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- O que eu te falei? Eu sabia que havia algo de errado.

- Eu sinto muito. - Steve conforta Bucky após receber a noticia do bombardeio surpresa que matou a família dele.

- Eu deveria estar lá com eles.

- Você morreria.

- Não é muito diferente do estado que estou agora, Steve.

Bucky quase não acredita no que aconteceu, está em um estado confuso de pânico. Não é negação, ele só está tão assustado que não consegue nem chorar ou gritar.

- Eu odeio os Estados Unidos! Idiotas territoriais. Um lugar é mais importante que pessoas. Qualquer lugar menos o meu! - ele tenta expressar toda sua tristeza com o ódio que sente pelo seu país e por essa guerra sem sentido. Mesmo sendo um bombardeio vindo da Inglaterra, Bucky sabe suas motivações.

- Eu estou aqui com você, Bucky.

- Não é o bastante.

*****

Mais uma semana se passa e Sam ainda se encontra sozinho em sua casa cheia das coisas de Bucky. Ele não voltou para pegá-las depois de encontrar Sharon quase sem roupa saindo do quarto de Sam, ou de depois disso tudo, ainda vê o ex namorado babaca pela primeira vez em anos.

Sam entende que deve ser demais para Bucky aguentar e lidar com a situação. O moreno tenta lhe dá o espaço necessário, mas também sente medo de estar fazendo a coisa errada.

Bucky pode pensar um milhão de coisas diferentes sobre a atitude de Sam. Pode pensar que Sam não se importa ou pior, Bucky pode imaginar que Sam o odeia agora.

Sam mata sua cabeça pensando nas possibilidades, mas e os pensamentos dele? Seus sentimentos? Não importam? Os de Bucky são mais importantes?

Sam também está confuso. Seu melhor amigo o beijou, depois bateu nele e em seguida foi embora. Isso tudo em um dia apenas. Sam está fazendo o possível para entender Bucky, mas seu amigo não faz nenhum esforço para tentar entende-lo.

Sam para de ligar e mandar mensagens.

- Eu já tentei entender Sarah, o Bucky não é nenhuma criança.

- Eu sei que você deve estar cansado Sam, mas fica calmo. Tenho certeza que ele voltará logo, ele não vive sem você.

- Não sei não Sarah, dessa vez parece sério.

- Vocês já brigaram antes.

- Mas por besteira, não foi por... por... Eu não sei! Sarah, ele até pegou o carro dele e ele nunca dirige!

- Eita.

- É... Eita mesmo.

- Sam irmão, eu só sei de uma coisa. Enquanto você está aí tentando descobrir o que você quer e o que sente, ele está lá com certeza sofrendo na bolha imaginaria dele de culpa, como de costume.

- Você não está ajudando.

- Você também não está me ajudando, tenho que levar os meninos para a escola, tenho que desligar.

- Okay, manda um beijo pra eles, té mais.

- Até irmão.

Sam desliga o telefone e o joga longe.

****

- Ele é um arquiteto respeitado no estado? Nunca ouvi falar. - Wanda ri quando Bucky conta detalhadamente sua conversa com Zemo.

- Não é? Ele se acha.

- Você não sentiu nada por ele na hora?

- Claro que não. Qualquer coisa que eu sentia por ele foi embora quando retornei e não achei ninguém.

- Sei...

- Eu tô falando sério, Wanda!

- Tudo bem, se acalma! Meu irmão vem me visitar hoje e não quero que meu amigo esteja de mau humor.

- Que amigo?

- Você.

- Ah sim, eu já sabia. - Bucky faz Wanda sorrir com a sua bobeira. - Você nunca falou desse seu irmão pra mim.

- O nome dele é Pietro, ele é meu gêmeo. Olha só. - Wanda mostra uma foto dos dois em seu celular.

- Por que ele é loiro e você é ruiva? - Bucky realmente pergunta isso.

- Porque nós somos irmãos e não clones. Nossa genética não precisa ser igual. - Ela responde parecendo óbvio.

- Ah, claro.

- Acho que Zemo estava certo em querer te levar para faculdade. - a ruiva zoa o amigo.

- Sua, idiota. - Bucky ri da piada. - Era arquitetura, eu ia estudar tudo menos biologia.

- Me pegou. - ela se levanta do sofá onde estavam.

- Obrigado, Wanda. - Bucky fala rápido e Wanda olha para trás.

- Pelo quê?

- Você sabe... Por ser minha amiga. - Ele tenta ri mas não consegue, está envergonhado o suficiente para nem conseguir olhar para a ruiva direito.

- Ainda não acredito que você me odiava por causa do Sam! - Wanda não perde a oportunidade de relembrar Bucky de seu ciúmes. - Eu não me envolvo com clientes.

- Fica quieta, chata.

- Ah e se quiser saber, ele conseguiu um empréstimo do branco para reformar o barco.

- Que bom, mas estou triste pela Sarah, ela queria vender.

- Ele perguntou por você. - Wanda arrisca falar sobre isso.

- Você também diz a ele que falamos sobre ele? Você é uma leva e trás, ruiva. - ele sorri.

- Ele sente sua falta.

- Isso acabou.

- A amizade de vocês? - ela pergunta assustada.

- Não. Esta conversa. - ele se levanta.

- Buc- ela é interrompida pela porta que está batendo.

Wanda anda até a porta e atende. É Pietro, um cara alto, cabelos tão loiros quase grisalho, ele é um pouco forte e tem uma cara quase tão amedrontadora quando a de Bucky. Wanda o manda entrar.

- Hey, W! Tudo bem? Trouxe meu amigo, espero que não se importe. - Pietro fala e logo atrás seu amigo entra também e cumprimenta Wanda.

- Loki!!! Quanto tempo! - Ela o abraça e parece muito feliz.

- Wands!! Que saudade de você! - ele corresponde o cumprimento alegremente.

- Uau. E eu que sou o irmão. Oi pra você também, Wanda. - O platinado é irônico, fazendo Wanda e Loki rirem.

Bucky fica parado no meio da sala como estatua, olhando a cena sem dizer nada.

- Quem é esse fantasma? - Pietro pergunta à sua irmã se referindo a Bucky.

- Você é todo branco, literalmente. - Bucky devolve a farpa.

- Gostei dele. - Pietro diz ainda olhando para Bucky.

- Sou Bucky.

- Pietro. - os dois se cumprimentam.

- Ele é meu amigo, está ficando comigo por uns tempos. - Wanda responde ainda engatada no amigo de Pietro, que logo a solta para cumprimentar Bucky.

- Eu sou o Loki, muito prazer. - ele estende a mão para Bucky que demora um pouco para retribuir.

- O prazer é todo meu. - diz serio mas Bucky está em êxtase, Loki provavelmente é o loiro mais bonito que ele já viu.

Say it all - sambuckyOnde histórias criam vida. Descubra agora