria revirou os olhos.
— Mais ?
Soltei uma risada.
— Pois é, você ja é um bolão.
Victoria me olhou séria.
— Vamos, tire a roupa.
Ela arregalou os olhos.
— Preciso fazer os exames.
Fiquei sentado anotando tudo que passaria a ela, enquanto a mesma tirava a roupa. Ouvi a porta ser aberta, então ela apareceu vestida com a camisola, me levantei da cadeira indo até a mesma, Victoria era baixinha, ela batia no meu peito, mas não deixava de ser uma puta de uma gostosa.
— Tira a camisola.
Falei vendo seu rosto ficar vermelho de vergonha. Então, a camisola saiu do seu corpo, Victoria usava uma calcinha preta quase minúscula, voltei olhar para o papel tentando me concentrar, ela ficou parada ao lado da parede branca, voltei a olhar em seus olhos que desviaram dos meus.
— Você pode tirar o seu sutiã?
Ela assentiu parecendo nervosa, senti um calor passar pelo meu corpo ao ver ela tirar a peça, caralho trabalho aqui a anos e nunca senti isso por nenhuma mulher mesmo sendo a mais gostosa, sempre levei tudo para o lado profissional, mas nesse momento estava difícil.
— Você sente dor ?
Ela assentiu.
— Eles já trocaram de cor?
— Sim, eles eram mais claros.
Victoria disse olhando para o chão.
— O seu jeito já esta aparecendo, isso é bom, mas eles aparece em grande escala depois de 72 horas do parto, ele vai vazar é normal.
Victoria assentiu.
— Pode colocar o sutiã novamente.
Assim ela fez.
— Pode se deitar na maca.
Victoria se encaminhou até a mesma e se deitou. Fui até ela colocando as minhas luvas, olhei para a sua barriga que ja estava bem apontada, levei a minha mão até a mesma apertando de leve, Victoria olhava para o teto.
— Você tem corrimento ?
Ela assentiu.
— Você pode tirar a calcinha?
Victoria engoliu em seco, eu não queria ficar excitado vendo o seu ato, então olhei para o chão, enquanto sua peça preta saia do corpo.
Victoria colocou suas pernas nos ganchos me dando a visão do paraíso, respirei fundo me concentrando. Porra, eu não podia ter uma ereção agora. Levei o meu dedo indicador até a sua entrada para ver se aquilo era algum tipo de risco para o bebê, arregalei os meus olhos ao ouvir seu gemido. Victoria me olhou envergonhada, ela estava completamente molhada e excitada com apenas um toque meu.
— Me desculpa, eu não quis...
Neguei.
— Esta tudo bem, isso é normal, não se preocupe.
Retirei minhas luvas.
— Bom, o bebê parece bem, você tera que fazer os exames de sangue e depois volte para mim ver.
Ela assentiu colocando a camisola novamente.
— Não se esqueça das vitaminas.
— Obrigada, Allan,
Sorri.
— Eu te vejo em casa?
Assenti.
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VICTORIA GREEN POV- LOS ANGELES
Droga, você consegue Victoria. Para de pensar em sexo por um segundo. Já sei, vou pensar em comida. Droga, eu quero fazer sexo, esse tesão não passa, principalmente sentindo o cheiro de Allan. Respirei fundo, fechando os meus olhos.
— Para de pensar em sexo, você não quer fazer isso Victoria, você só fez uma vez e estava bêbada. Droga, eu quero transar.
Senti duas mãos em minha cintura fazendo com que o meu corpo estremecesse.
— Eu posso te ajudar...Se você quiser.
Allan sussurrou no pé do meu ouvido.
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Agora vou deixar vocês curiosas até sexta-feira que vem. Beijos e obrigada por ler até aqui a história desse casal fofo.
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Aftermath of a night!
RomanceUma festa. Uma consequência. Victoria Green. Allan Jeon. OBSERVAÇÃO: Eu estou reescrevendo essa história, a original se chama "Até as últimas Consequências". Eu li essa fanfic a alguns anos atrás, e até hoje è uma das minhas preferidas. Eu decid...