ALLAN JEON POV -LOS ANGELES
Eu confesso que naquele momento fiquei feliz ao ouvir Victoria dizer aquilo, ela estava com ciúmes mesmo sem se lembrar de mim, ela ficou me olhando séria e dava para ver em seus olhos que estava arrependida, sorri levantando uma das minhas sobrancelhas.
— Eu não quis dizer isso.
Ela olhou para o chão.
— Relaxa Victoria, eu nunca me ouvi com outra pessoa e não vai ser agora que isso vai acontecer.
Ela assentiu.
— Ela é residente e preciso ajudar.
— Tudo bem, Allan.
Ela me olhou.
— Você não precisa me explicar nada.
— Claro que eu preciso Victoria.
Falei como se fosse óbvio.
— Somos um casal mesmo que você não se lembre, eu sou seu namorado e você é minha namorada.
Ela me olhou assustada.
— Victoria, você ja pode ir para a casa.
O doutor disse entrando na sala.
— Não se esqueça dos remédios.
— Pode deixar.
Ela assentiu descendo da maca.
— Em algumas horas estou em casa.
Falei enquanto ela saia do meu campo de visão.
[...]
Abri a porta de casa e ouvi as gargalhadas de Ha-na vindo do meu quarto, tirei minha camisa branca colocando do lado da minha maleta, fui até o o quarto e vi Victoria brincando com a Ha-na, sorri involuntariamente ao ver aquilo.
— Papai chegou.
Ela correu em minha direção, peguei minha pequena nos braços apertando contra o meu peito.
— Como você esta meu amor ?
Falei olhando naqueles olhinhos escuros.
— Bem papai, a mamãe estava pintando as minhas unhas, olha.
Sorri ao ver sua animação.
— Ficou linda bolinha.
Beijei sua cabeça colocando a mesma no chão.
— Já tomou banho ?
Ela negou fazendo cara de sapeca.
— E a lição de casa ?
— Também não papai.
Ha-na fez cara de tédio.
— Esta esperando o que ?
A mesma revirou os olhos indo até o banheiro.
— Eu ja vou te ajudar.
Falei antes que ela fechasse a porta. Victoria ficou me olhando enquanto eu me aproximava da cama, me sentei olhando fixamente naqueles olhos claros, coloquei a mão sobre a sua perna acariciando a mesma lentamente, aproximei meu rosto ficando centímetros de distância dos seus lábios, Victoria virou o rosto. Me afastei saindo do quarto.
— Eu fiz algo de errado ?
Ouvi a sua voz atrás de mim.
— Victoria, eu juro que estou tentando agir normalmente mas esta impossível, você nunca me negou um beijo. Você sempre foi a melhor namorada do mundo, Victoria eu não sou seu saco de pancadas.
Falei sério e ela me olhou assustada.
— Eu estou perdida Allan, porque a única pessoa que eu conheço é minha filha. Eu sei que é difícil para você também, porque não me lembro de nós dois, mas tenta entender que eu também queria muito conseguir me lembrar.
Ela disse com os olhos cheios de lágrimas.
— Você foge de mim como se sentisse nojo, caralho Victoria eu te esperei durante quatro anos, por quê você me trata assim ?
— Porque eu não sei o que fazer.
Ela disse derramando as suas lágrimas.
— É como se eu nunca tivesse vivido, eu lembro de algumas coisas mas todos os rostos estão borrados, eu não queria que fosse assim.
Puxei Victoria pelo braço abraçando a mesma com muita força.
— Estamos juntos nessa.
Sussurrei em seu ouvido, lembrei de quando ela estava grávida. Ouvi o seu soluço baixinho, acariciei o seu cabelo sentindo um nó na garganta.
— Papai ?
Ha-na disse saindo do banheiro já vestida.
— Ops, desculpa.
Neguei soltando Victoria dos meus braços.
— Me ajuda com a lição de casa ?
— Claro meu amor.
Sorri indo até o seu quarto. Ha-na sentou na cadeira rosa e pegou o seu caderno, sentei na cama observando tudo que ela fazia.
— O que tem que fazer aqui papai ?
Peguei o caderno lendo o que o exercício pedia.
— Você precisa ligar as figuras iguais bolinha.
Ela assentiu pegando o seu lápis, aos poucos ela começou a ligar as figuras.
— Esse não é ai Ha-na, é com aquele ali.
Ela assentiu. Eu franzi a minha testa ao ver uma chupeta ao lado do abajur.
— De quem é isso ?
Ha-na me olhou assustada.
— É da Mili papai.
Cruzei os meus braços.
— Ha-na Jeon, o que conversamos sobre mentir ?
Ela suspirou.
— Não me chama assim papai.
Ela disse fazendo biquinho.
— A tia Debora me deu.
Revirei os olhos.
— O que eu disse sobre chupar isso ?
Travei o meu maxilar.
— Que não pode.
Assenti.
— Porque faz mal pros meus dentinhos, mas eu gosto tanto papai.
Ela me encarou com aqueles olhos de gato.
— Olha só os dentes do papai.
Sorri.
— Eu nunca chupei chupeta.
Ha-na me olhou desconfiada.
— Você quer os dentes assim ?
— Papai, a vovó disse que você amava chupeta.
Droga, Lin !
— Ai Ha-na, vamos fazer assim, o papai deixa você usar mas promete que vai parar logo ?
Ela assentiu sorrindo.
— Obrigada papai.
Ela me abraçou com força.
— De nada bolinha.
Fiz biquinho logo sentindo seu selinho rápido.
— Amanhã depois do colégio vamos almoçar todos juntos, papai tem uma surpresa.
— O que ? Me conta por favor ?
Neguei.
— Vai Allan.
Franzi a minha testa.
— Você me chamou de Allan ?
Ela assentiu.
— É o seu nome papai.
Ela disse revirando os olhos.
— E você não quer me contar, Allan Jeon.
— Isso ja é demais para mim.
Eu disse saindo do quarto. Fui até o o meu quarto onde Victoria se preparava para deitar, ela estava apenas de short com um sutiã, aquilo me deixou maluco, mas também quatro anos sem sexo não é para menos. Victoria se virou e assim que me viu se assustou, mas os meus olhos ainda estavam naquele corpo, eu já podia sentir meu membro duro.
— Por que você esta me olhando assim ?
Victoria franziu a testa.
— Porque você é maravilhosa.
Victoria corou abaixando a cabeça.
— Ai meu Deus, eu deixei você assim ?
Assenti sorrindo.
— Mas você sempre me deixou assim baby.
Me aproximei segurando em sua cintura.
— Essa não é a primeira vez.
Ela sorriu de canto.
— Vamos dormir, porque amanhã tenho uma surpresa para você.
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Aftermath of a night!
Roman d'amourUma festa. Uma consequência. Victoria Green. Allan Jeon. OBSERVAÇÃO: Eu estou reescrevendo essa história, a original se chama "Até as últimas Consequências". Eu li essa fanfic a alguns anos atrás, e até hoje è uma das minhas preferidas. Eu decid...