CAPÍTULO DEZENOVE

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Sabina olhou-se no espelho enquanto continuava a escovar o seu cabelo. A rica camisola que vestia também fazia parte do enxoval que havia ganhado para o seu casamento, como a que havia usado na noite anterior, mas se tivesse mais um pouquinho de coragem estaria usando o traje típico para dança árabe que sua mãe havia lhe feito para que usasse em sua noite de bodas e trouxesse sorte no seu casamento. Por um momento quis ter a coragem de suas irmãs, Sina com certeza usaria isso, Sofya também e quanto a Luna, bem, não tinha a menor dúvida. Mas Grace não era assim, fazia-se de corajosa, mas sempre que estava ao lado do seu marido comportava-se como uma mocinha tola, seu relacionamento com Noah ainda era frágil e teve que admitir que sabia muito pouco sobre os gostos dele

Estava também nervosa, céus! Nessa mesma noite iria se tornar uma mulher casada, em todos os sentidos. Sua mãe havia lhe explicado o que deveria esperar da sua primeira noite, mas mesmo assim Sabina estava tensa. Olhou o delicado relógio em cima da lareira que ardia confortavelmente. Ele ainda demoraria para vir? Durante o jantar ele havia voltado a ser o distante conde que estava acostumada a ver sem nenhum traço do homem sorridente que ele havia sido no passeio a cavalo. Conversaram sobre temas comuns enquanto Grace mal tocava na comida de tão nervosa que estava

Colocou a escova na penteadeira no justo momento em que a porta de comunicação que ligava os dois quartos se abria e Noah entrava, magnífico, vestindo apenas um robe de ceda.

Ele fechou a porta atrás de si, com os olhos negros presos ao dela. Sabina sentiu o rubor subir ao seu rosto. Levantou-se timidamente da cadeira enquanto sentia o olhar dele a avaliar por inteira.

- Eu iria espera-lo na cama, eu estava penteando o meu cabelo já que eu despachei minha donzela. – Começou a falar pouco se importando se suas palavras faziam sentido. Céus, estava muito nervosa. Sempre falava demais quando estava assim.

Ele continuou em silencio com o avaliador olhar ainda sobre ela, desde os seus cabelos soltos até aos seus pés descalços no delicado tapete

Sabina não aguentou mais e caminhou na direção da cama, precisava sentar-se antes que suas pernas falhassem. Mas não conseguiu concluir o seu objetivo pois ele a segurou pelo pulso enviando uma descarga de emoções do local onde suas peles se encontravam para todo o seu corpo. Sabina procurou o olhar dele com o seu. Ele levantou a mão e levou até a uma mecha do seu cabelo enquanto o tocava

- É mais bonito do que eu pensei. – Ele disse com a voz baixa e grave enquanto dedicava toda a atenção aos seus cabelos

Logo após os olhos dele abandonaram os seus cabelos e voltaram aos seus, enquanto a mão dele acariciava o seu rosto.

Sabina engoliu em seco ele lhe deu um sorriso tranquilizado

- Estás nervosa, esposa. – Não era uma pergunta, bom, pelo menos Sabina não precisaria responder a isso

Ele continuou acariciando o seu rosto lentamente, mandando sensações maravilhosas para o seu corpo

– Se você não estiver à vontade, juro que te compreenderei e voltarei quando desejar. – Ele disse com a voz grave e baixa atento a suas reações.

Sabina observou encantada essa tão rara demonstração de ternura dele, estava nervosa sim, mas também estava curiosa. Queria esse momento, queria as sensações que só ele conseguia despertar nela. Os beijos dele eram tão bons, o toque dele era tão bom. Queria descobrir com ele as sensações que um homem e uma mulher sentiam quando se uniam. Segurou o olhar dele decidida, havia negado vários pedidos de casamento justamente por esse motivo, por não ter encontrado alguém que fizesse com que ela desejasse sentir isso. Agora era uma mulher casada e o havia escolhido, levou uma mão ao rosto dele e viu como os olhos dele brilhavam com o toque

APAIXONADA POR UM CONDE - urridalgo versionOnde histórias criam vida. Descubra agora