Every day Im more in love with you

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Allan corria como louco pelas ruas de Los Angeles, enquanto eu pedia a Deus que nada de ruim tenha acontecido com a minha pequena. Allan estava aflito dava para ver pelo modo que ele travava seu maxilar e não dizia uma palavra.
— Porra de trânsito.
Allan disse irritado.
— Desse jeito vou ter que atropelar esses carros.
— Você pode ir pelo outro caminho, vai ser mais rápido também.
Allan assentiu trocando a nossa rota. Assim que saímos do trânsito ele acelerou o carro, chegando em questão de minutos enfrente ao hospital. Abri a porta do carro e corremos até o andar da pediatria, sorte que ele conhece esse hospital como eu conheço nosso apartamento. Allan pegou seu crachá passando pela porta de vidro enorme, não era pra menos ser o melhor hospital de Los Angeles.
— Vou chamar a doutora que cuidou dela.
Assenti vendo Allan passar pelo corredor em passos rápidos, sentei no sofá de couro branco, ao lado havia milhares de revistas mas não estava com cabeça para isso.
— Essa é a doutora Abby.
Allan disse me tirando do transe, levantei minha cabeça vendo uma mulher elegante, seus cabelos loiros caiam até seus ombros, seus olhos verdes destacavam sua roupa branca.
— Bom, a Ha-na esta bem.
Suspirei aliviada.
— Ela vomitou, chegou a perder a visão por alguns segundos mas ficou consciente o tempo todo, ela também teve febre alta, mas estamos controlando com medicamentos.
Assenti.
— Ela passou por algum choque ?
Franzi a minha testa.
— Sim, a gravidez da Ha-na.
Allan disse serio, quando ele estava no hospital nem parecia o mesmo homem.
— Ela reagiu de um jeito estranho, Ha-na nunca gritou como hoje cedo.
— Então é isso, ela deve ter ficado assustada com a situação, mas ela ja esta normalizada novamente. Eu vou deixa-la tomando soro, ela esta no quarto 2, vocês podem ir ve-la.
— Obrigada doutora Abby.
Allan disse fazendo a mesma sorrir.
— Qualquer coisa estou na minha sala.
Abby disse saindo do nosso campo de visão. Allan fez sinal com a cabeça para mim ir atrás dele, passamos pelo enorme corredor com desenhos na parede, o típico andar de pediatria. Allan abriu a porta do quarto 2, Ha-na estava deitada assistindo televisão com soro no braço. Assim que a mesma ouviu a porta ser aberta os seus olhos de jabuticaba vieram de encontro os nossos.
— Mamãe ?
A sua voz saiu baixinha, notei que ela havia chorado.
— Oi meu amor.
Me aproximei.
— como você esta ?
— Bem, eu pensei que vocês não iam vim.
Ela olhou para Allan que não disse nada até agora.
— Como pensou isso Ha-na ?
Franzi minha testa olhando em seus olhos.
— O papai estava trabalhando, e você ocupada com o novo bebê.
Encarei Allan que suspirou.
— Ha-na, precisamos conversar.
Allan se aproximou.
— Assim que chegarmos em casa.
— Tudo bem, papai.
Ela assentiu.
— Eu me senti mal hoje, a minha barriguinha estava doendo e meus olhos também.
— Mas, o importante que você esta bem agora, amor.
Sorri acariciando o seu rosto.
— E agora vamos para casa.
[...]
Allan passou na farmácia para comprar os remédios que a doutora indicou para a Ha-na, ela estava sentada atrás na cadeirinha sem dizer uma palavra, eu sabia que ela estava abalada pela notícia do bebê mas ela vai ter que entender. Assim que o Allan abriu a porta do carro me entregando a sacola com remédio, fomos para casa.
Allan estacionou o carro na garagem pegando tudo que estava dentro dele. Abri a porta saindo do mesmo, ele abriu a porta de trás pegando a Ha-na no colo que parecia cansada pelo jeito que piscava os olhos lentamente. O caminho até o apartamento foi silencioso assim como no carro, peguei as chaves no bolso de trás do Allan abrindo a porta.
— Ha-na vem, vamos tomar um banho.
Allan colocou a mesma no chão.

