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- Sua vez, joga.

- Bucky, você tá roubando.

- O quê? É claro que não, eu só sou bom.

- Eu quero que se levante.

- Mas pra quê?

- Deixa ele Sam.

- Isso me deixa, Sam. Obrigado Sarah.

- Eu sei que você tá roubando. Tenho certeza que tá escondendo cartas embaixo da sua perna.

- Não estou nada.

- Então levanta.

- Ah, ok. Tô escondendo um quatro e um oito.

- Bucky??

- Sarah, eu ia perder pela terceira vez só hoje, me dá um desconto!

- Eu te avisei, Sarah. O Bucky sempre rouba nos jogos, em todos.

- Mentira!

- Principalmente no uno.

- Cala a boca, você só quer me queimar na frente da sua irmã.

- De jeito nenhum, ela já te conhece o suficiente pra saber disso.

- Eu gosto de você, Bucky. Mesmo sendo um trapaceiro.

- Obrigado Sarah.

- Em que mundo isso é um elogio pra você, seu babaca? - Sam não para de sorrir da situação.

- Me dá um tempo Samuel, não quero mais brincar.

- Você joga sujo.

****

Sam chegou em casa e Bucky ainda não tinha voltado. Ele quis dar o tempo que ele precisava, para falar verdade, Sam realmente achou que Bucky voltaria na madrugada. O moreno então tentou dormir, mas não conseguiu. Ficava na expectativa de ouvir a porta de abrir, a da sala ou de seu quarto. Tanto faz, ele só queria seu amigo de volta a casa.

Nenhuma porta se abriu e logo amanheceu. Sam não sabia onde Bucky estava, mas sabia que ele provavelmente estava bem, afinal ele era um sobrevivente para todos os efeitos.

No outro dia também foi igual, sem noticias de Bucky. Sam tentou ligar mas é claro que o cabeça dura não atendeu. Mais um dia se vai e rapidamente se torna uma semana. Querendo ou não, Sam se preocupa. É difícil se acostumar com a casa vazia e com um prato só na mesa.

Decide então mandar mais uma mensagem.

"Se você quer ir, tudo bem. Não quero mais brigar.

Nossas acusações infantis não vão nos levar a nada como sempre.

Então vai lá, clareia a sua cabeça se você não quer conversar.

Eu vou estar aqui."

Ele quis dizer "volte para casa." mas não teve coragem.

Ao final da tarde Sam sai e vai ao bar próximo de sua casa. Bebe um pouco em umas duas horas mas se sente tão desconfortável que decide ir embora. Quando ele levanta de seu banco, alguém esbarra nele e só não cai ao chão porque Sam é rápido e a segura.

É uma mulher, um pouco alterada. Deve ter bebido mais do que devia. Ela é loira e não consegue parar de sorrir.

- Você está bem? - Sam pergunta um pouco preocupado e encosta gentilmente a moça no balcão.

- Sim, me desculpa. - Ela estava mesmo bêbada. - Honestamente eu estava brincando com uns amigos e eles me desafiaram a esbarrar em você e começar uma conversa.

- E onde seus amigos estão? - Sam olha em volta e tenta procurar alguns idiotas sorrido mas não encontra ninguém suspeito.

- Eles já foram. Isso deve ter sido há uma hora e meia. - A moça não consegue segurar uma risadinha envergonhada. - Só criei coragem pra fazer agora.

- E eles deixaram você aqui sozinha?

- Eu quis ficar, se eu bebesse mais um pouco teria a coragem que precisava pra falar com você. - Ela arranja um sorriso de Sam.

- Como você se chama? - ele pergunta.

- Sharon e você?

- Pode me chamar de Sam.

- Okay Sam, podemos beber mais um pouco? - ela então pega o copo de Sam e o derruba em si mesmo sem querer e molha toda a sua roupa. - Acho que errei onde fica a boca.

- E acho que pra você já deu. - e realmente era verdade, a mulher se esforçava muito para continuar com os olhos abertos. - Vem, eu levo você para casa.

- Ah não... Eu não vou ganhar nem um numero de telefone? - ela pergunta manhosa enquanto Sam a ajuda a andar e a leva para fora do bar.

- Vou te levar em casa mas preciso que você entre no carro, okay?

- Você não é nenhum tipo de maníaco, não é?

- Não, pode confiar. - ele ri e a coloca no banco de trás e entra na frente.

Sam dá partida e entra na avenida.

- Onde você mora? - ele pergunta mas ela não responde. Olha para trás e a garota já esta completamente deitada no banco e adormecendo. - Ei Sheron, preciso que fique acordada.

Sam fica em pânico por alguns instantes por não saber o que fazer com ela, até que decide leva-la para sua própria casa.

Ao chegar, ele se esforça muito para tirar a mulher do carro e levar para dentro de casa. Aos poucos a menina vai despertando.

- Tá tudo bem. Você apagou, eu não soube o que fazer então te trouxe pra minha casa. Espero que não tenha problemas...

- Esse era o plano desde o começo. - ela ri mas ainda precisa de Sam para ficar em pé.

- Mande uma mensagem pros seus amigos para eles não ficarem preocupados.

A menina só consegue desbloquear o celular e falar a pessoa para que Sam mande a mensagem e é isso que Sam faz. Manda uma mensagem para um contato chamando "Zemo amigo três emojis de coração" o cara não responde mas Sam faz sua parte então devolve o celular.

Dá uma toalha para a moça tomar um banho e quando a mesma sai do banheiro apenas de toalha e calcinha e sutiã por baixo, pergunta se Sam não tem uma roupa seca para lhe emprestar. Sam lhe dá uma camiseta grande do capitão américa que fica como um pijama nela.

- Você pode dormir no meu quarto, venha.

- Você vai dormir comigo?

- Não, vou dormir na sala.

- Ué mas tem outro quarto aqui. Por que você vai dormir na sala? - Sharon se referia ao quarto de Bucky.

- Ah... ele está em reforma. O teto cedeu. - foi isso que ele conseguiu pensar sob pressão e agradeceu pela garota não fazer mais perguntas.

Ele a coloca na cama e vai para a sala com um cobertor. No sofá, ele checa suas mensagens. Bucky não visualizou.

Say it all - sambuckyOnde histórias criam vida. Descubra agora