APAIXONADA POR UM CONDE - urridalgo version

CAPÍTULO DEZESSEIS

Ocorreu hoje pela manhã, o casamento mais esperado da temporada que finalizou o ciclo de quatro temporadas de uma graciosa dama e a solidão de um esquivo Conde. Assim as mais esperançosas jovens deixaram pôr fim o sonho de virar uma determinada condessa. Depois de uma enorme festa na casa do pai da dama, regada pelos mais variados luxos os pombinhos já estão a caminho do seu novo lar quase na fronteira da Escócia!

De uma coluna de fofoca de Londres.

Sabina observou o rostinho de Joalin tomado pelo sono ela estava encostada na lateral do seu corpo e havia pegado no sono há poucos minutos depois de várias horas conversando. Fez questão de que a menina viajasse com ela e o Conde na carruagem depois que ambos deixaram a residência do seu pai em Sormesan. Agora estava indo em direção ao seu novo lar e nessa carruagem estava sua nova família.

Levantou o olhar ao seu agora marido, Noah, como ela tentava chama-lo tinha a atenção voltada para a janela da carruagem. Ele pareceu perceber seu olhar pois virou o rosto para ela cravando os olhos verdes nos seus.

- Deixe-me trazê-la para o meu lado. – Ele falou disposto a levar Joalins para o lado dele.

- Oh não, ela não me incomoda. – Falou a ele e realmente não a incomodava, ter Joalin ali foi ideia sua e não havia se arrependido disso. Foi o constante tagarelar da menina que quebrou a viagem silenciosa ao lado do seu marido.

Ele passou grande parte do dia viajando em seu cavalo e depois que voltou a carruagem perguntou apenas pelo seu bem-estar e o da filha. Sabina sabia que ele era um homem de poucas palavras, mas isso estava começando a lhe incomodar.

- Pararemos ao anoitecer em uma estalagem a caminho de Orange, se o tempo continuar bem chegaremos amanhã antes do almoço. - Ele explicou a Sabina enquanto voltava sua atenção mais uma vez para a estrada.

Sabina apenas assentiu e por um momento sentiu falta do tagarelar de Joalin. Respirou fundo e aí soube que teria silenciosas e longas horas de viagem pela frente.

***

Sabina observou encantada a mudança de paisagem assim que entraram oficialmente nas terras do seu marido. As plantações estavam presentes em grande parte do local e se estendiam até perder-se de vista. Poucos minutos depois passaram por uma agradável aldeia onde foram recebidos pelas pessoas que saiam nas portas de suas casas para verem o Conde retornar a Orange com sua nova esposa.

Como ele havia dito, pararam ao anoitecer do dia anterior em uma agradável estalagem e depois de comerem uma deliciosa refeição ambos foram aos seus quartos, por muito tempo esteve nervosa pensando na possibilidade de compartilharem o mesmo quarto, mas a estalagem só tinha dois quartos disponíveis, ficando um para ela e Joalin e outro para ele.

Haviam saído no raiar do dia, porém foram surpreendidos por uma insistente chuva e somente depois do almoço finalmente haviam chegado

Observou uma enorme mansão erguer-se em sua frente quando por fim se aproximaram da casa principal. Era enorme! Maior até do que Sormesan, a propriedade ancestral do seu pai onde havia passado a maior parte da sua vida.

Desviou a vista da janela por um momento e percebeu que estava sendo observada por avaliadores olhos negros

- É linda. - Disse automaticamente. - Sua propriedade. - Completou agradecendo por não ter corado diante da avaliação dele.

- Nossa propriedade, Sabina. - Ele completou calmamente sem tirar os olhos dela. - Quando estiver se recuperado da viagem poderemos dar um passeio para que você a conheça.

Sabina sorriu.

- Eu adoraria.

- Fada, eu vou levar você ao lago de peixes. - Joalin disse empolgada desviando a atenção de Grace.

Sabina temeu que a menina rejeitasse a ideia de que ela iria se casar com o seu pai, mas pelo contrário Joalin mostrou-se animada com o enlace.

- Joalin chame Sabina pelo seu nome. - O pai da menina a corrigiu.

Ela piscou os olhinhos tristes. Sabina não importava que a menina a chamasse assim, mas ficou com receio de interferir na ordem do pai dela.

- Eu posso chama-la de mamãe? - Ela perguntou diretamente a Noah. - Você disse que ela seria minha nova mãe.

Sabina sentiu o coração abrandar diante da pergunta da menina e uma emoção indescritível tomou conta dela. Viu como Noah considerava a pergunta da filha e ai sim Grace resolveu intervir. Assumiria justamente este papel não era? Esse foi um dos motivos para que ele se casasse com ela. Pois bem.

- Eu ficaria muito feliz se me chamasse assim Joalin e mais ainda se me mostrar o lago de peixes. - Disse a pequena e sentiu o olhar do pai dela sobre si.

Por um momento pensou que ele ia a repreender, mas ele continuou calado e depois de olhar a janela disse.

- Chegamos.

Sabina que havia estado tão absorta na conversa também voltou a atenção para a janela da carruagem e se surpreendeu com a recepção que havia ali. Poderia-se dizer que todos os empregados de Orange House estavam perfeitamente alinhados na entrada na mansão.

Depois de aceitar a mão do seu marido desceu da carruagem ainda surpresa. Ele não soltou sua mão como faria em uma ocasião comum, continuou segurando-a e elevou sua poderosa voz para que todos pudessem ouvir.

- Apresento a vocês Lady Sabina Urrea, nova Condessa de Orange.

Todos os criados fizeram uma respeitosa reverência e logo após um homem mais velho se afastou do resto dos criados e se pronunciou.

- Milady. Em nome de todos, desejo boas-vindas. Sou Percy Petter, mordomo de Orange House.

- É um prazer conhecê-lo Senhor Petter. - Sabina falou para o homem e depois centrou sua atenção aos demais criados, que facilmente passavam de quatro dezenas. - Assim como será um prazer conhecer cada um de vocês.

Isso pareceu satisfazer a todos pois viu sorrisos satisfeitos. Seu marido pareceu achar suficiente pois dispôs-se a andar em direção a entrada da casa.

E o interior era tão impressionante como a fachada.

- Milady, permita-me apresentá-la a senhora Petter governanta. - O mordomo falou chamando sua atenção

Uma senhora alta e de postura altiva se aproximou com um cálido sorriso

- É uma honra conhecê-la Milady. - A mulher falou sorridente.

- Igualmente Senhora Petter. - Falou muito mais à vontade. Por um momento havia sentido receio diante de tantos novos criados, mas a recepção que teve a deixou muito confiante.

- Querida, deixarei você sobre os cuidados da senhora Petter, estarei no meu escritório tratando de alguns assuntos

E dizendo isso seu marido saiu pelos corredores da enorme casa

Sabina olhou a mulher a sua frente e respirou fundo. Bem, era a senhora dessa casa agora não era?

- Senhora Petter, agradeceria muito se me acompanhasse em um reconhecimento por essa casa

A mulher sorriu satisfeita

- Será um prazer Milady