ALLAN JEON POV -LOS ANGELES
Liguei o chuveiro enquanto Ha-na tirava sua roupa, eu esperava a temperatura ficar agradável para não queimar a sua pele. Tirei minha roupa ficando apenas de boxer preta, enquanto ela entrava embaixo do chuveiro. Lentamente a água molhou o seu cabelo, a mesma fechou os seus olhos passando a pequena mão pelos cabelos. Fiquei de joelhos de frente para o seu pequeno corpo.
— O que esta fazendo ?
Ela franziu a testa.
— Ha-na.
Falei olhando em seus olhos.
— Não sei porque você agiu daquela maneira, eu e sua mãe nunca vamos deixar de amar e dar atenção para você, não é porque vamos ter outro filho que você se tornou menos importante para nós.
  Sorri vendo que ela estava quase chorando.
— Bolinha, você sabe o quanto papai te ama, eu sempre digo isso para você, pequena você é o anjo que mudou as nossas vidas.
— Mas, eu não quero papai.
Ha-na disse chorando.
— Não quero dividir minhas coisas, nem você e nem a mamãe.
Assenti.
— Olha bolinha, pensa que você tera alguém para brincar com você.
Sorri pegando o creme e passando em seu cabelo.
— E meu amor por você nunca vai diminuir, pelo contrário, a cada dia te amo mais.
Ha-na sorriu olhando para o chão.
— Eu tenho uma ideia, que tal depois do banho, eu fizer sua mamadeira e assistirmos "Sprit" ?
Ha-na é apaixonada por esse desenho.
— Eu vou amar papai.
Ela disse animada. Depois da nossa conversa, ela aceitou um pouco o fato de ter outro bebê, mas dava para ver que ela ainda estava desconfiada com tudo. Continue com meu banho, enquanto ela brincava com a sua barbie.
— Papai ?
Ela me encarou.
— Hum ?
— Posso lavar o seu cabelo ?
Sorri olhando em seus olhos.
— Claro que pode bolinha.
Fiquei novamente de joelhos, mas dessa vez de costas para ela. Senti suas pequenas mãos massageando lentamente o meu cabelo, ela era tão delicada que aquilo estava me dando sono.
— Seu cabelo é lindo papai.
Sorri ao ouvir sua voz baixinha.
— O seu também filha, é lindo.
— Obrigada papai. Pronto agora ele está brilhante.
Levantei pegando nossas toalhas.
[...]
Ha-na dormia com a cabeça em meu colo, enquanto aquele filme passava. Eu sabia até as falas do cavalo, sim ele falava. Lentamente peguei a mesma em meus braços levando até o seu quarto, coloquei seu corpo na cama rosa beijando sua testa.
— Boa noite bolinha.
Sussurrei ligando o abajur ao lado da sua cama, fechei a porta sem fazer barulho. Fui até o meu quarto e Victoria estava apenas de roupas íntimas, olhei aquele corpo mordendo os meus lábios, assim que ela notou minha presença sorriu colocando a barra de chocolate no criado mudo ao lado da cama. Sentei ao seu lado.
— Ela aceitou melhor, eu conversei com ela.
Victoria suspirou.
— Que bom, eu estava me sentindo culpada.
— Para com isso Victoria, quando o bebê nascer a Ha-na vai aceitar, você vai ver.
Sorri beijando a sua cabeça.
— Falando nele, eu preciso comer mais.
Soltei uma gargalhada.
— Allan ?
— Hum, Baby ?
— Eu estou com vontade de fazer amor.
Sorri malicioso olhando em seus olhos.
— Nem precisa pedir, isso sera sempre uma ordem.
Pisquei puxando Victoria para o meu colo.

Aftermath of a night!Onde histórias criam vida. Descubra agora