CAPITULO ONZE

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- Pronto Milady. – Sua criada, Kelly, falou satisfeita depois que havia passado um bom tempo arrumando seu cabelo. 

Sabina olhou o resultado no espelho e assentiu, realmente era um belo trabalho. 

Havia chegado o dia de dar a resposta ao Conde e estava nervosa demais com essa ideia.

- Obrigada Kelly, você se superou dessa vez. - Agradeceu a donzela.

 O som da porta se abrindo chamou sua atenção. De espelho pode ver sua mãe entrar no quarto, vestida em um belo traje de noite vinho.

- Ótimo trabalho, Kelly. Pode deixar que eu atenderei Sabina agora. – A marquesa falou a criada que assentiu e saiu do quarto.

Sabina abaixou a vista do espelho, onde podia ver o avaliativo olhar de sua mãe.

- Sabina. – O tom que a marquesa usou para chama-la deixava mais do que claro que ela queria sua atenção.

Levantou-se da cadeira em frente a penteadeira em que estava sentada e virou-se para a mãe que aguardava pacientemente.

- Mãe. – Respondeu a mãe controlando a vontade de desviar o olhar.

- Tem algo para me dizer, filha? – Ela perguntou amavelmente sentando-se na enorme cama que havia no quarto.

Sabina sabia que era inútil mentir.

- Eu fui pedida em casamento. – Falou as palavras rapidamente como se nem mesmo acreditasse nelas.

- Pelo Conde de Orange, suponho. – Sua mãe completou sem se alterar.

- Sim. – Foi a única coisa que Grace pode falar.

- E você está considerando essa proposta. – Não era uma pergunta.

Sabina sentiu o coração acelerar antes de responder.

- Eu penso em aceita-la, mãe. – Respondeu.

 Havia passado duas noites em claro, pensando unicamente nisso. Em tudo que estava envolvido nessa proposta, sabia que estava arriscando muito em apostar todas as suas cartas no conde. Havia esperado tanto tempo para se casar na esperança de encontrar o amor, não pode negar.

 Não amava o conde, mas sabia que poderia amar. Ele foi o único homem que em todos esses anos havia conseguido mexer com as suas emoções. Sentia-se leve e triunfante na presença dele e não conseguia tirá-lo da cabeça durante sua ausência.

Se recusasse essa proposta, teria outra chance como essa? Não queria perder essa oportunidade, queria tentar.

- Você o ama? – Sua mãe perguntou tranquilamente como se já soubesse que ia aceitar a proposta

Sabina segurou o olhar da mulher a sua frente.

- Ainda não. – Não ia mentir, com certeza sentia algo pelo Conde, mas ainda não era amor.

- Posso supor que ele também não se declarou perdidamente apaixonado

Sabina segurou mais uma vez a vontade de abaixar a vista

- Não. Pelo contrário, sua proposta foi muito prática, disse que precisa de uma esposa e que veio a Londres para isso e explicou-me os motivos de não poder demorar aqui, crê que nos daremos bem e garantiu-se que me honrará e respeitará.

 A marquesa levantou da cama e caminhou até ela, sua mãe acariciou delicadamente o seu rosto antes de falar.

- É perigoso minha querida, temo que possa estar aceitando essa proposta com esperanças que não possam ser alcançadas.

Sabina observou os olhos verdes de sua mãe cheios de preocupação.

- Eu não tenho esperanças, mamãe. Sei que estou a tanto tempo na sociedade e nenhum homem chamou minha atenção, somente ele

- Você não precisa ter tanta pressa para se casar. Sabe que pode levar o tempo que for necessário.

- Acredita que eu não possa ser feliz nesse casamento? – Perguntou a sua mãe e se ela lhe dissesse que sim, Sabina não aceitaria o pedido do Conde. Aprendera a muito tempo a confiar nos julgamentos de sua mãe.

- Não é isso, minha filha. Eu tenho medo de que até que conquiste a felicidade você possa sofrer no caminho.

 Não sabia se aquelas palavras lhe traziam alivio ou preocupação. Não era bem o que estava esperando ouvir, mas era suficiente.

- Eu quero tentar, mãe. Dê-me sua benção. – E estava decidida a isso, Sabina não fugia de desafios e se tivesse que conquistar o Conde faria isso.

 Viu um sorriso de satisfação no rosto de sua mãe.

- A minha você tem, mas lhe garanto que seu pai não vai aceitar tão fácil isso.

Sabina abriu um enorme sorriso antes de abraçar a mãe.

- Deixe papai comigo. 

Sabina estava nervosa, haviam acabado de chegar ao baile onde daria sua resposta ao Conde de Orange

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Sabina estava nervosa, haviam acabado de chegar ao baile onde daria sua resposta ao Conde de Orange. Céus! Ia mesmo se casar com um homem que conhecia a pouco mais de uma semana? Mas havia decidido isso, estava disposta a seguir com esse casamento e a obter tudo o que poderia se conseguir de um, inclusive a conquistar o seu marido.

 A conversa com sua mãe havia lhe tirado um grande peso das costas e contar com o apoio dela era fundamental. Sabia que seu pai não reagiria bem a essa rápida proposta e não queria nem imaginar o que Josh iria fazer.

 Mas essa era sua vida e havia decidido isso, sua família teria que compreender sua decisão.

 Virou-se para a porta de entrada no justo momento em que o homem que dominava os seus pensamentos fez a sua aparição. Mesmo não sendo o primeiro baile que o Conde de Orange participava as pessoas ainda paravam o que estavam fazendo durante a chegada dele

Ele entrou magnífico no salão, vestido impecavelmente com um traje escuro e os olhos dele foram direto ao encontro dos seus. Sabina sentiu o rubor subir diante da demorada avaliação dele enquanto a observava atentamente da cabeça aos pés.

 Observou como ele saudava os anfitriões e depois caminhava decidido para ela. Controlou os batimentos do seu coração enquanto ele se aproximava sem desviar em nenhum momento o olhar do seu, foi como se o resto das pessoas não estivessem ali, somente ela e ele, com seu inquietante olhar.

Ele parou na sua frente, mais próximo do que o permitido, o perfume dele invadindo as suas narinas, afastou a cabeça para trás para olhá-lo no rosto controlando o seu coração que pulsava acelerado no peito.

- Senhorita Hidalgo. – Ele fez uma ensaiada mensura enquanto levava sua mão aos lábios, segurando-a mais tempo do que era apropriado. - Creio que tem uma resposta a me dar.

APAIXONADA POR UM CONDE - urridalgo versionOnde histórias criam vida. Descubra agora