CAPITULO DOIS

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 Sabina virou-se para a direção da voz, seu coração acelerou antes mesmo de focar o olhar. Um homem ricamente vestido havia chegado ao local e olhava para a cena com seus severos olhos esverdeados, esperando uma explicação. Sabina perdeu a fala por um momento, diante a presença dominante dele. Percebeu que a babá da menina estava tão branca como cera e aí soube que o homem era o pai da criança. Não que ambos tinham algo em comum, pois enquanto seu pai tinha cabelos castanhos longos, não pode dizer exatamente o tamanho exato pois estavam presos em um fita, e os olhos tinham os olhos verdes, a menina era o oposto, com cabelos meio avermelhados e olhos azuis. Mas ele olhava com preocupação para a pequena, que havia ficado silenciosamente quieta.

Muito bem, ele com certeza não sabia da maneira que a filha estava sendo tratada, teria prazer em explicar. Mas antes que pudesse abrir a boca, a babá falou primeiro.

- Oh milorde, foi só um mal-entendido. Essa senhorita se equivocou. - a mulher falou rapidamente, claramente nervosa.

Oh, mas não permitiria que ele engolisse esta historia.

- Não há nenhum mal entendido aqui. Eu sei muito bem o que eu vi, minha Senhora. O senhor é o pai dessa menina? - perguntou diretamente a ele.

Ele tirou os olhar de preocupação da filha e dedicou a ela um olhar avaliativo. Sentiu seu corpo formigar diante do olhar dominador do homem, mas não se deixou intimidar e levantou o queixo ativamente.

- Sou. - as palavras graves saíram mais uma vez.

Muito bem!

- Bem senhor, deveria avaliar melhor as pessoas que tem a seu serviço. Pois essa senhora estava tratando mal e ameaçando sua filha.

Sabina escutou o som de indignação da mulher.

- Milorde, é um mal-entendido. Essa senhorita chegou a conclusões precipitadas.

- Oras, por favor! - falou perdendo a paciência. - Eu escutei muito bem você ameaçando de lhe tirar o jantar e a forma como tentava tirá-la da carruagem a força.

Sabina voltou a atenção para o homem que observava tudo calado, e só aí percebeu que ele dirigia um olhar mortal a babá.

- Tem alguma coisa a falar sobre isso, senhorita Phillerman? - a voz do homem saiu perigosamente baixa e se Sabina não houvesse presenciado a maneira como a babá havia tratado a menina, ficaria com pena dela.

A mulher gaguejou enquanto buscava palavras.

- É um mal-entendido, senhor, pergunte a Joalin. - ela falou defensivamente. viu como a mulher virara-se para a menina. - Eu a tratei mal, Joalin? - ela perguntou a pequena que continuava assistindo tudo calada. A pequena Joalin olhou ao pai pai e depois a babá, mas não respondeu nada.

- Claro que ela não responderá assim, você a aterrorizou bastante. - falou atenta a reação da pequena.

- E a senhorita é uma intrometida, seja lá quem for. - a babá falou perdendo a paciência.

- Senhorita Phillerman - a voz do homem interrompeu a discussão mais uma vez. Viu como tirou uma nota de dentro da carteira e entregava a ela. - Pegue uma carruagem de aluguel e me espere em casa, quando eu chegar lá, conversaremos.

Não passou despercebido que aquilo era uma ordem. A babá mexeu-se inquieta tentando encontrar uma maneira de não deixar o pai a sós com a menina.

- Mas milorde... - ela não pode terminar a fala, pois, a voz grave do homem a interrompeu.

Percebeu que o homem apertava o maxilar.

- Senhorita Phillerman, faça o que eu estou mandando. - a voz grave soou mais uma vez não admitindo réplica.

APAIXONADA POR UM CONDE - urridalgo versionOnde histórias criam vida. Descubra agora