• Capítulo 20

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Em uma terra de deuses e monstros
eu era um anjo
Vivendo no jardim do mal


• Mayo Memorial Hospital

__ Temo de quer as suas insinuações por alguma razão sejam verdadeiras._ Deslizo minha mão até a sua, apertando firmemente seus dedos com uma grande dor no coração. Ver Louis daquele jeito era inacreditável, seus olhos estavam fechados em um sono profundo enquanto sua boca estava envolvida por um tubo.

__Lembro-me de quando éramos crianças, toda vez que estava certo me fazia lembrar a todo momento._ Bufei sorrindo com a velha lembrança.__ Isso era tão chato, as vezes me dava vontade de quebrar sua cara.__ Tentando me situar balancei a cabeça me sentindo cada vez mais perdida.__Agora mais que nunca eu preciso do seu julgamento. Preciso de você ! Deste lado está tudo tão difícil, e não consigo lhe dar com isso sozinha. Minhas perdas, minha mãe internado Deus sabe onde, e você... bom, você aqui, talvez por culpa minha.

Olhei em volta, tudo era límpido e calmo junto de seu corpo aspirante. Uma lágrima solitária escorreu até sua mão na qual estava apertando tão forte na esperança que meu desejo se realizasse. Enquanto via seu corpo racionar, formava perguntas que talvez ele poderia me fazer.

__ Estou aqui por que precisava muito te ver mesmo que não possa falar. Não posso ficar naquela casa Louis, não com a incerteza de que aquilo que ouvir seja real.__ Encarava o monitor com o sentimento positivo.__ Tenho medo de lhe por na parede e acabar descobrindo a verdade, acabar descobrindo que o homem com quem me casei é um louco psicopata.

Eu sabia que no fundo ele podia me ouvir, mesmo que apenas fossem ruídos de uma voz atormentada pelas suspeitas. Estava sozinha, todos em minha volta de algum modo tinham se afastado e agora, cá estou eu, sem saber o que fazer. Depois de algumas horas conversando com Louis, seguir fazendo meu caminho de volta para casa, algumas horas longe da mansão Skarsgård presumia que alguém tinha dado por minha falta.

Optei por caminhar pelas ruas da cidade, sinceramente não queria chegar tão rápido ao meu destino. Coberta pelo meu casaco felpudo, a neve estava se aproximando conforme o outono se dissipava. Minha cabeça envolvida por turbilhão de pensamentos me perturbava a cada passo que dava pela rua pouco movimentada. "Dei o fim no velho e por quase o moleque também ia".

Palavras que sugeriam perversidade me afligiam, aquela voz não me era familiar, podia dizer que era engano mas o próprio dizer o sobrenome do meu marido me deixava em contraditória. Uma retrospectiva passava por minha memória sobre o caminhar, o casamento, a fatídica noite de núpcias, ciúmes, brigas, sua autoridade sobre mim. Nunca tive um relacionamento em comparação mas sabia que tudo aquilo não era normal, e meu medo que sim, Bill possa haver com a morte do meu pai era terrorizante.

                              •  18:00 PM

Caminhando até portão de ferro da enorme casa, adentrei. Tinha perdido a noção do tempo mas ao ver a casa escura sabia que todos estavam ocupados com seus compromissos e talvez meu pequeno desaparecimento não foi notado, a única pessoa que poderia ter percebido, Shelley, estava a caminho de um intercâmbio surreal.

O silêncio era cômodo e sombrio, um ambiente nada agradável para meus pensamentos. Queria fugir, sair correndo sem olhar para trás mas o amava demais para o deixar sem ao menos uma resposta.

A brisa gelada entrava pelas janelas do corredor extenso fazendo as cortinas voarem delicadamente, respirei fundo sentindo o doce cheiro da calmaria antes de entrar em meu quarto. Com os passos tranquilos seguir, estava um breu então apenas joguei minha bolsa no canto antes de procurar o interruptor, tocando pela parede meu coração palpitou ao ver de longe o reflexo pelo espelho que me fez soltar para trás, virei-me de imediato para ver o ser inclinado sobre seus joelhos com um copo de bebida em mãos.

Dangerous || Bill Skarsgård Onde histórias criam vida. Descubra agora