O Segredo de Copas

43 - Poça

Rafa entrou em seu quarto com um suspiro longo e cansado. O dia foi muito mais cansativo do que havia planejado, mas tinha que admitir que amou os amigos da sua namorada. Apesar de Luiza ainda ser meio hostil com a mineira, todos pareciam tentar incluir Rafa no grupinho e todos ficavam cada vez menos chocados quando a mineira era gentil e doce com eles e principalmente com Gizelly. Luiza até mesmo deixou um sorriso escapar em um dos momentos em que Gizelly estava sentada no colo da mineira e ambas cochichavam baixinho em seu próprio mundinho. 

Agora, Rafa deu graças a Deus de seu pai ligar avisando que só voltaria dentro de uma semana para casa. Graças a isso, todos os amigos de Gizelly se acomodaram nos quartos de hóspedes da casa de Rafa e comeram quase uma tonelada de pizza que a mineira pediu para o jantar. Eles jogaram vários jogos de tabuleiro e cartas e fizeram muitas piadas quando viram que a mineira claramente deixava a namorada ganhar. 

- Olha, eu já vi gente gado, mas igual a Kalimann é novidade - Luiza brincou quando terminaram mais uma rodada de Uno. 

Agora, com todos acomodados em seus quartos, Rafa pode parar encostada em sua porta enquanto admirava sua namorada ler deitada de bruços em sua cama. Nunca pensou que iria ver essa cena. Gizelly, não apenas em sua casa e no seu quarto, mas deitada tranquilamente em sua cama. 

A morena estava distraída com o livro que roubou da cabeceira de Rafa que nem percebeu quando a mineira se aproximou, só notando quando a namorada se deitou sobre ela e lhe beijou o ombro. 

- Você demorou... - Gizelly choramingou, se virando para ficar de frente para Rafa, que sorriu com a voz manhosa da menor. 

- A Luiza me infernizou e quis experimentar todas as camas de todos os quartos de hóspedes - Rafa contou, levemente irritada com a lembrança, mas sorriu ao escutar o riso baixo da namorada. - Sabe quantos quartos temos? - perguntou, tentando fingir estar indignada. 

- Provavelmente muitos - Gizelly respondeu, rindo ainda mais e beijando o pescoço da namorada. 

- Sim, muitos! Demais - Rafa sussurrou, mas já estava distraída com os lábios de Gizelly em seu pescoço, lhe provocando. 

A capixaba dava beijinhos delicados e molhados pela pele exposta da namorada, até que chegou no ponto do pulso do pescoço da maior e deu uma enorme chupada, lambendo a pele avermelhada logo em seguida. A mineira soltava leves gemidos baixinhos, com os olhos fechados, se perdendo na onda de prazer que sentia. Um gemido mais alto escapou por seus lábios ao sentir Gizelly mordeu sua pele, próximo de sua clavícula. 

- G-gi... - Rafa sussurrou com a voz fraca e a respiração já descompassada. - Se ouvirem a-a gente... 

- Shiiii... - A capixaba calou a mineira, trocando as posições de ambas e deitando-se sobre a maior. - Se for baixinho, ninguém vai saber - sussurrou com a voz rouca e um sorriso malicioso nos lábios. 

Rafa sabia que mesmo que fizessem barulho, não conseguiria resistir a namorada. Nunca conseguia dizer não para Gizelly, mesmo que fossem pedidos absurdos. Se a menor lhe pedisse a lua, ela daria um jeito de comprá-la. 

Rafa abraçou o corpo da namorada, entrelaçando seus dedos nos cachos castanhos enquanto Gizelly lhe beijava lentamente, quase como uma tortura agonizando. Suas línguas pareciam já se conhecer a anos e sabiam exatamente como se entrelaçar uma na outra, deslizando em uma sincronia perfeita. A mineira respirou aliviada quando Gizelly se desvencilhou de seus lábios, descendo para o pescoço até o decote da regata que usava como pijama. 

- É muito sexy quando você se entrega assim para mim - Gizelly sussurrou, fazendo seu hálito quente arrepiar a pele de Rafa. 

A capixaba subiu uma das mãos até os seios da namorada, apalpando por cima da regata mesmo. A malha fina deixa a mostra o mamilo enrijecido da maior, que gemeu baixo, mordendo o lábio inferior na tentativa de se conter. Sem se aguentar mais, a menor arrancou a regata da namorada pela cabeça e abocanhou um dos seios enquanto ainda massageava o outro, sorrindo satisfeita a cada gemido da maior, que se retorcia abaixo de seu corpo.