27 - Conversa

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Hey guys! Voltei! Fiquei com um pouquinho de dor na consciência pelo tombo e resolvi mimar um pouco vocês! Hihihihihi... Espero que gostem!

Gizelly seguiu para fora do shopping e caminhou a esmo por um tempo. Sua raiva a guiava sem realmente ver onde estava indo. Finalmente parou em uma praça e sentou-se em um banco. Estava cansada, com raiva, magoada e acima de tudo, confusa. Sentia-se tão burra, tão estúpida em acreditar em Rafa. Em deixar-se afeiçoar... Aquele sorriso doce e os olhos verdes tão gentis... Agora, acima de tudo o que sentia, estava odiando a si mesma por lá no fundo se perguntar, e se Rafa for realmente aquela menina doce com quem se apegou? Talvez, só talvez, devesse dar uma segunda chance. O benefício da dúvida... 

O olhar de Rafa, tão desesperado para ser ouvida e tão perdida...

Gizelly decidiu voltar para casa. Já estava tarde para ficar sozinha nas ruas de São Paulo, então chamou um Uber, pensando em todo o trajeto no que faria, mas sem realmente chegar a alguma respostas. Assim que chegou em casa, sentou-se no sofá, sem saber o que fazer e deu graças a Deus que Marcela ainda não tinha chegado, ou a veria chorando por Rafa Kalimann e certamente falaria "Eu te disse". Depois de ter deixado algumas lágrimas caírem, mais por raiva do que por mágoa, levantou-se e decidiu se ocupar com algo, então conferiu as paredes, agora secas, do seu quarto e começou a organizar a enorme bagunça que estava.

Começou a arrastar alguns móveis para seus lugares de origem, como a cama. Assim que arrastou a cama para seu devido lugar, encontrou a caixa que havia ganhado de presente de Natal de Copas. Sentou-se no chão e abraçou sua girafa de pelúcia que ganhou junto. Ela havia comido quase todas as guloseimas que vieram na caixa, então agora a caixa estava bem mais vazia. Decidiu jogar a caixa fora, pois agora só estava ocupando espaço, então virou todo seu conteúdo sobre a cama. Amassou a caixa e então notou a cartinha de Copas sobre a bagunça na cama. 

Pegou o papel nas mãos e passou os dedos sobre a caligrafia elegante e arredondada de Copas, sorrindo ao pensar que ainda tinha alguém com que conversar que não a julgaria. Mas ao observar a caligrafia com atenção no papel grosso, percebeu que já conhecia aquela caligrafia de algum lugar.

Correu até a cozinha e revirou o lixo, assim que encontrou o que procurava, sentou-se na mesa, sem acreditar no que estava bem a sua frente o tempo todo. 

Olhos verdes...

A altura...

Rica...

Mora em São Paulo, mas é mineira...

Como pôde ser tão cega por tanto tempo?

*****

Rafa chorou por longos minutos. Um choro sofrido, com soluços que a deixavam sem fôlego e lhe doía o peito. Quando finalmente se acalmou, levantou-se do chão e se arrastou até a cama, deitando sobre as cobertas e abraçando os próprios joelhos, sem forças para nada. Sua mãe a chamou para jantar, mas quando não respondeu, a mulher entrou o quarto e a menina fingiu estar dormindo, então a mais velha apenas plantou um beijo nos cabelos da filha e saiu do quarto. 

Depois de muito tempo, encarando o nada e pensando em tudo o que aconteceu, sentou-se decidida. Ela era Rafaella Kalimann e ela sempre conseguia o que queria. Sabia que tinha errado e que tinha estragado as coisas com Gizelly, mas ainda devia ter alguma forma de se redimir. Não sabia o que, mas faria de tudo para reconquistar a capixaba. 

Seus pensamentos foram interrompidos quando seu celular vibrou, notificando uma nova mensagem. 

Mensagem de Gizelly.

Rafa estranhou, até mesmo temei o que a menina poderia estar tramando. Gizelly era impulsiva e estava com raiva. Ela foi muito direta. Apenas pediu o endereço de Rafa e avisou que estava indo encontrá-la. Após isso, a mineira ficou andando de um lado para o outro dentro do quarto, esperando por Gizelly e tentando imaginar do que se tratava aquilo. Gizelly a ouviria? Ou estaria indo lá para brigar? Independente do que fosse, Rafa tomou a decisão de que faria Gizelly ouvi-la, não importa o que acontecesse. 

O Segredo de CopasOnde histórias criam vida. Descubra agora