Cap 13- Divisão de Tarefas

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POV Jacob

- Ayla, tem certeza?- perguntei, meio inseguro.- Quer dizer, não acha que tem alguém mais qualificado para ir nessa missão?

Ela olhou pra mim perplexa.

- Jacob, é só ir até o Acampamento Meio-Sangue, falar com o Quíron, e pegar o necessário. Não é nada complexo que precise de "pessoas qualificadas."

- É Jacob. Porque a pergunta? Não quer ir comigo em uma missão?- perguntou Vitória provocadora.

- N-não. Claro que não é isso.- neguei nervoso. Na verdade o problema era justamente esse. Toda vez que eu ficava sozinho com a Vitória por muito tempo, meu nervosismo tomava conta e eu não conseguia fazer nada direito. A missão já ia demorar uns dias normalmente, quem sabe as bobagens que eu posso ter feito até lá? E como a Ayla disse, é uma missão simples, não quero me envergonhar na frente dela estragando uma coisa tão fácil que o Erik conseguiria fazer. "Muito bem Jacob, respira. Você consegue. Foca na missão e finge que está com alguma das meninas." Consegui me acalmar.

- Além disso, você faz parte da construção do protótipo e sabe do que precisa, e a Vitória conhece o terreno.

- Conhece?- perguntei surpreso me virando para ela. Eu, assim como a maior parte dos guardiões da central, nunca tinha ido perto dos acampamentos ou outros lugares com Meio-Sangues. Só quem trabalhava nas outras bases conhecia a área em volta.

- Sim arco e flecha, eu conheço. Minha mãe mora lá e foi pro acampamento quando era jovem. Sei me virar por ali.

Isso me surpreendeu. Nunca teria imaginado que a Vitória teria crescido em Nova York. Na verdade, ninguém sabia muita coisa dela, ela era um livro trancado e ninguém tinha a chave para abrir. A única coisa que eu sabia dela era que ela tinha começado o treinamento na central cinco anos atrás, aos onze, e isso porque eu procurei ela no sistema.

- Bem, agora que isso está resolvido, ainda precisamos de alguém para ir no centro da cidade buscar o material da esfera.

Talvez isso seja um pouco confuso para todos vocês, já que que tipo de cidade do interior teria um dos tipos de cristal mais raros do mundo à venda para quem quisesse comprar?

Bom, essa cidade não era muito normal. Ela foi construída pelos guardiões cento e trinta anos atrás para todos os monstros vegetarianos (que não comiam semideuses). Nos primeiros anos ela ficou vazia, mas agora já estava lotada e tinha passado por expansões. Ela também servia de refúgio para deuses menores que queriam fugir do drama olimpiano. Nós tínhamos uma boa relação com eles, todos ignorados pelos deuses maiores. A maioria lá nem era minimamente conhecida, então a gente se entendia. O povo da cidade e os guardiões se ajudavam sempre que dava, mesmo com as coisas mais estranhas. Voltando para a reunião.

    - Eu vou. Conheço o centro bem e é menos perigoso pra mim do que é pra vocês.

    - Maia, lembra do que aconteceu da última vez que você foi pro centro?

    Ela me encarou indignada

    - Os fogos de artifício não foram culpa minha!- exclamou. Ergui uma sobrancelha. - Nem as mortes!

    - E quanto à enchente, os animais que escaparam do zoológico e o meteoro?

    - Ok, em minha defesa, esse último não foi inteiramente minha culpa e nem caiu na cidade no fim das contas! Em segundo lugar, eu era jovem e impulsiva quando eu fui lá da última vez!

    - Isso foi mês passado Maia.- suspirei, cansado da insistência dela. Mas devia saber que ela não ia desistir.

    - Então! Eu amadureci. Além do mais, o Bryan precisa descansar, a Hannah tá de castigo, a Ayla tem que ficar aqui pra cuidar da central e você e a Vitória já tem trabalho! Sou a única que pode ir.

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