CAPITULO NOVE

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Sabina tentou controlar o nervosismo enquanto olhava pela quarta vez o relógio, era de se estranhar que já estivesse pronta, mas como uma tola passou metade da noite anterior e metade da manhã com o passeio que faria com o Conde na cabeça. Céus! Não era mais uma colegial, mas sentia-se como uma, diante do seu primeiro passeio na companhia de um cavalheiro.

- Estás nervosa, querida? – A voz de sua mãe chegou até ela, Lady Beauchamp estava sentada tranquilamente no sofá próximo a janela enquanto ambas esperavam o momento em que o Conde viria lhe buscar.

Sabina aprendera a muito tempo que era inútil mentir para a marquesa, sua mãe tinha a incrível capacidade de descobrir as coisas. Mesmo assim mentiu, sabendo que a mãe já sabia a verdade.

- Não mamãe. – Respondeu enquanto desviava a vista do avaliador olhar de sua mãe.

- Todos perceberam a atenção que o Conde deu a você, querida. Foi a única jovem solteira que ele chamou para dançar. – A marquesa falou calmamente, mas Sabina sabia muito bem que ela queria chegar a algum lugar.

Graças aos céus a aldrava da porta soou distraindo sua mãe das suas palavras.

 Em poucos minutos o mordomo chegou até elas trazendo consigo um fino cartão em uma bandeja de ouro.

- O conde de Orange, miladys. – Sr. Aldanis falou como um autêntico mordomo inglês.

Sua mãe lhe deu mais um olhar avaliador antes de virar-se para o mordomo e dizer.

- Traga-o até nós, Sr Aldanis.

sabina controlou o impulso de levantar-se mais uma vez para conferir sua aparência no espelho. Não ia mentir, estava nervosa sim. As palavras enigmáticas dele ainda estavam em sua cabeça, desde que o perguntou se ele ficaria por toda a temporada.

"Isso dependerá de você, senhorita Hidalgo."

 Escutou os passos firmes dele antes mesmo dele aparecer na sala e momentos depois ele entrou altivo com aquele porte nobre e um ar de superioridade que faziam jus a um rei. Vestido impecavelmente de negro sua presença fez com que o ar do salão se tornasse mais denso. Ele trazia nas mãos um buque de rosas brancas.

- O conde de Orange. – Sr. Aldanis falou antes de sair da sala com uma pequena reverencia.

 Sua mãe havia se levantado do banco que ocupava no canto do salão e já estava ao seu lado e foi ela o centro da atenção do Conde no primeiro momento.

- Lady Brisden, é um enorme prazer conhece-la. – Ele falou galante, o timbre grave da sua voz ecoando pela sala, enquanto fazia uma mensura.

- Seja bem-vindo a minha casa, milorde. – Sua mãe falou encarnando a Marquesa de Beauchamp.

Nesse momento os olhos dele pousaram em Sabina que segurou a respiração por um momento. Ele tinha a capacidade de desconcerta-la apenas com um olhar.

- Senhorita Hidalgo. – Ele lhe fez uma mensura enquanto lhe entregava o buquê que trazia nas mãos.

- É um prazer voltar a vê-lo milorde, obrigada pelas flores. – Sabina falou enquanto se afastava e colocava as flores em um vaso disponível.

- Milady, gostaria de sua permissão para acompanhar sua filha em um passeio pelo parque. – A atenção dele voltou a sua mãe que deu a ele um dos seus olhares avaliadores. Sabina por um momento teve certeza que nem mesmo sua mãe conseguiria ver algo além do que a fria fachada que o Conde passava, mas não lhe passou despercebido que a marquesa dava um pequeno aceno de cabeça como se encontrasse o que estava buscando.

- Faça o pedido a ela, Milorde. – Sua mãe falou com o rastro de um sorriso.

O conde pareceu desconcertado por um momento diante da quebra das regras de etiqueta e Sabina resolveu intervir.

APAIXONADA POR UM CONDE - urridalgo versionOnde histórias criam vida. Descubra agora